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Mercado avalia com cautela efeitos do coronavírus e do câmbio

Empresas brasileiras do mercado de energia solar avaliam com cautela os impactos do surto de coronavírus na China, onde fábricas de componentes chegaram a ficar paralisadas para reduzir a onda de contágio. Atualmente, muitas delas ainda operam abaixo da capacidade total.

“Ainda não percebemos esses efeitos, não há falta de equipamentos ou problemas de entrega. Talvez ocorram alguns atrasos de contrato e de embarques, mas eu não vejo um cenário catastrófico”, aponta o diretor comercial da MTEC Energia, Daniel Luiz Sebben.

O gerente da unidade de negócio de energia fotovoltaica da Fronius do Brasil, Alexandre Borin, explica que a empresa não está sendo impactada, por ter seu fornecimento vindo da Áustria, mas ressalta que, se a situação não for normalizada na China, poderá haver problemas em toda a cadeia. “Tenho ouvido de fábricas de módulos que já não estão embarcando e, nesse primeiro trimestre, pode haver alguns desabastecimentos. A demanda do mercado brasileiro é alta e se houver escassez, pode ter uma pisada de freio.”

Outro aspecto que o surto tem prejudicado é no câmbio. Juntamente com outros fatores, os impactos econômicos do coronavírus tem influenciado na valorização do dólar e do euro em relação ao real. Como muitos componentes do setor fotovoltaico são importados, há preocupação se essa tendência é passageira ou de longo prazo.

“Quem trabalha com usinas maiores normalmente tem hedge cambial para não ficar exposto. No mercado de geração distribuída, geralmente há um nível de estoque maior. Até o momento não percebemos esse aumento do dólar”, diz Sebben. Ele acredita que a situação deve se normalizar. “Estou otimista. É uma fase de valorização recorde, mas entendo que a essa epidemia deve acalmar, surgir as primeiras vacinas e o situação se organizar.”

Borin explica que a Fronius está tentando absorver a valorização cambial. “Estamos atrelados ao euro, que está ainda mais caro que o dólar. Estamos absorvendo essa diferença para entender qual vai ser a tendência da moeda. Talvez volte para um patamar aceitável. Mas se continuar a aumentar ou não retroceder, é possível que tenhamos que fazer um repasse de preço. Até o momento, seguimos praticando os mesmos preços do ano passado.”

Fonte – portalsolar

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Basa facilita ainda mais acesso às linhas de crédito para energia solar

O Banco da Amazônia vem, a cada dia, facilitando o acesso às suas linhas de crédito para aquisição de equipamentos para instalação de pequenas usinas de energia solar, seja em residência, comércio ou em propriedades rurais.

O gerente geral do Basa em Roraima, Delvan Prata, disse que a instituição tem um programa especial de financiamento de energia solar, que é o Energia Verde. “Esse programa atende pessoas físicas e jurídicas sejam da área urbana ou rural”, disse.

Delvan explicou que no setor não rural, o Banco, por meio do programa, tem duas finalidades básicas. Na primeira delas é financiar a micro e minigeração de energia fotovoltaica e a segunda é financiar a produção de energia de outras fontes renováveis.

“Nesse aspecto é importante destacar que esses financiamentos, tanto para micro e minigeração de energia, quanto a produção de energia renovável de outas fontes, ele deve ser para o consumo próprio da pessoa financiada, e isso é importante destacar”, explicou.

Outro ponto importante, segundo Delvan, é mostrar qual que é o público alvo desse produto, que foi criado para atender especialmente as pessoas físicas residenciais. “Ou seja, eu, você, o seu João, enfim, as pessoas que moram em suas residências e que tem um consumo de energia considerável”, disse.

O gerente afirma que o produto foi criado para que essas pessoas possam gerar sua própria energia e, consequentemente, conseguir reduzir a sua conta de luz e também contribuir com o sistema elétrico nacional. Ele volta a esclarecer que o Energia Verde tem como público-alvo essas pessoas físicas residenciais e também as empresas.

