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Diretor da Revolusolar compartilha experiências da instalação de energia solar em favelas do Rio de Janeiro

Criada em 2015 com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável de comunidades de baixa renda através da energia solar, a associação sem fins lucrativos Revolusolar já tem muito o que comemorar.

“A gente vem fazendo isso desde 2015 em duas comunidades no Rio [de Janeiro]. De forma pequena, já fizemos duas instalações em comércios na comunidade e em uma escola. Também criamos uma metodologia que a gente chama de ‘ciclo solar’, que une, além da instalação de energia solar, também a formação profissional de moradores como instaladores e um pilar educacional para a comunidade se desenvolver e engajar como um todo no projeto, assumindo protagonismo e autonomia”, explicou o diretor-executivo da Revolusolar, Eduardo Ávila.

Para desenvolver o projeto, o primeiro passo foi resolver a questão regulatória e depois a parte técnica. “A gente tinha instalado sistemas de energia solar individuais, de geração local em cada comércio, em casa, em escola. Só que a gente percebeu que tem um limite para se replicar esse modelo”, comentou.

Ele explicou ainda que um dos motivos do limite de instalar as placas fotovoltaicas nas casas dos moradores na comunidade é a infraestrutura. “A estrutura das casas, às vezes, é fraca e a gente tem que fazer reforço estrutural para aguentar as placas que são pesadas. Muitas têm barreiras de sombra. Então, ao fazer uma grande instalação compartilhada, a gente aproveita um bom telhado, com uma boa infraestrutura, com um bom Sol”.

Repercussão nas comunidades

Cada vez mais cara, a conta de luz é um peso para a população de baixa renda, e a geração de energia a partir de placas fotovoltaicas pode ser uma solução para baratear as contas. “É uma repercussão muito positiva. Estavam todos, principalmente os de baixa renda, ansiosos por uma solução no campo energético [que barateasse a conta], porque a energia está ficando cada vez mais cara. Nos últimos sete anos, a conta de luz aumentou mais que o dobro da inflação”, finalizou Eduardo Ávila, revelando a preocupação da comunidade com os alto valores cobrados pela energia.

 

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