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Empresários se unem para criar a Associação Roraimense de Energia Solar Fotovoltaica

O Fórum em parceria com o Sebrae Roraima promoveu um evento online  para mobilizar  empresários do segmento de geração fotovoltaica no Estado  em busca de uma atuação integrada para melhorar o ambiente de negócios no ramo de energia solar. Como resultado desse encontro vem sendo discutida a formalização da Associação Roraimense de Energia Solar Fotovoltaica (ARSOLAR). Quem explicou esse processo pra gente foi a engenheira eletricista e empresária, Aronny Del Valle.

Ouça a entrevista:

 

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Marco Legal da GD é aprovado na Câmara dos Deputados

A proposta apresentada pelo relator do PL 5829 (Projeto de Lei n.º 5829/2019) foi aprovada na Câmara dos Deputados no final da tarde desta quarta-feira (18). O documento foi discutido em turno único e teve a maioria absoluta dos votos. Foram 476 a favor, três contrários e houve outras três abstenções.

Ainda é esperada a votação dos destaques apresentados pelos parlamentares e, concluído essa etapa, seguirá para votação no Senado, onde precisará ter metade dos 81 parlamentares se posicionando de maneira favorável.

O texto tem como objetivo criar o Marco Legal da GD (geração distribuída) no Brasil, atribuindo à ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) a responsabilidade de considerar atributos técnicos, ambientais e sociais para a micro e minigeração distribuída no cálculo de compensação da energia.

A ideia é oferecer mais segurança jurídica e regulatória para o crescimento sustentável do setor elétrico brasileiro, estendendo a cobrança de encargos e tarifas de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição. O PL é de autoria do deputado Silas Câmara (Republicanos-AM) e tem como relator o deputado Lafayette Andrada (Republicanos/MG).

“Este é um projeto importantíssimos para o Brasil, pois levará a democratização e a popularização do uso da energia solar, que é barata e está à disposição de todos. O Brasil é o país do Sol, mas hoje só aqueles que tem melhor poder aquisitivo tem condições de tê-la em suas residências. Por esse projeto, nós vamos conseguir fazer isso (levar os benefícios para mais pessoas)”, afirmou Lafayette.

Inicialmente, o PL 5829 estava previsto para ser votado no início do ano passado, mas acabou sendo postergado devido à pandemia da Covid-19.  O tema foi retomado em dezembro de 2020, quando a maioria dos deputados votou pela urgência do texto, permitindo com que pulasse algumas etapas no processo de tramitação e fosse direto para votação, que acabou não se confirmando inicialmente.

Ao longo do ano, o projeto foi colocado em pauta para votação na Câmara dos Deputados 11 vezes, mas não chegou a ser analisado em nenhuma das sessões extraordinárias. O texto estava sendo deixado de lado nas votações por falta de consenso entre os parlamentares.

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Por Canal Solar

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Fórum de Energias Renováveis e instituições propõem emenda ao PL da GD contemplando os Sistemas Isolados

O relator da matéria, deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), protocolou o parecer oficial do PL 5.829/2019 nesta quarta-feira (18). O PL que cria o Marco Legal da Geração Distribuída (GD) deve entrar na pauta da votação da Câmara dos Deputados, hoje, onde a sessão já está ocorrendo.

O Projeto de lei prevê a criação de um marco legal para a geração própria de energia no Brasil conciliando os interesses das distribuidoras, dos consumidores e da indústria de energia fotovoltaica. O PL estende a cobrança de encargos e tarifas de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição aos micro e minigeradores de energia elétrica.

A medida atinge consumidores que geram a própria energia elétrica, sobretudo a partir de fontes renováveis (solar, eólica, biomassa), e injetam o excedente na rede de distribuição local.

Os atuais micro e minigeradores continuarão sem pagar o encargo até 31 de dezembro de 2040. Esse desconto, entretanto, não se aplica aos custos de disponibilidade ou de demanda contratada.

Diante do texto do PL e dos substitutivos incorporados, um documento foi formulado e assinado por diversas instituições- Fórum de Energias Renováveis; Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC); Instituto Clima e Sociedade (ICS); International Energy Initiative Brasil (IEI) e Revolusolar – propondo emenda ao importante projeto de lei contemplando os problemas de acesso à eletricidade e à qualidade dos serviços de energia elétrica em comunidades de baixa renda em áreas urbanas e nas regiões ainda não conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), conhecidas como sistemas isolados.