“É importante destacar que empresas de qualquer porte, seja um microempreendedor individual até uma grande empresa, ela faz parte do público-alvo dessa linha”, destacou o gerente geral.

Sobre as atividades financiadas na linha FNO Verde, Delvan Prata esclarece que o Banco financia praticamente todas as atividades que vão desde agroindústria a indústria, o comércio, a cultura e o turismo, a prestação de serviços, além de atividades agroindustriais industriais voltadas para a exportação.

“Então, como você pode observar, basicamente todas as atividades da cadeia produtiva são financiadas. Desde o início das atividades ali na agroindústria, até chegar na indústria.

O FNO Verde os seguintes itens: a microgeração distribuída, aquela consiste na central geradora de energia, com potência instalada de no máximo 75 KW e vai financiar também a minigeração distribuída, que consiste na central geradora de energia elétrica com potência instalada superior a 75 KW e menor ou igual a 5 MW.

Delvan lembrou ainda que dentro desses dois itens financiáveis é importante destacar que eles precisam trabalhar no sistema de cogeração qualificada, que é aquele sistema onde a central geradora de energia elétrica está conectada com a rede de distribuição da concessionária local.

“Além do financiamento da microgeração distribuída e da minigeração distribuída é também possível financiar, dentro desse conjunto, o sistema de compensação de energia elétrica, que é aquele sistema que você vai injetar o seu excesso de geração de energia na rede da concessionária distribuidora, que é tipo um empréstimo gratuito e depois eles vão compensar para você, reduzindo seu consumo de energia”, informou

O Basa também financia outros itens, como a melhoria do sistema implantado, ou seja, modernizar as instalações, substituindo alguma placa ou reformando algum equipamento. “Essa melhoria também pode ser financiada. Muitas pessoas querem aumentar sua produção ou implantar equipamentos mais modernos. Isso nós financiamos também”.

O banco também pode financiar o que a Aneel trata como empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras. Eles são caracterizados pela utilização de energia elétrica de forma independente, onde cada fração constitui uma unidade consumidora e as instalações para o atendimento das áreas de uso comum, constituem uma unidade consumidora. O exemplo citado foram os condomínios. Neles, os proprietários atendem várias unidades consumidoras com apenas uma usina. Isso contribuiria para a redução do consumo de energia daquele local.

Outro exemplo citado pelo gerente, são alguns empresários que têm diversos empreendimentos, mas as unidades consumidoras são independentes. “Então, também é possível financiar dentro da sistemática, o outro item financiado que é a geração compartilhada, que se caracteriza pela reunião de consumidores dentro da mesma área de concessão ou permissão, por meio de consórcio de cooperativa composta por uma pessoa física ou jurídica que possui unidade consumidora com micro ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras. Ou seja, eu posso fazer uma cooperativa, adquirir um terreno e montar uma mini ou microgeração de energia distribuída e compensar no consumo de todos os cooperados”, esclareceu.

O Basa também tem outro item financiável que se chama autoconsumo remoto, que caracteriza-se por unidades consumidoras de titularidade de uma mesma pessoa jurídica, incluídas matriz e filiais ou pessoa física que possui unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local diferente, dentro da mesma área de concessão, permissão nas quais a energia excedente será compensada.

Na próxima reportagem o energiasroraima.com.br vai publicar tudo o que o leitor quer saber sobre como fazer o financiamento dos itens listados acima. Desde os percentuais de juros, até o prazo de pagamento e o tempo de carência. Confira!!

Por Nei Costa

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Dados da Aneel apontam crescimento no setor de energia fotovoltaica no primeiro trimestre de 2020 em Roraima

O investimento em energias renováveis tem apresentado crescimento nos últimos anos em Roraima, principalmente na modalidade energia solar fotovoltaica, que é considerada uma alternativa sustentável e sem danos à natureza. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que em 2018 foram instaladas 06 unidades consumidoras com geração distribuída no estado, tendo como fonte a radiação solar e com uma potência instalada de 229,60 quilowatt (kW). Já em 2019 esse número subiu para 43, com uma potência de 514, 57 kW. E o primeiro trimestre de 2020 já superou o ano anterior – foram 57 unidades, com uma potência instalada de 527,34 kW. Essas unidades estão na zona rural e urbana ajudando na eficiência energética e economia em casas, indústria e prédios comerciais ou públicos.

