Fórum de Energia Limpa

Coordenador do Fórum de Energias Renováveis defende políticas públicas para desenvolvimento energético sustentável da Amazônia

Durante o Fórum de Energia Limpa, da Plataforma “Amazônia Que Eu Quero”, o coordenador do Fórum de Energias Renováveis de Roraima, Alexandre Henklain, defendeu a criação de políticas públicas sistêmicas e integradas voltadas para o desenvolvimento energético sustentável da Amazônia.

O evento on-line, realizado pela Fundação Rede Amazônica, foi transmitido pelo canal de TV Amazonsat e no canal da fundação no YouTube na noite desta terça-feira (8). Este foi o segundo evento de uma série de cinco fóruns previstos na edição 2022 da plataforma, que tem como tema “Caminhos da Democracia”.

Além de Henklain, participaram do evento o pesquisador do Centro de Excelência em Eficiência Energética da Amazônia, Bruno Albuquerque, o presidente da hidrelétrica Santo Antônio Energia, situada em Rondônia, Daniel Costa, e do coordenador estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica no Acre, Edlailson Pimentel.

Na visão do coordenador do Fórum de Energias Renováveis, é preciso pensar na geração de energia descentralizada. “Chegamos ao século XXI com um novo paradigma, que nos leva a refletir sobre a necessidade de termos um sistema interligado que perpasse todo o País. Na Amazônia, com muitas florestas, muitos rios e dificuldades naturais para estender linhas de transmissão, esses sistemas descentralizados são a grande solução”, apontou.

Para que seja uma solução democrática, acrescenta Henklain, é necessário recursos públicos, linhas de financiamento, de fundos públicos e privados e da ação da sociedade civil para que seja possível levar às comunidades remotas e aos sistemas isolados, em especial na Amazônia, soluções que permitam ter acesso à Geração Distribuída com recursos próprios, subsídios ou financiamentos.

No mesmo sentido, Bruno Albuquerque defendeu o investimento na Geração Distribuída. “Interessante que sejam cada vez mais investidas para que a gente consiga tornar mais independente e individual o consumo da energia e reduzir a dependência das hidrelétricas. Poder tornar a geração e o consumo de energia cada vez mais individual atende essas diversas realidades que a gente encontra na Amazônia”, comentou, citando as comunidades ribeirinhas como exemplo.

 

Proposições

As soluções discutidas durante o encontro pelos convidados serão encaminhadas para a Câmara de Energias Limpas da plataforma ‘Amazônia Que Eu Quero’, constituída por especialistas no tema e por membros da sociedade civil. Esta Câmara terá reuniões de trabalho para discutir e selecionar dez propostas que apontem caminhos e soluções para a Amazônia.

Estas dez propostas efetivas sobre energias limpas serão expostas nas multiplataformas do Grupo Rede Amazônica, e se juntarão às propostas das outras câmaras temáticas do projeto em um caderno que será entregue em Setembro de 2022 aos parlamentares. Este documento terá em sua totalidade 50 propostas para os temas de Infraestrutura, Acesso à Saúde, Energia Limpa, Empreendedorismo e Inovação, e Florestas.