A mesa Amazônia Livre de Petróleo e Gás – Conexão Povos e Territórios construiu uma carta coletiva de demandas para os chefes de estado que partilham o território da Amazônia. Fórum de Energias Renováveis adere a Carta.
SEMINÁRIO TRANSIÇÃO ENERGÉTICA JUSTA E POPULAR DESDE, PARA E COM A AMAZÔNIA
No próximo dia 06/08 (domingo) a Rede de Transição Energética Popular realizará o seminário “Transição Energética Justa e Popular desde, para e com a Amazônia” como uma das atividades auto organizadas do Diálogos Amazônicos, evento que acontece em Belém (PA), de 04 a 06/08 e faz parte da Cúpula da Amazônia, que reunirá na mesma cidade os chefes de estado dos países amazônicos nos dias 08 e 09/08.
Se você é de Belém ou participará do Diálogos Amazônicos, não deixe de participar deste Seminário e contribuir com a reflexão sobre a transição energética necessária para a Amazônia: justa e popular.
DIA: 06/08/2023, das 12:00 às 14:00
LOCAL: Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia – Sala 02.
Acompanhe as notícias através dos sites e redes abaixo:
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Fórum de Energias Renováveis destaca ações que devem ser implantadas em 2023
O Podcast Iluminando as ideias, produzido pelo Fórum de Energias Renováveis, está de volta! O primeiro episódio de 2023 teve como convidado o Consultor Otoniel. Ele destacou as temáticas que serão prioridades para o Fórum e como devem ser conduzidos os trabalhos.
Ouça a entrevista na íntegra.
MME instala placas solares em comunidades yanomami em Roraima
O Ministério de Minas e Energia (MME) informou nesta segunda-feira (6) que foram instaladas, no último final de semana, placas solares com bateria nas comunidades Walo Pali e Palimiu, que integram a Terra Indígena Yanomami, em Roraima, o que irá reforçar o fornecimento de energia na região.
Nesta semana, está prevista a instalação nos polos de Serra da Estrutura, Auaris, Surucucu e Xexena.
A medida integra as ações que vêm sendo adotadas pelo governo federal para socorrer o povo indígena yanomami, que enfrenta uma crise humanitária.
O sistema de geração de energia solar é o equipamento ideal para atender localidades isoladas. O equipamento inclui baterias, que garantem o fornecimento de energia elétrica diretamente à unidade consumidora, sem necessidade de conexão à rede elétrica.
De acordo com o MME, as instalações são feitas pela Eletrobras e a distribuidora Roraima Energia, no âmbito do Programa Mais Luz para a Amazônia.
Por Agência Brasil – Brasília
Energia solar beneficia crianças e indígenas no norte do Brasil
BOA VISTA, Brasil – A energia solar vive um boom em Roraima, estado do extremo norte do Brasil, em benefício de indígenas e crianças de sua capital, Boa Vista, e para a segurança energética de toda a população castigada pela falta de energia elétrica e apagões.
A prefeitura de Boa Vista , município de 437 mil habitantes, instalou sete usinas fotovoltaicas que garantem uma economia anual equivalente a cerca de 960 mil dólares, pela cotação atual do real.
“Convertemos esse valor em investimentos em saúde, educação e ação social, que é a prioridade da prefeitura porque somos ‘a capital da primeira infância'”, disse Thiago Amorim, secretário municipal de Serviços Públicos e Meio Ambiente .
Painéis fotovoltaicos proliferaram nos telhados de prédios e estacionamentos públicos do município. A maior unidade foi construída na periferia da cidade, é uma usina de 15.000 painéis com capacidade instalada de 5.000 kilowatts.
Dentro da cidade, destacam-se o estacionamento do Theatro Municipal, uma rodoviária, um mercado e a própria sede da prefeitura, forrada de painéis. Há também 74 paradas de ônibus com poucas placas, mas muitas danificadas devido ao roubo de seus componentes, disse Amorim à IPS em entrevista em seu escritório.
No total, o município encerrou 2020 com uma capacidade de geração fotovoltaica de 6.700 quilowatts, o que corresponde ao consumo de 9.000 residências locais. Também promove a eficiência energética nas áreas sob gestão municipal.
“Já temos 80% da cidade iluminada por lâmpadas de LED mais eficientes. A meta é chegar a 100% em 2023”, disse o secretário municipal.
A prefeitura, durante a gestão de Teresa Surita (2013-2020), foi pioneira na multiplicação de usinas fotovoltaicas e também no atendimento integrado a crianças desde a gravidez até a adolescência, quando neste país o aluno segue para o ensino médio, em centros administrados pelos estados.
Seu programa Família Acolhedora coordena serviços de saúde, educação, assistência social e comunicação para mães e filhos, desde a gestação e durante os seis primeiros anos de vida de seus filhos. As creches passaram a se chamar Casas Mãe.
Nos últimos anos, as escolas municipais de ensino fundamental apresentaram indicadores melhores que a média nacional e comprovaram seu bom desempenho ao manter a quinta colocação entre as 27 capitais brasileiras na avaliação de seus alunos.
É um feito notável porque o fluxo de migrantes venezuelanos mais que dobrou o número de alunos nas escolas de Boa Vista na última década.
Essa “invasão” não afetou a qualidade do ensino, segundo os indicadores do Sistema de Avaliação da Educação Básica do Ministério da Educação .
Os resultados da política da primeira infância foram reconhecidos por diversas entidades especializadas nacionais e internacionais, entre elas o Fundo das Nações Unidas para a Infância , por meio do Selo UNICEF em 2016 e 2020.
Mais visíveis que os painéis solares da cidade são os 30 playgrounds de vários tamanhos, espalhados por vários pontos, em alguns casos com grandes brinquedos em formato de animais silvestres nacionais, como jacarés e onças. Eles são chamados de “selvinhas” (pequenas selvas).