Os dados da Roraima Energia também mostram que os registros de unidades de geração distribuída vem crescendo no estado, e com sistemas a mais que os identificados pela Aneel. De acordo com a concessionária de energia, no ano passado (2019) foram instaladas 59 unidades consumidoras. E de janeiro a março deste ano (2020), já são mais 60 novas unidades que estão em funcionamento no estado.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) entre 2012 e 2019 o setor solar fotovoltaico gerou mais de 130 mil empregos no país. Os registros da associação mostram ainda que 99,8% de todas as conexões de micro ( até 75kW) e minigeração distribuída (acima de 75 kW até 5 mW) implantados em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos, são da fonte solar fotovoltaica com um investimento acumulado de R$ 12,8 bilhões, desde 2012 em todas as regiões e estados do país. São 261.616 unidades consumidoras recebendo créditos pelo Sistemas de Compensação de Energia Elétrica.

Conforme a resolução nº 517/2012 da Aneel, a energia ativa injetada por unidade consumidora com microgeração distribuída ou minigeração distribuída é cedida, por meio de empréstimo gratuito, à distribuidora local e posteriormente compensada com o consumo de energia elétrica. Com tecnologia comprovada, os sistemas fotovoltaicos estão ganhando mercado e investimentos em todo país.

Para o consultor técnico do Fórum de Energias Renováveis, Ricardo Lima, as pessoas estão tendo a percepção dos impactos positivos que a implantação de sistemas de geração distribuída fotovoltaica têm para o consumidor. Ele destaca que os benefícios são muitos, “desde a redução nas despesas com energia, à melhoria na qualidade do fornecimento, até a contribuição para o meio ambiente, ao reduzir a geração termoelétrica a diesel no estado. É um bom negócio para o consumidor, de todos os pontos de vista”, destacou Ricardo.

E quando se fala em investir em energia solar, o estado de Roraima apresenta grande potencial para avançar na implantação de unidades: Lima reforça que o estado tem um dos melhores índices de insolação do país, comparável ao sertão da Bahia e ao litoral do Nordeste. O investimento em energia fotovoltaica tem impactos na eficiência e consumo para a demanda das residências, setores do comércio e indústria. “Lembro que o estado só não se desenvolve mais por não dispor de energia farta e, ao gerar energia localmente, podemos ter energia disponível para crescer”, pontuou Ricardo.

Por Thamy Dinelli

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Como a energia solar fotovoltaica e eólica podem se complementar

A maioria das fontes de geração de energia elétrica do país não apresenta variação substancial na potência ao longo do dia, exceto as gerações fotovoltaica e eólica. Nestas duas há diferença substancial entre o máximo e mínimo de geração durante o dia e entre os dias, em função da energia disponível pelo sol e vento, respectivamente.

Para a energia solar fotovoltaica essa variação é óbvia, pois há incidência de radiação solar apenas durante o fotoperíodo, aumentando entre o nascer do sol e o meio dia astronômico do local onde está instalado o equipamento, e redução até o pôr do sol.

Essa curva de geração pode sofrer alterações em função da latitude, do uso ou não de seguidor solar e da inclinação e alinhamento do telhado em relação à linha leste-oeste. Considerando-se os dados médios do mês de janeiro de 2020, a geração fotovoltaica no Brasil inicia ao redor da 5h no horário de Brasília, atinge seu pico às 12h e se encerra às 18h, formando uma curva assintótica.

A geração de energia eólica, por sua vez, depende da velocidade do vento, uma vez que os equipamentos dispõem de dispositivos para se posicionar perpendicularmente à direção deste, visando o melhor aproveitamento de sua energia. Conforme dados médios do mês de janeiro de 2020, a menor geração eólica no Brasil ocorre ao redor das 10h da manhã, aumentando até ao redor das 21h e reduzindo novamente até as 10h do dia subsequente.

