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Podcast Iluminando Ideias – Por Dentro das CIÊNCIAS

Na parceria Fórum de Energias Renováveis e Rádio Universitária-UFRR, onde o ”Podcast Iluminando Ideias” do Fórum é veiculado”, Rosilene Maia, membro da Coordenação Colegiada do Fórum, participa de um bate-papo no “Por Dentro das CIÊNCIAS”, contando um pouco de como surgiu o Fórum, seus propósitos e ações realizadas, destacando o incentivo direto dessa Organização plural (representada por quase 30 instituições) no processo de mudança da Matriz Elétrica do Estado, que vem gradativamente substituindo as energias fósseis pelas renováveis, especialmente a solar fotovoltaica. No contexto da Eficiência Energética ressalva que, ainda que a busca seja por energia limpa, o trabalho do Fórum também é direcionado para o uso consciente dessa energia, a partir do não desperdício e da otimização dos sistemas de geração de eletricidade, contribuindo assim para um mundo mais sustentável.

Apagão no Brasil ainda é realidade em Roraima

Roraima é o único estado brasileiro desconectado do sistema nacional e quedas de energia são uma realidade comum aos roraimenses.

 

Empresa Roraima Energia em Boa Vista – Foto: Roraima Energia/Divulgação
Empresa Roraima Energia em Boa Vista – Foto: Roraima Energia/Divulgação

Apagão é realidade em Roraima

Na manhã do dia (15) de agosto foram registradas quedas de energias nas cinco regiões do país e 25 dos estados e Distrito Federal foram afetadas e apenas Roraima não foi afetada pelo apagão.

Roraima é o único estado brasileiro desconectado do Sistema Interligado Nacional (SIN), responsável pela produção e transmissão de energia elétrica.

Segundo o engenheiro eletricista e membro do Fórum de Energias Renováveis de Roraima, Cristiano Bessa, o estado não foi afetado pelo apagão porque possui um sistema elétrico de energia isolado

“Roraima não tem conexão com o Sistema Interligado Nacional, por isso a falha sistêmica que atingiu outros locais não repercutiu no estado”, explica.

Apesar do estado não ter sido afetado pelo apagão, quedas de energia são uma realidade comum aos roraimenses.

Na tarde do dia (14) de agosto, vários pontos da capital Boa Vista estavam com oscilação de energia. Só nesse mês já foram registradas duas quedas de energia.

Em abril, Roraima sofreu um apagão de aproximadamente cinco horas, que também prejudicou o abastecimento de água e o fornecimento de internet em toda a capital e no interior do estado.

Opções de energias renováveis

Como prevenção as possíveis quedas de energia, o engenheiro Cristiano dá algumas opções de energias renováveis à população.

Entre elas estão a geração de energia solar e gerador movido a biocombustível.

O sistema de energia solar fotovoltaico, também chamado de energia solar, é um sistema capaz de gerar energia elétrica através da radiação solar

Já o gerador movido a biocombustível é um equipamento que converte a energia de qualquer natureza em energia elétrica, por meio da queima de biocombustível .

Energia da Venezuela

No dia 4 de agosto deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o decreto que autoriza o Brasil a retomar a compra de energia elétrica da Venezuela.

Em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro suspendeu a comercialização entre os dois países.

O estado de Roraima, único do país que ainda não é ligado ao Sistema de Interligação Nacional, dependia da energia da Venezuela por meio do Linhão de Guri.

Entretanto, desde o início dos anos 2000 até 2019, o estado vivia a mercê de quedas de energia e interrupção do fornecimento de água.

A partir de 2019, após a suspensão da comercialização com a Venezuela, Roraima passou a ser abastecido por termoelétricas.

Dados do Fórum de Energias Renováveis apontam que o curso das termelétricas ultrapassaram R$ 1 bilhão durante o período de 1º de novembro de 2019 a 30 de outubro de 2020.

Linhão de Tucuruí

Em outubro de 2022, o Ministério de Minas e Energia assinou a ordem de serviço para a retomada da obra do Linhão de Tucuruí, que vai interligar Roraima ao Sistema de Interligação Nacional.