Como justificativa o documento relata que o incentivo à geração distribuída nas comunidades de baixa renda, assim, deve ser reconhecido como um esforço que garante o acesso mais adequado aos serviços de energia elétrica e, em consequência, melhores condições de saúde, bem-estar, educação e lazer. Nesse sentido, deve ser visto como uma importante medida de democratização do acesso à energia e de melhoria das condições mínimas de desenvolvimento social e econômico.

Olhando para o conjunto do país, trata-se de estratégia que permite a redução de custos do sistema elétrico porque reduz perdas não técnicas, bem como ação de alinhamento do Brasil a um processo de transição energética em direção à descarbonização.

Esses benefícios da geração distribuída também se encontram presentes nos territórios do país ainda não conectados ao SIN, cuja eletricidade ainda é majoritariamente provida por antigos e ineficientes motores a diesel. Neste caso, soma-se à melhoria das condições de acesso a serviços adequados de eletricidade, uma redução significativa de vultosos subsídios, pagos pelos consumidores do SIN.

Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a manutenção dos 237 sistemas de geração a diesel existentes nos sistemas isolados totalizaram, em 2019, um subsídio de R$ 7,1 bilhões, pagos pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), atrelada à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

O substitutivo ao PL 5829/2019 parcialmente endereçou o potencial de uso da geração distribuída como instrumento de democratização do acesso a serviços adequados de eletricidade, por meio da criação do Programa de Energia Renovável Social. Porém, é digno de nota que esse programa passa ao largo do tamanho do desafio e do potencial que a geração distribuída tem de promoção de equidade e oportunidades sociais e econômicas nas comunidades mais vulneráveis do país.

Por isso, as instituições que assinam a emenda solicitam aos deputados que considerem as características das comunidades de baixa renda em áreas urbanas, assim como dos sistemas isolados e suas populações e que levem em conta as demandas apresentadas.

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Instituto Federal de Roraima investe em pesquisas sobre energias renováveis

 

Há três anos, o IFRR lança editais que selecionam de um a dois projetos para serem trabalhados com apoio financeiro da instituição.

 

O Instituto Federal de Roraima (IFRR) investe em pesquisas sobre energias renováveis há três anos. Com a abertura de editais que selecionam de um a dois projetos por ano, a instituição dá a oportunidade para que os professores coloquem as pesquisas em prática no próprio campus.

Um novo edital deve ser lançado ainda em agosto,  e tem o objetivo de selecionar um projeto em que o pesquisador receberá R$25 mil para trabalhar na execução, segundo o pró-reitor Romildo Nicolau Alves, que é doutor  em Tecnologias Energéticas e Nucleares.

“O professor selecionado tem até julho do próximo ano para poder apresentar os relatórios da pesquisa”, explicou Alves, que já chegou a trabalhar em uma das pesquisas sobre energias renováveis.

Alves também pesquisa alternativas para o biogás, que geralmente é produzido a partir de resíduos animais, como o esterco.

“Eu avalio outras fontes orgânicas. Por exemplo, o capim elefante e a gliricídia, que é uma planta leguminosa que se adaptou muito bem ao estado de Roraima, podem ser utilizados na produção de biogás”, afirmou o pesquisador.

 

Bobina eólica de custo reduzido

 

Um dos projetos de êxito dentro do programa é a bobina eólica de custo reduzido, desenvolvida pelo engenheiro agrônomo e professor do curso técnico em agropecuária do IFRR, Raphael Siqueira, no início de 2021. 

A energia eólica é a transformação do vento em uma energia útil. Siqueira implantou as bobinas no campus do próprio IFRR, e a energia era usada para carregar uma bateria estacionária. Esta bateria envia um comando que mantém os vasos sanitários da instituição com água. Durante a pandemia, as bobinas foram desativadas. 

Atualmente o professor estuda uma forma de reduzir o custo para que agricultores tenham acesso ao equipamento.

“A ideia é fazer um sistema de baixo custo para a agricultura familiar e assim aumentar a qualidade de vida e produção do agricultor”, afirmou o engenheiro agrônomo.

Com materiais aproveitados de carros e outras máquinas, a intenção do pesquisador é garantir um preço entre R$2 mil e R$2,5 mil. O investimento garante que o agricultor não perca tempo com a irrigação ou com o quanto cada plantação precisa de água.

A própria bateria vai entender quando precisa enviar água, pois há um sensor de reparo que identifica automaticamente o nível de umidade do solo.

Além de Siqueira, o projeto contou com um bolsista de iniciação científica do IFRR, professores da Universidade Estadual de Roraima (UERR) e do Centro Universitário Estácio. A Universidade Federal de Roraima (UFRR) também cedeu um laboratório para que algumas análises fossem realizadas.