Assim, se considerarmos cada fonte individualmente, a variação no potencial de geração ao longo do dia não atende à variação de demanda de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN). Contudo, se considerarmos a soma da energia gerada por essas duas fontes, na proporção da geração no mês de janeiro de 2020, há uma similaridade muito grande entre a variação na geração e na carga do SIN nos dias úteis desse mesmo mês, quando a demanda é maior.

Observam-se apenas pequenos desvios em relação à curva de carga, com maior produção do que a demanda no início da manhã e menor do que a demanda no final da tarde. O déficit no final da tarde poderia ser atendido com a instalação de fazendas fotovoltaicas mais a Oeste do território nacional ou utilizando-se os telhados voltados para essa direção nas instalações residenciais, o que resultaria em atraso da curva de geração em relação à atual.

Isso pode ser exemplificado numa unidade de geração distribuída localizada em Florianópolis/SC com telhado voltado para Oeste, onde o pico de produção ocorre ao redor das 14h, apontando para um atraso de 2h em relação ao meio-dia local. Adicionalmente, nesse local e exposição solar o período de maior geração ocorre entre 13 e 15h, coincidindo com o período de maior demanda no SIN.

Os resultados apresentados demonstram que, somadas, as gerações fotovoltaica e eólica atendem à variação na demanda de energia no Sistema Interligado Nacional ao longo do dia.

 

Assim, desde que ajustada a proporção de geração por cada uma delas, estas fontes complementariam com segurança a geração pelas fontes que não apresentam variação significativa ao longo do dia, em função de sua ampla distribuição no território nacional, contemplando as variações locais e regionais de disponibilidade de radiação solar e de vento, que são as fontes de energia para esses sistemas.

Publicado por Nei Costa

Fonte – portalenergia.com

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Grupo que defende energia solar sem taxação discute cenário ao vivo

Grupo criado para mobilizações acerca da energia renovável livre de taxações, o MSL (Movimento Solar Livre) realiza, semanalmente, lives com mentoria para líderes e discussão sobre o cenário da energia solar no Brasil. As transmissões podem ser acompanhadas gratuitamente pela internet.

Todas as segundas-feiras, às 18 horas (horário de MS), o grupo faz as transmissões pelo Youtube. Para acompanhar a transmissão desta segunda (4) acesse o link – https://www.youtube.com/watch?v=BE42OvX5pwY&feature=emb_err_watch_on_yt.

O grupo se intitula como movimento sem partido. “Nosso movimento é conhecido por ser apartidário, ter uma visão ampla e liberal quanto à política, à economia e aos costumes”.

 

Fórum de Energias em Roraima defende manutenção de regras para geração distribuída de energia em sistemas isolados

 

O Fórum de Energias Renováveis de Roraima defende a manutenção da resolução 482/2012, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que trata sobre as regras da geração distribuída, sistema pelo qual os consumidores podem produzir sua própria energia em sistemas isolados, como é o caso do estado de Roraima e outras áreas da região amazônica.

A Carta Proposta da representação foi publicada no site do órgão regulador, e aguarda resultado da análise que deve ocorrer ainda no primeiro trimestre desse ano. Confira aqui documento na íntegra.

Nas regras atuais, quem gera a própria energia, seja solar ou outro tipo de energia limpa, não paga algumas taxas pelo uso do sistema elétrico. A ANEEL defende a retirada desses incentivos, alegando que os custos são distribuídos para os demais consumidores que não aderiram ao sistema da geração distribuída.

Por exemplo, quem produz e consome a própria energia passará a pagar pelo uso da rede de transmissão e distribuição, o que vai de 100% de compensação para uma média de apenas 38%. Se o consumidor paga uma conta de luz de R$ 800, passará a pagar R$ 80. Caso as novas regras sejam aprovadas, essa mesma conta será de R$ 320.

Para especialistas do Fórum de Energias de Roraima, essa mudança proposta pelo órgão regulador traz desvantagens econômicas para o estado, sistema isolado e ainda atendido por geração a diesel. O coordenador do Fórum, Alexandre Henklain, explicou que a contribuição do Fórum de Energias Renováveis veio da constatação feita pelos profissionais e consultores da entidade.