A previsão é que a obra termine em 2025. Com o pleno funcionamento do Linhão em Roraima, o estado alcançará a independência enérgica e não sofrerá mais com constantes desabastecimento de energia.

Creditos:

Portal Norte

SEMINÁRIO TRANSIÇÃO ENERGÉTICA JUSTA E POPULAR DESDE, PARA E COM A AMAZÔNIA

No próximo dia 06/08 (domingo) a Rede de Transição Energética Popular realizará o seminário “Transição Energética Justa e Popular desde, para e com a Amazônia” como uma das atividades auto organizadas do Diálogos Amazônicos, evento que acontece em Belém (PA), de 04 a 06/08 e faz parte da Cúpula da Amazônia, que reunirá na mesma cidade os chefes de estado dos países amazônicos nos dias 08 e 09/08.

Se você é de Belém ou participará do Diálogos Amazônicos, não deixe de participar deste Seminário e contribuir com a reflexão sobre a transição energética necessária para a Amazônia: justa e popular.

DIA: 06/08/2023, das 12:00 às 14:00
LOCAL: Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia – Sala 02.

Acompanhe as notícias através dos sites e redes abaixo:
https://linktr.ee/FMCJS
@gtccj.bolivia
@mociccperu

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MME instala placas solares em comunidades yanomami em Roraima

O Ministério de Minas e Energia (MME) informou nesta segunda-feira (6) que foram instaladas, no último final de semana, placas solares com bateria nas comunidades Walo Pali e Palimiu, que integram a Terra Indígena Yanomami, em Roraima, o que irá reforçar o fornecimento de energia na região.

Nesta semana, está prevista a instalação nos polos de Serra da Estrutura, Auaris, Surucucu e Xexena.

A medida integra as ações que vêm sendo adotadas pelo governo federal para socorrer o povo indígena yanomami, que enfrenta uma crise humanitária.

O sistema de geração de energia solar é o equipamento ideal para atender localidades isoladas. O equipamento inclui baterias, que garantem o fornecimento de energia elétrica diretamente à unidade consumidora, sem necessidade de conexão à rede elétrica.

De acordo com o MME, as instalações são feitas pela Eletrobras e a distribuidora Roraima Energia, no âmbito do Programa Mais Luz para a Amazônia.

Por Agência Brasil – Brasília
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Energia solar beneficia crianças e indígenas no norte do Brasil

BOA VISTA, Brasil – A energia solar vive um boom em Roraima, estado do extremo norte do Brasil, em benefício de indígenas e crianças de sua capital, Boa Vista, e para a segurança energética de toda a população castigada pela falta de energia elétrica e apagões.

prefeitura de Boa Vista , município de 437 mil habitantes, instalou sete usinas fotovoltaicas que garantem uma economia anual equivalente a cerca de 960 mil dólares, pela cotação atual do real.

“Convertemos esse valor em investimentos em saúde, educação e ação social, que é a prioridade da prefeitura porque somos ‘a capital da primeira infância'”, disse Thiago Amorim, secretário municipal de Serviços Públicos e Meio Ambiente .

Painéis fotovoltaicos proliferaram nos telhados de prédios e estacionamentos públicos do município. A maior unidade foi construída na periferia da cidade, é uma usina de 15.000 painéis com capacidade instalada de 5.000 kilowatts.

Dentro da cidade, destacam-se o estacionamento do Theatro Municipal, uma rodoviária, um mercado e a própria sede da prefeitura, forrada de painéis. Há também 74 paradas de ônibus com poucas placas, mas muitas danificadas devido ao roubo de seus componentes, disse Amorim à IPS em entrevista em seu escritório.

No total, o município encerrou 2020 com uma capacidade de geração fotovoltaica de 6.700 quilowatts, o que corresponde ao consumo de 9.000 residências locais. Também promove a eficiência energética nas áreas sob gestão municipal.

“Já temos 80% da cidade iluminada por lâmpadas de LED mais eficientes. A meta é chegar a 100% em 2023”, disse o secretário municipal.