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Por Fabrício Araújo

Foto: Folha BV

 

 

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Empresa aposta em atendimento personalizado para fidelizar clientes no setor de energia solar fotovoltaica em Roraima

Com a expansão da energia solar fotovoltaica, o mercado tem incentivado empresários em vários seguimentos aqui em Roraima. Uma das empresas que apostou nesse ramo foi a Hardsol, que atua na microgeração de energia solar fotovoltaica, em criação e análise de projetos e instalação e pós-venda. O diretor técnico da Hardsol, John Briceno conversou com a gente e deu detalhes da atuação no mercado roraimense.

Ouça a entrevista:

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FÓRUM DE ENERGIAS RENOVÁVEIS PROMOVE EVENTO COM EMPRESÁRIOS DA ENERGIA SOLAR PARA FORTALECER O SETOR EM RORAIMA

O Fórum de Energias Renováveis de Roraima, com o apoio do Sebrae/RR, realiza nesta quinta-feira (22) às 16h (horário BV) o evento online União e Organização do Setor de Energias Renováveis para fortalecer os negócios, gerar empregos e desenvolver Roraima. O objetivo principal da reunião é sensibilizar e mobilizar os empresários do segmento de geração fotovoltaica para a importância de uma atuação integrada para melhorar o ambiente de negócios, ampliar o mercado e garantir o crescimento das empresas.  

De acordo com o coordenador do Fórum, Alexandre Henklain, a experiência mostra que em qualquer ramo de negócios, a concorrência saudável é muito bem vinda, porém concorrência e cooperação podem e devem acontecer ao mesmo tempo.

 “É salutar que haja uma concorrência entre as empresas para oferecer melhores produtos e serviços, com preços e condições atraentes a seus clientes e, simultaneamente, também tenham “consciência” de que é vantajoso para cada uma das empresas que elas se unam e se associem em torno de objetivos comuns”, destaca.

Nos últimos anos o setor vem se fortalecendo no estado, em 2016 era somente 01 usina fotovoltaica instalada, segundo dados da Aneel. Atualmente são mais de trezentas instaladas em 8 municípios.

Henklain diz ainda que é de interesse de todas as empresas  que haja políticas públicas de apoio ao setor, assim como é do interesse comum que haja incentivos fiscais, facilidades de acesso ao crédito, tanto para as empresas, como para seus clientes. 

“Para que esses objetivos comuns se tornem realidade, as empresas precisam se unir, afinal “a união faz a força” e esse é o “convite” que fazemos ao segmento de geração fotovoltaica, que entendam esse é o momento para juntarem suas competências, capacidades de realização e esforços para fazer o “bolo crescer”, “aumentando a fatia” de cada um no mercado”.

 Durante o encontro o FÓRUM e o SEBRAE devem falar também sobre novas oportunidades, como a atuação na área de eficiência energética e, especificamente sobre o “Leilão de Eficiência Energética de Boa Vista”, sobre a possibilidade de projetos de gestão estratégica, desenvolvimento tecnológico e gerencial. 

As empresas interessadas em participar do evento devem entrar em contato pelo e-mail: imprensa.forumdeenergiarr@gmail.com ou pelo telefone: (95) 3212-3884 / Ramal 136260.

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Foto: Construcenter Solar

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RR TOTALIZA ATÉ O PRIMEIRO SEMESTRE MAIS DE 300 USINAS

 

Roraima registrou nos últimos seis meses a instalação de dezesseis (16) novas usinas de Geração Distribuída (GD) tendo como fonte de geração a radiação solar, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

 Com isso, o estado que está avançando nos investimentos no setor da energia solar, registra até agora 342 unidades de GD beneficiando com créditos 827 Unidades Consumidoras. Com mais usinas sendo instaladas, a potência atual é de 8.205,55 kW. Cerca de 22% superior a dezembro de 2020.

Além da capital Boa Vista com 331 unidades, usinas fotovoltaicas estão instaladas em outros sete municípios sendo: Alto Alegre (01), Amajari (01), Cantá (02), Caracaraí (04), Iracema (01), Mucajaí (01), Pacaraima (01).

A Classe Residencial lidera o ranking com 236 usinas, em segundo aparece a Classe Comercial com 28, em terceiro está o Poder Público com 71, seguido da Classe Rural com 06 usinas. Uma novidade na lista é a  Classe Industrial, que aparece neste ano com 01 usina instalada. 