“Os subsídios recorrentes das Contas Consumo de Combustível são bem mais elevados que os subsídios recorrentes do uso das energias renováveis, particularmente da energia solar. Estamos demonstrando à ANEEL que vale a pena manter as regras do jogo sem quaisquer mudanças na resolução 482”, afirmou.

Por Nei Costa

Fonte – Midiamax.com.br

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Primeira telha solar desenvolvida no Brasil aprovada pelo Inmetro

Eternit apresentou a primeira telha solar fotovoltaica desenvolvida no Brasil já aprovada pela Inmetro.

A Eternit Solar permite a captação da energia solar, transformando-a em energia elétrica, foi apresentada durante a Intersolar South América, a maior feira da América Latina que se realizou em agosto do ano passado em São Paulo.

A Eternit foi fundada há 80 anos, e vem acompanhando as tendências mundiais da tecnologia sustentável.

Luís Augusto Barbosa, presidente da Eternit, disse que a empresa está desenvolvendo o processo industrial para fabricação em larga escala desta que é a primeira geração de telhas fotovoltaicas a passar nos testes de certificação do Inmetro.

Para ele, o feito representa um momento importante para a companhia. “Trabalhamos nesse projeto ao longo de um ano e agora estamos apresentando ao mercado de construção civil o primeiro modelo aprovado feito em concreto, com várias opções de cores e de acabamentos, e células fotovoltaicas integradas no material. Temos também outra linha, essa em fase final de desenvolvimento para futura homologação, utilizando telhas de fibrocimento. Em breve, os produtos estarão disponíveis para os consumidores”, afirmou Luis Agusto.

O responsável pela área de Desenvolvimento de Novos Negócios, Luís António Lopes, disse que parte dos componentes das telhas fotovoltaicas já estão disponíveis no mercado, como as células e os inversores.

 

“A grande novidade das telhas solares Eternit é o fato de o conjunto das células fotovoltaicas de silício ser aplicado diretamente no cimento”, disse.

“O que existe hoje em larga escala são placas fotovoltaicas cujos modelos precisam ser instalados em cima dos telhados. A nova telha fotovoltaica tem enorme potencial para se tornar um dos grandes negócios do Grupo Eternit por ser um produto de alto valor agregado, de fácil instalação, seguro e mais barato do que as soluções atuais. Além disso, capaz de gerar a energia elétrica necessária para residências e outros locais comerciais e industriais de maneira competitiva em performance e eficiência, a partir de um modelo esteticamente avançado”, disse o responsável pela área de Desenvolvimento de Novos Negócios.

Mensalmente uma só telha pode produzir até 1.15kWh. Rodrigo Inácio, diretor comercial do Grupo Eternit, estima que esta tecnologia possa permitir ao consumidor uma poupança entre 10% a 20% no custo total da compra e da instalação de telhas fotovoltaicas quando comparado com o custo total de painéis solares já montados.

O tempo de recuperação do investimento é mais curto que o sistema de painéis solares. Assim o investimento é retornado em 3 a 5 anos, consoante o sistema instalado.

Para uma habitação comum, o número de telhas necessário, depende da quantidade de energia que se pretenda produzir, da localização, inclinação e orientação relativamente ao sol, entre outros fatores.

Como exemplo, uma habitação pequena pode ter entre 100 a 150 telhas fotovoltaicas, enquanto que maiores podem ter entre 300 a 600, sendo o resto do telhado preenchido com telhas comuns, complementadas com acabamentos como cumeeiras, laterais, espigões do mesmo modelo e material com encaixas perfeitos.

O Diretor Comercial comentou ainda a aposta neste segmento de mercado. “A Eternit entende que, ao integrar a geração fotovoltaica a suas telhas, alia inovação e sustentabilidade em um novo produto, e dá um passo importante em um mercado de consumo cada vez mais consciente. O potencial de mercado se traduz nos números”, pois só em 2018 foram instalados e ligados à rede mais de 35 mil sistemas fotovoltaicos e nesta primeira metade de 2019 foram já instalados 32 mil sistemas fotovoltaicos.