O uso da fonte solar de eletricidade se espalhou para outros setores da vida em Roraima, estado com apenas 650 mil habitantes, apesar de sua grande área de 223.644 quilômetros quadrados, o dobro de Honduras, por exemplo.
Em maio, o estado contava com 705 usinas fotovoltaicas em residências, empresas e empresas privadas, além de prédios públicos, com potência instalada de 15.955 quilowatts, menos de 1% do total da região.
O Tribunal de Justiça de Roraima, tribunal de segunda instância que dirige o sistema judiciário do estado, já inaugurou quatro usinas fotovoltaicas na Justiça de quatro cidades, buscando reduzir custos com energia com seu programa chamado Lumen.
A Universidade Federal de Roraima (UFRR) também está construindo sua fábrica de 908 painéis, a ser inaugurada até março, com capacidade para gerar 20% da energia elétrica consumida em seus três campi.
“O principal objetivo é economizar nos gastos com energia, a meta é ampliar para 100% do consumo. Mas também servirá para estudos de engenharia elétrica”, disse à IPS Emanuel Tishcer, pró-reitor de infraestrutura da UFRR.
A formação de especialistas em fontes renováveis, a investigação de painéis mais eficientes e baratos, a comparação de tecnologias e inovações tornam-se mais acessíveis devido à disponibilidade de uma usina em operação, que atende ao laboratório de energia elétrica da universidade.
Para Edinho Macuxi, coordenador-geral do Conselho Indígena de Roraima (CIR), maior organização indígena do estado, “o grande objetivo (da energia solar) é provar que Roraima e o Brasil não precisam de novas hidrelétricas”.
A usina Bem Querer, no rio Branco, o principal de Roraima, “causará impactos diretos em nove terras indígenas” e afetará também outras áreas indígenas próximas, caso seja construída, como o pretende o governo central, disse à IPS.
Por isso, o CIR está envolvido em três projetos, dois de energia solar e um estudo de vento, em territórios atribuídos a diferentes etnias indígenas, disse.
Os planos hidrelétricos do governo, que hoje priorizam Bem Querer, mas incluem outros aproveitamentos dos rios locais, levantaram o debate sobre alternativas energéticas em Roraima, com capacidade instalada de apenas 300 megawatts, já que quase não possui indústrias.
De 2001 a 2019, Roraima contou com energia elétrica da vizinha Venezuela, gerada pela hidrelétrica de Guri, no leste daquele país, cuja deterioração ocasionou uma insuficiência crescente na última década, até o cancelamento do fornecimento em 2019, dois anos antes da fim do contrato.
As termelétricas a diesel tiveram que ser reativadas e novas usinas construídas, inclusive uma movida a gás natural transportada por caminhões do município amazônico de Silves, a cerca de 1.000 quilômetros de distância, para garantir a até então precária eletricidade para a população de Roraima.
É uma eletricidade cara, mas seu preço subsidiado é um dos mais baixos do território brasileiro. O subsídio pesa nas contas do resto do país. Por isso há uma pressão nacional pela construção de uma linha de transmissão de 715 quilômetros entre Manaus, capital do estado do Amazonas, também no Norte, e Boa Vista.
Com seus cabos, Roraima deixará de ser o único estado brasileiro fora do Sistema Interligado Nacional (SIN), e os defensores locais o consideram fundamental para a segurança no fornecimento de energia elétrica, meta sempre almejada.
Para discutir essa e outras alternativas, um grupo de interessados criou em setembro de 2019 o Fórum de Energia Alternativa de Roraima , para promover o diálogo entre todos os setores, em busca da “construção estratégica de soluções para viabilizar o uso de energias renováveis”. Estado”.
“Nosso foco é a segurança energética. O Fórum é dedicado à fonte fotovoltaica e à geração distribuída. Mas procure a variedade de energias renováveis, inclusive a biomassa”, destacou Conceição Escobar, uma das coordenadoras do Fórum e presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas em Roraima.
“Há uma oportunidade para todos discutirem. A construção de linhas de transmissão e hidrelétricas requer muito tempo, temos talvez dez anos para desenvolver alternativas”, disse à IPS.
“Sou contra o Bem Querer, mas o governo de Roraima é favorável. O Fórum ouve todas as partes, não quer impor soluções. Queremos estudar a viabilidade de fontes combinadas, com solar, biomassa e eólica, para estimular o aproveitamento do lixo”, confirmou a bióloga Rosilene Maia, também da coordenação coletiva de três integrantes do Fórum.
Com informações da Inter Press Service
Alunos de Alto Alegre aprendem sobre energia solar em palestra do Fórum de Energias Renováveis
Palestra aconteceu a convite do programa ALI Educação Empreendedora, do Sebrae Roraima
Acadêmicos de Engenharia Elétrica da UFRR trabalham em projeto para avaliar desempenho dos Sistemas de Energia Solar
O acordo de cooperação técnica firmado entre Fórum de Energias Renováveis e a Universidade Federal de Roraima vem permitindo estudos mais aprofundados acerca dos sistemas de energia solar fotovoltaica já instalados no Estado.
A partir da criação de um medidor de irradiância, será possível qualificar o desempenho dos sistemas e propor melhorias. A pesquisa é desenvolvida pelos acadêmicos do último semestre do curso de Engenharia Elétrica da UFRR, Lucas Souza e Igor Nascimento, sob coordenação da professora Josiane Rodrigues.
Confira a entrevista:
COP27: Racismo ambiental e energético ocorre em diversas comunidades no Brasil
Tema foi discutido por representantes da Coalizão Energia Limpa durante o Brazil Climate Action Hub, na COP27