O Fórum de Energias Renováveis de Roraima, que promove um amplo debate sobre a viabilidade da Usina Hidrelétrica do Bem Querer, está ouvindo os posicionamentos dos representantes de Roraima no Congresso Nacional.
O deputado federal Edio Lopes emitiu sua opinião e disse que pelos estudos que tem feito, pelas reuniões que participou no Ministério das Minas e Energia e pela grande necessidade de Roraima ter uma matriz energética eficiente e segura, ele é favorável à construção da Hidrelétrica do Bem Querer.
Edio afirmou que se levar em consideração a área que será alagada e pelo potencial de geração de energia que é proposto, “eu sou amplamente favorável a construção da hidrelétrica”.
Ele explica que o perímetro de alagação já foi levantado e se isso estiver dentro do estudo técnico abalizado a UHE vai gerar aproximadamente 600 MW de energia, o que para Roraima é suficiente. “Hoje o Estado ainda não consome 300 MW. Então, nós teríamos uma hidrelétrica para suprir a necessidade de Roraima e fazer o caminho inverso para Manaus. Por isso, eu sou favorável à construção da hidrelétrica”, afirmou.
Edio Lopes ressalta que vê muito “banzeiro feito pelos ecologistas, mas sabe que o papel deles é esse. O que nós temos acompanhado no Ministério das Minas e Energia, lá com o ministro Bento Costa Lima, e a apresentação que eles têm feito para nós, e olha que não foi só uma, mas diversas, mostram todo o detalhamento. Não haverá alcance em terra indígena que seria uma questão muito controversa, porque o lago não chegaria às áreas indígenas do município do Cantá, então eu sou favorável sim, desde que o projeto seja executado conforme o detalhamento técnico que estão nos apresentando lá em Brasilia”, definiu.
O deputado explica que vários detalhes foram levados em consideração na confecção do projeto, como a construção de uma eclusa que daria navegabilidade no trecho acima de Caracaraí, além das escadarias para peixe.
“Então não há o que se falar em problema de migração de cardumes, etc.. O projeto obedece todas essas regras e é o que há de mais moderno em engenharia. Então aí ficam lá no baixo Rio Branco dizendo que a hidrelétrica pode quebrar tudo e que vai causar uma tragédia. Essas são as velhas conversas que a gente ouve desde séculos e que nada ajudaram o estado a se desenvolver”, concluiu.
Por Nei Costa
Foto – Assessoria deputado