Fonte Portal Energia

Por Nei Costa

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Roraima oferece várias vantagens para quem quer produzir energia solar

O estado de Roraima é um dos que mais oferece vantagens quando o assunto é a instalação de sistema de geração de energia solar em sua casa, comércio ou propriedade rural.

A região oferece uma grande incidência solar durante todos os meses do ano e em alguns deles chega a ser mais eficiente que quase todas as outras unidades da federação.

Mesmo com tantas vantagens, o crescimento do setor ainda não é grande, mas especialistas esperam que Roraima passe a ser um grande produtor de energias alternativas, principalmente a solar em curto espaço de tempo.

Especialistas que atuam em parceria com o Fórum de Energias Renováveis de Roraima acreditam que ainda esse ano muitas pessoas devem aderir e implantar sistemas de produção de energia solar em suas próprias casas.

Os engenheiros elétricos Cristiano Bessa e Conceição Escobar, que atuam em parceria com o Fórum, acreditam que a produção de energia solar em Roraima vai crescer muito no Brasil e em Roraima, principalmente.

Eles informam que o uso da energia solar fotovoltaica no Brasil tem crescido nos últimos tempos. De acordo com um levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), feito em 2019, o uso da energia solar aumentou em 161% no país.

Dentre os motivos para essa transição, está a redução nos valores das contas de energia elétrica e a prevenção do meio ambiente. Cristiano cita como exemplo o parque de produção de energia solar implantando no Teatro Municipal de Boa Vista. “Somente essa usina, como exemplo, vai tirar da atmosfera um total de CO2 que seria o mesmo que plantar milhares de árvores em uma área da cidade”.

Contudo, existem outros fatores vantajosos que influenciam cada vez mais no uso desse tipo de energia. Confira abaixo:

– Ajuda a preservar o meio ambiente, ainda mais diante de uma diminuição do uso das fontes convencionais (energia hidráulica, gás natural, carvão mineral, derivados do petróleo, energia nuclear);

– Reduz a emissão de gases que geram o efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2);

– Reduz em cerca de 90% as contas de energia elétrica;

– Pode ser instalado em casas, comércios e indústrias;

– A instalação pode ser em telhados, fachadas, no solo e na água;

– O tempo de retorno do investimento na forma de economia na conta de luz é, em média de cinco anos;

– O sistema possui baixa manutenção, basta fazer uma limpeza duas ou três vezes ao ano;

–  A quantidade de módulos pode variar, de acordo com o tamanho do empreendimento, que pode ser uma padaria, pousada, academia ou mesmo indústrias de grande porte, por exemplo;

– O equipamento instalado dura até 25 anos;

– Gera emprego e renda.

Por Nei Costa

Foto – PMBV

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Curso de engenharia elétrica da UFRR vai desenvolver projeto de pesquisa sobre energia solar

O Fórum de Energias Renováveis de Roraima conta com o apoio dos professores do curso de engenharia elétrica da Universidade Federal de Roraima. Em entrevista, a professora Josiane do Couto, doutora em telecomunicações, disse que uma das metas dos docentes do curso é desenvolver projetos de pesquisa na área de energia fotovoltaica.

Ouça a entrevista:

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Sistema de energia solar off grid pode ser a solução para muitos no interior do Estado

Roraima é um estado que tem suas peculiaridades e isso também ocorre quando o assunto é a instalação de sistemas de energias em locais remotos, como fazendas, sítios ou chácaras e também nas comunidades indígenas, já que muitas ainda não estão ligadas a nenhum sistema elétrico.

Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre a energia solar off grid na hora de escolher o sistema fotovoltaico ideal para o seu imóvel. Por isso, é fundamental saber a diferença entre os sistemas on grid e off grid, seus prós e contras, e como funcionam.

O Fórum de Energias Renováveis de Roraima vem trabalhando para esclarecer todas as dúvidas que as pessoas têm e procurou, por meio de informações simples e de fácil entendimento mostrar quais as vantagens e desvantagens desse sistema.

