Fórum de Energias Renováveis de Roraima realiza 1ª Reunião Ordinária de 2025 com foco em avanços e desafios do setor
No dia 26 de fevereiro de 2025, o Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal de Roraima (UFRR) foi palco da 1ª Reunião Ordinária de 2025 do Fórum de Energias Renováveis de Roraima. O evento reuniu a Coordenação Colegiada, membros do Fórum e convidados especiais para debater temas estratégicos voltados ao desenvolvimento energético sustentável do estado.
A abertura dos trabalhos foi conduzida pela Coordenação Colegiada do Fórum — composta por Rosilene Maia, Conceição Escobar e Ciro Campos — que deram as boas-vindas aos participantes e agradeceram, de forma calorosa, a presença dos expositores. Eles destacaram a importância do Fórum como espaço permanente e plural de diálogo sobre questões fundamentais para o futuro energético de Roraima.
O primeiro tema abordado no encontro foi o “Panorama da fase de implementação do Zoneamento Ecológico-Econômico de Roraima (ZEE/RR)”. A apresentação ficou por conta da coordenadora do ZEE, Cíntia de Castro Garcia Martins, que trouxe um panorama detalhado dos avanços e obstáculos enfrentados no processo. Ela ressaltou o papel estratégico do ZEE como instrumento norteador de políticas públicas e privadas para o uso racional e sustentável dos recursos naturais do estado. Um dos pontos altos foi a inclusão do ZEE/RR como referência na Lei de Diretrizes Orçamentárias de Roraima (LDO – 2025), o que representa um marco significativo para a consolidação dessa ferramenta de planejamento.
Mais informações sobre o ZEE/RR podem ser acessadas em: https://seadi.rr.gov.br/zee/
O segundo tema da pauta tratou dos “Aspectos técnicos e regulatórios da inversão de fluxo de potência no sistema de distribuição”, apresentado pelo engenheiro de Inovação e Eficiência Energética da Roraima Energia, Fábio Eugênio Almeida de Andrade. Com sólida base técnica, ele explicou que a inversão de fluxo de potência ocorre quando sistemas fotovoltaicos geram mais energia do que é consumido localmente, fazendo com que o excedente seja enviado à rede elétrica. Esse fenômeno, embora comum em regiões com alta penetração de energia solar, pode causar sobrecarga, desequilíbrios de tensão e até interrupções no fornecimento, exigindo adequações técnicas e regulatórias.
Durante o debate, empresários do setor solar — que marcaram presença expressiva na plateia — manifestaram preocupação com a burocracia e as exigências atuais para a instalação de sistemas fotovoltaicos. Segundo eles, esses entraves têm contribuído para a desaceleração do crescimento do setor em Roraima. Apesar das críticas, o assunto foi debatido de forma técnica e transparente, deixando claro que o tema requer aprofundamento e maior articulação entre os diferentes atores envolvidos.
A reunião reafirmou o compromisso do Fórum de Energias Renováveis de Roraima com a construção de soluções coletivas, sustentáveis e inovadoras para os desafios do setor energético local.