Um sistema solar fotovoltaico deve ser visto como um investimento, pois dura mais de 25 anos (muitos estimam que ele possa durar até mais de 30 anos). O Brasil está cada vez mais consciente de seu potencial energético solar. No entanto, o valor ainda é um entrave na hora de adotar a fonte alternativa.
A forma de pagamento que maximiza o retorno sobre o investimento e diminui ao máximo o tempo para retorno é sempre o formato “à vista” ou parcelado sem juros diretamente com a empresa instaladora de energia solar. Porém, esta não é a realidade de muitos. Por isso, separamos as principais linhas de financiamento voltadas para a instalação de sistemas de geração de energia fotovoltaica no Brasil.
CAIXA ECONÔMICA
A Caixa Econômica Federal passou a aceitar projetos de energia solar em sua linha de crédito Construcard, destinada para a compra de material de construção. Com uma taxa de juros em torno de 1,95% ao mês, o projeto pode ser parcelado em até 240 vezes. O financiamento está disponível para pessoas física e jurídicas. No site do banco você pode fazer uma simulação dos juros e prazos do empréstimo.
SANTANDER
Através do Santander Financiamentos, o banco disponibiliza crédito para a instalação de sistemas fotovoltaicos com um parcelamento de até 60 vezes. Disponível para pessoas física e jurídica (correntistas e não correntistas), a taxa de juros varia de acordo com os valores, prazos e demais condições escolhidas pelo beneficiado.
BNDES
Voltado para grandes projetos de energia solar, a linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibiliza até 80% do custo da obra com uma taxa de juros de 7,5% ao ano. O investidor é obrigado a ter uma participação mínima de 20% nos custos com possibilidade de emissão de debêntures (título de crédito representativo de empréstimo que uma companhia faz junto a terceiros), das quais o BNDES se compromete a adquirir até 50%.
BANCO DO NORDESTE
O Banco do Nordeste abriu uma linha de financiamento específica para projetos de micro e minigeração de energia solar. O FNE Sol está disponível para empresas, produtores rurais, cooperativas e associações dos estados nordestinos, além do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Com um prazo de pagamento de até 144 meses, o FNE Sol financia até 100% do custo da obra.
SICREDI
A Sicredi possui uma linha especial de financiamento para energia solar para seus associados, sejam eles pessoa física ou jurídica. O prazo de pagamento é de até 60 meses. As taxas de juros variam entre 1% e 3% ao mês, condicionadas à análises de crédito. Você pode fazer uma simulação através do simulador da BV financeira, um dos filiados ao Sicredi.
DESENVOLVE SP
Com o intuito de reduzir 20% das emissões de CO2 de São Paulo até 2020, o governo estadual criou a Linha de Financiamento Economia Verde, que inclui o financiamento de sistemas fotovoltaicos. Voltado para pequenas e médias empresas da região, o pagamento pode ser parcelado em até 120 vezes com uma taxa de juros de 0,53% ao mês.
PRONAF
A linha de financiamento governamental “Mais Alimentos”, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) voltada para pequenos agricultores, inclui o financiamento de sistemas fotovoltaicos de até R$ 300 mil. Com uma taxa anual entre 2,5% a 5,5% anuais, o agricultor só começa a pagar após 36 meses da aquisição do crédito.
BANCO DO BRASIL
O Proger Urbano Empresarial é uma linha de crédito para ampliar ou modernizar empresas. O financiamento utiliza recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do Governo Federal. Os projetos de investimento devem proporcionar geração ou manutenção de empregos e renda. As taxas de juros variam bastante de acordo com o relacionamento que o cliente possuir com o banco. Até 72 meses para o financiamento com limite de financiamento de R$1 milhão, limitado a 80% do projeto de investimento.
O FCO Empresarial tem como público-alvo as pessoas jurídicas de direito privado que se dedicam à atividade produtiva nos setores industrial, agroindustrial, mineral, turístico, comercial, de serviços e de infraestrutura econômica, inclusive empresas públicas não dependentes de transferências financeiras do Poder Público. É direcionado aos produtores rurais, tanto pessoa física como jurídica, bem como cooperativas e associações com atividade rural. As regiões atendidas são: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, ou Mato Grosso do Sul.
Por Nei Costa