A professora do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Roraima e uma das parceiras do Fórum, Josiane Rodrigues, informou que os sistemas off grid, que são sistemas não conectados às redes de energia elétrica convencionais, são muito importantes para comunidades isoladas e para o agronegócio também.

“Durante o período do dia com alta irradiação solar, tal sistema carrega baterias ligadas a ele. No período sem irradiação solar, período noturno por exemplo, as baterias descarregam a energia nelas armazenadas. Dessa forma, áreas que não são cobertas pelo sistema de distribuição de energia elétrica podem ter energia constantemente”, esclareceu a professora.

Josiane lembrou que em Roraima, por exemplo, existem mais de 450 comunidades isoladas, segundo informações do ISA (Instituto Sócio Ambiental). Entre comunidades indígenas e extrativistas que podem ser beneficiadas com a implantação dos equipamentos.

É importante saber que para produzir energia limpa e renovável é necessário reunir todas as informações e estudar as possibilidades que variam de acordo com a necessidade de cada um, seja em sua residência, estabelecimento comercial, indústria ou empreendimento rural.

O que é Energia Solar Off Grid?

A energia solar off grid, também conhecida como sistema isolado, ou sistema autônomo, tem como principal característica o “autossustento” por meio de baterias. O sistema não é conectado à rede elétrica, armazenando a energia solar excedente em baterias para ser utilizada quando não houver produção.

Como funciona o sistema de energia isolado off grid?

Por tratar-se de um sistema autônomo, o funcionamento ocorre à parte da rede elétrica. O sistema abastece os aparelhos domésticos e eletrônicos que utilizarão a energia de forma direta. Essa opção é utilizada em locais remotos, visto que, para muitos, é a maneira mais econômica e simples de gerar energia elétrica por conta de dificuldades na região.

O sistema off grid tem seu funcionamento igual ao sistema on grid, sendo aproveitado em atividades do dia a dia como bombeamento de água, iluminação, eletrificação de cercas e muito mais. A energia solar, por ser armazenada em baterias, pode ser utilizada em dias chuvosos, nublados e durante a noite.

A operação de um sistema off grid ocorre com o mesmo padrão de captação da luz do sol para a conversão de energia solar em energia elétrica, utilizando equipamentos como painéis solares, inversor solar, controlador de carga e baterias.

Vantagens do sistema fotovoltaico off grid

Para entender um sistema fotovoltaico off grid, é necessário saber que existem diferentes vantagens entre um sistema de pequeno e de grande porte. Os de pequeno porte são caracterizados pela geração de energia em menor escala, porém ainda independentes da energia elétrica convencional, conectada à rede.

Dessa forma, a pessoa que se utiliza de um sistema off grid vai contribuir com a diminuição do consumo de combustíveis fósseis, vai aumentar a disponibilidade de energia e vai reduzir custos.

Já os sistemas fotovoltaicos off grid de grande porte, vão possibilitar menor dependência de combustíveis fósseis, a diminuição de custos com transporte de combustíveis, diminuir os índices de emissão de gás carbônico e vão reduzir o risco de acidentes.

Desvantagens do sistema solar off grid

Por outro lado, existem algumas desvantagens no sistema de energia solar off grid que devem ser consideradas no momento de escolha do projeto, como o custo mais elevado em relação ao sistema on grid, por apresentar menor eficiência energética e por causar impactos ao meio ambiente por ser dependente de baterias.

Diferenças entre os sistemas

Existe uma diferença básica entre os dois tipos de sistemas fotovoltaicos e seus funcionamentos. Desta forma, pode-se diferenciar o sistema solar off grid e on grid através de uma simples comparação entre os fluxos de operação, uma vez que um dos dois possui ligação com a rede elétrica de distribuição e o outro não.

Sistema solar off grid é um sistema fotovoltaico isolado e autônomo, ou seja, não é conectado à rede e funciona por meio do abastecimento de baterias.

Já o sistema solar on grid: Trata-se de um sistema conectado à rede, permitindo que a energia gerada seja utilizada tanto para consumo local quanto em outro ponto da rede elétrica.

Por Nei Costa