A prefeitura, durante a gestão de Teresa Surita (2013-2020), foi pioneira na multiplicação de usinas fotovoltaicas e também no atendimento integrado a crianças desde a gravidez até a adolescência, quando neste país o aluno segue para o ensino médio, em centros administrados pelos estados.

Seu programa Família Acolhedora coordena serviços de saúde, educação, assistência social e comunicação para mães e filhos, desde a gestação e durante os seis primeiros anos de vida de seus filhos. As creches passaram a se chamar Casas Mãe.

Nos últimos anos, as escolas municipais de ensino fundamental apresentaram indicadores melhores que a média nacional e comprovaram seu bom desempenho ao manter a quinta colocação entre as 27 capitais brasileiras na avaliação de seus alunos.

É um feito notável porque o fluxo de migrantes venezuelanos mais que dobrou o número de alunos nas escolas de Boa Vista na última década.

Essa “invasão” não afetou a qualidade do ensino, segundo os indicadores do Sistema de Avaliação da Educação Básica do Ministério da Educação .

Os resultados da política da primeira infância foram reconhecidos por diversas entidades especializadas nacionais e internacionais, entre elas o Fundo das Nações Unidas para a Infância , por meio do Selo UNICEF em 2016 e 2020.

Mais visíveis que os painéis solares da cidade são os 30 playgrounds de vários tamanhos, espalhados por vários pontos, em alguns casos com grandes brinquedos em formato de animais silvestres nacionais, como jacarés e onças. Eles são chamados de “selvinhas” (pequenas selvas).

O uso da fonte solar de eletricidade se espalhou para outros setores da vida em Roraima, estado com apenas 650 mil habitantes, apesar de sua grande área de 223.644 quilômetros quadrados, o dobro de Honduras, por exemplo.

Em maio, o estado contava com 705 usinas fotovoltaicas em residências, empresas e empresas privadas, além de prédios públicos, com potência instalada de 15.955 quilowatts, menos de 1% do total da região.

O Tribunal de Justiça de Roraima, tribunal de segunda instância que dirige o sistema judiciário do estado, já inaugurou quatro usinas fotovoltaicas na Justiça de quatro cidades, buscando reduzir custos com energia com seu programa chamado Lumen.

Universidade Federal de Roraima (UFRR) também está construindo sua fábrica de 908 painéis, a ser inaugurada até março, com capacidade para gerar 20% da energia elétrica consumida em seus três campi.

“O principal objetivo é economizar nos gastos com energia, a meta é ampliar para 100% do consumo. Mas também servirá para estudos de engenharia elétrica”, disse à IPS Emanuel Tishcer, pró-reitor de infraestrutura da UFRR.

A formação de especialistas em fontes renováveis, a investigação de painéis mais eficientes e baratos, a comparação de tecnologias e inovações tornam-se mais acessíveis devido à disponibilidade de uma usina em operação, que atende ao laboratório de energia elétrica da universidade.

Para Edinho Macuxi, coordenador-geral do Conselho Indígena de Roraima (CIR), maior organização indígena do estado, “o grande objetivo (da energia solar) é provar que Roraima e o Brasil não precisam de novas hidrelétricas”.

A usina Bem Querer, no rio Branco, o principal de Roraima, “causará impactos diretos em nove terras indígenas” e afetará também outras áreas indígenas próximas, caso seja construída, como o pretende o governo central, disse à IPS.

Por isso, o CIR está envolvido em três projetos, dois de energia solar e um estudo de vento, em territórios atribuídos a diferentes etnias indígenas, disse.

Os planos hidrelétricos do governo, que hoje priorizam Bem Querer, mas incluem outros aproveitamentos dos rios locais, levantaram o debate sobre alternativas energéticas em Roraima, com capacidade instalada de apenas 300 megawatts, já que quase não possui indústrias.

De 2001 a 2019, Roraima contou com energia elétrica da vizinha Venezuela, gerada pela hidrelétrica de Guri, no leste daquele país, cuja deterioração ocasionou uma insuficiência crescente na última década, até o cancelamento do fornecimento em 2019, dois anos antes da fim do contrato.

