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Instituto Federal de Roraima investe em pesquisas sobre energias renováveis

 

Há três anos, o IFRR lança editais que selecionam de um a dois projetos para serem trabalhados com apoio financeiro da instituição.

 

O Instituto Federal de Roraima (IFRR) investe em pesquisas sobre energias renováveis há três anos. Com a abertura de editais que selecionam de um a dois projetos por ano, a instituição dá a oportunidade para que os professores coloquem as pesquisas em prática no próprio campus.

Um novo edital deve ser lançado ainda em agosto,  e tem o objetivo de selecionar um projeto em que o pesquisador receberá R$25 mil para trabalhar na execução, segundo o pró-reitor Romildo Nicolau Alves, que é doutor  em Tecnologias Energéticas e Nucleares.

“O professor selecionado tem até julho do próximo ano para poder apresentar os relatórios da pesquisa”, explicou Alves, que já chegou a trabalhar em uma das pesquisas sobre energias renováveis.

Alves também pesquisa alternativas para o biogás, que geralmente é produzido a partir de resíduos animais, como o esterco.

“Eu avalio outras fontes orgânicas. Por exemplo, o capim elefante e a gliricídia, que é uma planta leguminosa que se adaptou muito bem ao estado de Roraima, podem ser utilizados na produção de biogás”, afirmou o pesquisador.

 

Bobina eólica de custo reduzido

 

Um dos projetos de êxito dentro do programa é a bobina eólica de custo reduzido, desenvolvida pelo engenheiro agrônomo e professor do curso técnico em agropecuária do IFRR, Raphael Siqueira, no início de 2021. 

A energia eólica é a transformação do vento em uma energia útil. Siqueira implantou as bobinas no campus do próprio IFRR, e a energia era usada para carregar uma bateria estacionária. Esta bateria envia um comando que mantém os vasos sanitários da instituição com água. Durante a pandemia, as bobinas foram desativadas. 

Atualmente o professor estuda uma forma de reduzir o custo para que agricultores tenham acesso ao equipamento.

“A ideia é fazer um sistema de baixo custo para a agricultura familiar e assim aumentar a qualidade de vida e produção do agricultor”, afirmou o engenheiro agrônomo.

Com materiais aproveitados de carros e outras máquinas, a intenção do pesquisador é garantir um preço entre R$2 mil e R$2,5 mil. O investimento garante que o agricultor não perca tempo com a irrigação ou com o quanto cada plantação precisa de água.

A própria bateria vai entender quando precisa enviar água, pois há um sensor de reparo que identifica automaticamente o nível de umidade do solo.

Além de Siqueira, o projeto contou com um bolsista de iniciação científica do IFRR, professores da Universidade Estadual de Roraima (UERR) e do Centro Universitário Estácio. A Universidade Federal de Roraima (UFRR) também cedeu um laboratório para que algumas análises fossem realizadas.

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Por Fabrício Araújo

Foto: Folha BV