Linhas de transmissão de energia. Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Linhão Manaus-Boa Vista deve ser iniciado até junho, espera Eletrobras

Empresa está otimista e acredita na permanência da Alupar na sociedade que arrematou o projeto ainda em 2011.

A Eletrobras espera receber o licenciamento ambiental do linhão de Manaus a Boa Vista até o mês de abril. Com isso, as obras poderiam ser iniciadas ainda no primeiro semestre em algumas frentes de atuação. Essa é a estimativa do presidente da estatal, Wilson Ferreira Júnior, que disse acreditar ainda que o projeto, pode ter voltado a ser atrativo do ponto de vista de investimento com a reversão das condições macroeconômicas, principalmente com a redução da taxa Selic a 4,5% ao ano.

O executivo afirmou que essa estimativa para obter a documentação junto ao Ibama deve-se ao trabalho desenvolvido durante o final do ano passado junto aos índios da etnia Waimiri-Atroari cujas terras estão em meio ao projeto. Segundo o presidente da estatal, os trabalhos andaram em um bom ritmo. As obras recomeçariam em um período de até 90 dias e a conclusão se daria em dois anos do início dos trabalhos.

Em outra frente a companhia ainda pleiteia junto à Agência Nacional de Energia Elétrica a revisão dos valores da Receita Anual Permitida. Recentemente a agência reguladora atualizou a RAP do projeto, mas a um nível inferior ao que o consórcio solicitou. O valor foi atualizado para R$ 275 milhões não levando em consideração as mudanças das condições para financiamento, que eram diferentes à época em que o empreendimento foi licitado, em 2011.

“A questão da Aneel não inviabiliza o processo. Foi nos dada a revisão dos valores com R$ 275 milhões, mas questionamos e entendemos ter elementos para discutir mais isso mais à frente”, comentou ele, após sua participação no Latin America Investiment Conference, evento promovido pelo Credit Suisse em São Paulo.

Ferreira Júnior afirmou que, diante disso, está confiante quanto a permanência da Alupar no consórcio que arrematou o linhão. A empresa privada, que detém 51% do capital da TNE manifestou seu desejo de deixar a sociedade em um movimento que começou a se delinear desde o segundo semestre de 2015.

“Estamos trabalhando no consórcio e se formos olhar os últimos leilões, as condições macroeconômicas de alguns anos atrás mudaram. Não que o ativo não fosse atrativo, e certamente hoje tem mérito e temos upsides de discussão com os nossos sócios e de nossa parte compromisso total. Nosso esforço e todo o trabalho é para que a sócia continue, o projeto já está feito e conseguindo a licença  ambiental, imagino que possam se interessar e que constituem sendo nossos parceiros”, acrescentou.

Fonte: Agência Canalenergia.com.br