 No Brasil, a energia solar bateu recorde no primeiro semestre de 2021. De janeiro a junho foram instalados 1,32 GW de potência. De acordo com o Canal Solar – que fez o levantamento junto a Aneel – o acréscimo de potência solar contabilizado no ano é cerca de 4% maior do que o registrado no mesmo período de 2020, quando 1,27 GW foram computados no sistema da Agência entre os dias 1º de janeiro e 30 de junho.

Os dados no país mostram que os números da geração solar  ficam significativamente maiores a cada semestre. Para se ter uma ideia, o incremento de potência instalada, entre janeiro e junho deste ano, é 135% e 842% maior do que em relação ao mesmo período de 2019 (0,56 GW) e 2018 (0,14 GW), respectivamente.

O levantamento também revela que dentre as regiões brasileiras a que mais instalou GERAÇÃO SOLAR/ FOTOVOLTAICA no primeiro semestre deste ano foi a Sudeste, com cerca de 0,49 GW. Na sequência, aparecem: Nordeste (0,28 GW); Sul (0,23 GW); Centro-Oeste (0,22 GW) e Norte (0,1 GW), respectivamente.

Segundo projeções da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), a soma dos novos investimentos privados em energia solar deverá ultrapassar a barreira dos R$ 22,6 bilhões neste ano, um aumento de cerca de 75% em relação aos R$ 13 bilhões que foram injetados no setor em 2020.

A entidade estima ainda que o setor fotovoltaico deverá gerar mais de 147 mil empregos por todo o território nacional em 2021 sendo a maior parte desta parcela para o segmento de GD, com 118 mil novos postos de trabalho.

 A perspectiva é finalizar o ano com um total acumulado de 377 mil empregos no país contabilizados desde 2012.  

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Por Thamy Dinelli (Assessoria de Comunicação Fórum de Energias Renováveis de Roraima)

Contribuições: CANAL SOLAR

 

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Empresas que atuam na área de energia solar em Roraima

Com o crescimento do mercado de energia fotovoltaica no Estado, são muitas as empresas que tem apostado no segmento.  Os investimentos são nas áreas de elaboração de projetos, venda de equipamentos e instalação de usinas de energia solar. Para facilitar o acesso a esses fornecedores, o Fórum de Energias Renováveis de Roraima  vai disponibilizar a partir de agora informações dessas empresas no nosso portal.

 Solicitamos às empresas integradoras ainda não relacionadas que nos contatem, para que possamos divulgar seus dados.

 

 

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Combinar geração de eletricidade com o acesso à internet pode garantir mais investimentos e desenvolvimento de projetos na Amazônia

Energia para e na Amazônia: como universalizar, descarbonizar e promover desenvolvimento local. Esse foi um dos importantes temas discutidos no painel de debates promovido pelo Instituto Clima e Sociedade (ICS) durante encontro com parceiros do Portfólio de Energia, dentre eles o Fórum de Energias Renováveis de Roraima.

Roberto Kishinami, coordenador do Portfólio de Energia do ICS, explicou que o objetivo do encontro foi permitir a troca entre diferentes atores sociais que compõem o portfólio. Neste ano uma mudança importante foi o foco do portfólio em regiões do país, sendo elas: norte, nordeste e sul. Em cada uma delas o tema central abordado foi a transição energética que ocorre no Brasil, e que é parte de um movimento que ocorre no mundo todo.

“No caso da Amazônia, em que o Fórum de Energias Renováveis de Roraima atuou com destaque no encontro, o tema fundamental é a descarbonização da matriz elétrica local. Então, essa transição significa na verdade substituir as fontes poluentes que estão presentes em muitos municípios da região, e que estão relacionados a uma dificuldade de acesso de várias comunidades à energia elétrica”, salientou Kishinami.

O ICS está desenvolvendo também o projeto “Mudando o modelo dominante de fornecimento de energia elétrica às comunidades da região Amazônica: da escuridão às renováveis”. 

“O objetivo é sair de um quadro como o atual, em que a energia elétrica quando é fornecida tem instabilidade e baixa qualidade, e  aproveitar as tecnologias que já estão disponíveis no mercado para se ter acesso a uma energia que é segura, barata, e que pode ser combinada com a conexão digital, acesso à internet”, destacou.

De acordo com Kishinami, nas comunidades pesquisadas foi observado que um dos primeiros usos da energia elétrica, após atender as necessidades prioritárias, é a conexão com a internet. Um uso da eletricidade mais avançado e que ainda não é coberto pelas políticas públicas.

Kishinami destaca também que a  transição energética está ocorrendo no mundo, e que o avanço da tecnologia tem ajudado nesse processo.

