Dentro do debate promovido pelo Fórum de Energias Renováveis de Roraima, a respeito da viabilidade da construção da Usina Hidrelétrica do Bem Querer, no rio Branco em Caracaraí, o senador Mecias de Jesus e o deputado federal Jhonatan de Jesus emitiram suas opiniões sobre o empreendimento.
O senador Mecias de Jesus afirmou que são projetos como esses que Roraima, a Amazônia e o Brasil precisam. Para ele, a energia é vital para qualquer processo de desenvolvimento e deva ser abundante, de qualidade e por um preço que o consumidor possa pagar.
Sobre os eventuais danos que podem ser causados ao meio ambiente, Mecias disse que acredita que todos os possíveis danos poderão ser reparados, compensados e recompensados. Ele afirma que a fonte de energia de hidrelétricas ainda é a mais viável economicamente e ambientalmente do mundo.
“O Brasil ainda tem muito potencial e apesar da pressão e do lobby daqueles que não querem o seu desenvolvimento, acredito que esses projetos são perfeitamente viáveis”, destacou.
O senador acredita que os impactos ambientais que esses projetos possam gerar estão sendo medidos e ele crê que agridem menos o meio ambiente que as termelétricas e até mesmo outras formas de geração de energia. “O mundo hoje conta com modernas tecnologias capazes de minimizar ao máximo os danos ambientais decorrentes de projetos dessa natureza”, lembrou.
Mecias de Jesus disse que a falta de energia também gera impacto, gera pobreza, miséria, impede o desenvolvimento de um estado e de uma nação e isso também deve ser levado em conta. “Mas é claro que esses impactos nos causam preocupação, embora acreditemos na ciência e nos estudos que são feitos e que devem comprovar a viabilidade do projeto”.
Para o senador, a construção de uma hidrelétrica e a riqueza que ela vai gerar é medida em décadas e ele tem a convicção de que esses estudos também estarão bem detalhados no projeto de viabilidade do empreendimento. Ele lembra que a história conta que a energia em quantidade e qualidade é fator primordial para desenvolver uma nação e por isso todos estão cientes de que os benefícios serão maiores e os danos mínimos.
Mecias de Jesus afirmou que está à disposição no Congresso para trabalhar em prol de todos os projetos que levem alternativas para ajudar a desenvolver o Estado. “Quero dizer, também, que o problema com geração e distribuição de energia é um entrave que impede o desenvolvimento de Roraima e que já era para ter sido resolvido há pelos 32 anos, mas que agora, com esses projetos, a esperança seja renovada”.
Já o deputado federal Jhonatan de Jesus disse que está contente com a discussão sobre a retomada desse projeto e adiantou que os possíveis danos ambientais serão estudados corretamente. “Acredito ser viável tanto do ponto de vista econômico como ambiental”.
Para Jhonatan, o Estado e a iniciativa privada têm que fazer o possível para que esses projetos continuem dando certo até que não existam mais usinas termelétricas, que são poluentes. “Por mais que as matrizes energéticas sejam bastante diversificadas hoje, as hidrelétricas ainda são bastante viáveis. É logico que tudo bem estudado, nos mínimos detalhes, para que os danos ambientais sejam os menores possíveis”.
O deputado disse que os impactos ambientais devem ser estudados com prioridade, devem ser apresentadas alternativas para reduzi-los, ”mas no nosso entendimento eles não devem ser obstáculos e impedimentos para que uma hidrelétrica seja construída”, opinou.
“Pior é não ter a energia ou depender de outras fontes, mais caras e mais poluentes. Acredito que embora existam outras fontes viáveis, o Brasil ainda comporta a construção de várias hidrelétricas”, afirmou o deputado.
Jhonatan de Jesus disse que estará sempre disposto a colaborar com o que for possível para que projetos que objetivem desenvolver Roraima saiam do papel.
Por Nei Costa
Foto – Assessoria