As termelétricas a diesel tiveram que ser reativadas e novas usinas construídas, inclusive uma movida a gás natural transportada por caminhões do município amazônico de Silves, a cerca de 1.000 quilômetros de distância, para garantir a até então precária eletricidade para a população de Roraima.

É uma eletricidade cara, mas seu preço subsidiado é um dos mais baixos do território brasileiro. O subsídio pesa nas contas do resto do país. Por isso há uma pressão nacional pela construção de uma linha de transmissão de 715 quilômetros entre Manaus, capital do estado do Amazonas, também no Norte, e Boa Vista.

Com seus cabos, Roraima deixará de ser o único estado brasileiro fora do Sistema Interligado Nacional (SIN), e os defensores locais o consideram fundamental para a segurança no fornecimento de energia elétrica, meta sempre almejada.

Para discutir essa e outras alternativas, um grupo de interessados ​​criou em setembro de 2019 o Fórum de Energia Alternativa de Roraima , para promover o diálogo entre todos os setores, em busca da “construção estratégica de soluções para viabilizar o uso de energias renováveis”. Estado”.

“Nosso foco é a segurança energética. O Fórum é dedicado à fonte fotovoltaica e à geração distribuída. Mas procure a variedade de energias renováveis, inclusive a biomassa”, destacou Conceição Escobar, uma das coordenadoras do Fórum e presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas em Roraima.

“Há uma oportunidade para todos discutirem. A construção de linhas de transmissão e hidrelétricas requer muito tempo, temos talvez dez anos para desenvolver alternativas”, disse à IPS.

“Sou contra o Bem Querer, mas o governo de Roraima é favorável. O Fórum ouve todas as partes, não quer impor soluções. Queremos estudar a viabilidade de fontes combinadas, com solar, biomassa e eólica, para estimular o aproveitamento do lixo”, confirmou a bióloga Rosilene Maia, também da coordenação coletiva de três integrantes do Fórum.

Com informações da Inter Press Service

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Fórum, ISA e Afotorr lançam catálogo fotográfico “O rio Branco é nosso patrimônio”

Nesta quarta-feira, às 19h, o hall do Palácio da Cultura Nenê Macaggi será palco do lançamento do catálogo fotográfico “O rio Branco é nosso patrimônio”. O trabalho é resultado do concurso de fotografia idealizado pelo Instituto Socioambiental (ISA), em parceria com o Fórum de Energias Renováveis e a Associação Roraimense de Fotografia, realizado em 2021. Na oportunidade, serão expostas as dez fotografias vencedoras nas categorias livre, manifestações culturais e natureza geral. Além da distribuição de catálogos impressos, será disponibilizado um QR code com a versão  digital do catálogo com todas as fotos inscritas no concurso. O evento vai contar ainda com apresentação cultural do cantor e poeta roraimense Eliakin Rufino. Vencedores Na categoria  livre , os vencedores foram Tiago Orihuela,  autor de  “Ribeirinho no baixo Rio Branco em Roraima ”; Mario Luiz  Grande Turco, autor de “Bucólico”; e Suzana Vieira, autora de “Amanhecer dos Ribeirinhos”, em primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente. Tiago Orihuela também foi o primeiro colocado na categoria manifestações culturais, com a foto “Ribeirinhos no baixo Rio Branco em Roraima”. Eder rodrigues, com a foto “Sustento”, e George Amaro, com a foto “Velejando ao Sol”, também foram premiados. O fotógrafo Roberto Caleffi, autor de “Brincando em Família”, venceu a categoria natureza geral. As fotos “Trinta-Réis-Grande (Phaetusa Simplex Gmel)”, DE Tiago Orihuela, e “No princípio”, de Victor Mattioni, foram premiadas na mesma categoria. A foto “Rastro da Vida”, de Helinaldo Germano, foi a vencedora na categoria prêmio especial, concedida à fotografia inscrita sob qualquer categoria, que se destacou por seu valor narrativo.