“Hoje nós temos tecnologia de geração de eletricidade que são moduláveis, o que permite desenhar sistemas que são distribuídos. Então, ao invés de grandes centrais elétricas, como as termelétricas e hidrelétricas, o que nós temos hoje são tecnologias que permitem gerar eletricidade onde você está. Seja com painel solar, painel solar combinado com bateria, sejam sistemas eólicos ou sistemas que usam a biomassa”.

O coordenador do Portfólio de Energia do ICS, destaca que esses sistemas distribuídos hoje são mais baratos que os sistemas tradicionais, e diz que a primeira motivação para ir em direção às fontes renováveis é a economia. A segunda, é que os sistemas que são renováveis e distribuídos são mais confiáveis e eles funcionam com maior regularidade ao longo do ano. Com isso se tem uma energia de melhor qualidade pra quem consome essa eletricidade.

A ideia da transição é também digitalizar, significa combinar a geração de eletricidade com o acesso à internet, o que melhora as condições para o desenvolvimento local. 

“Nós temos que pressionar para que as políticas públicas sobre energia elétrica tenham cronogramas que sejam mais adequados do ponto de vista da necessidade das populações. O cronograma que está estabelecido para o Mais Luz para a Amazônia é insuficiente para cobrir um número significativo de comunidades, é preciso acelerar isso.  Recursos existem, tanto no orçamento federal,  como também na própria economia, não podemos esquecer que esse sistema que hoje atende mal as comunidades remotas custam na ordem de 8 bilhões de reais por ano na conta de todos os consumidores brasileiros, só para pagar pelo diesel que é queimado”

Kishinami, destaca ainda que  substituir esses motores a diesel por sistemas que são renováveis, modernos, e que ainda vão estar casados com a digitalização, terá um custo menor. 

“Essa diferença entre os custos, é dinheiro dentro do sistema que pode receber arranjos, como por exemplo, financiamentos para instalação e pagamento com o que é gasto com o diesel. São coisas que já estão presentes na economia atual e que podem ser usadas para fazer essa aceleração do acesso das pessoas à energia segura”.

O ICS olha  a sociedade civil como um fator de mudança para incentivar a transição energética.

“Uma prova disso é o Fórum de Energias Renováveis que atua em Roraima e que tem tido muito sucesso. A Amazônia inteira tem outras organizações que trabalham na mesma direção, e que estão reunidas num movimento coletivo que se chama Energia e Comunidades. Envolve tanto organizações da sociedade civil, pesquisadores de universidades, e parte do setor privado que estão interessadas e que contribuem para essa transição. É esse movimento que nós vemos como um fator de progresso e mudança para uma energia digitalizada e descarbonizada”.

Mudar é preciso, e as grandes potências mundiais voltam os olhos para esse tema. No início deste ano a Cúpula Mundial de Líderes pelo Clima discutiu a preocupação com a mudança climática mundial e as principais atitudes que devem ser tomadas nos próximos anos para melhorar a qualidade vida, dentre elas a transição energética a fim de promover a diminuição de gases do efeito estufa por parte dos países.

“Os grandes fundos de investimento que movimentam trilhões de dólares pelo mundo inteiro já definiram que não é na indústria de petróleo e gás que eles vão colocar dinheiro. Estão investindo em fontes renováveis, em projetos que signifiquem descarbonização, digitalização, descentralização e democratização”, destaca Kishinami, que falou também sobre o cenário local.

“Na Amazônia, o que eu vejo, é que falta construir esse grande projeto em cima desses pressupostos. Serve tanto para as comunidades remotas, como também para os grandes centros, e cidades como Manaus (AM) e Boa Vista (RR) onde existem grandes oportunidades através das renováveis. Se você constrói um programa desses para a Amazônia, esse capital que está pelo mundo encontrará interesse em investir nesse projeto com efeitos multiplicadores. Vai provocar um fluxo de investimentos para a Amazônia que pode ser de natureza industrial, de novos serviços, construção de grandes centros de tecnologia, e aproveitar  o potencial  da bioeconomia da região”.

Roberto Kishinami também destaca as principais mudanças a serem feitas para atender as demandas. “Precisamos começar pelo básico que é a infraestrutura, a energia e a digitalização. Sem essas coisas não existe indústria moderna. Essa é a base, e o primeiro passo em direção a esse programa de desenvolvimento para a Amazônia”, finalizou.

 

Por Thamy Dinelli (Assessoria de Comunicação Fórum de Energias Renováveis)