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Dados da Aneel apontam crescimento no setor de energia fotovoltaica no primeiro trimestre de 2020 em Roraima

O investimento em energias renováveis tem apresentado crescimento nos últimos anos em Roraima, principalmente na modalidade energia solar fotovoltaica, que é considerada uma alternativa sustentável e sem danos à natureza. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que em 2018 foram instaladas 06 unidades consumidoras com geração distribuída no estado, tendo como fonte a radiação solar e com uma potência instalada de 229,60 quilowatt (kW). Já em 2019 esse número subiu para 43, com uma potência de 514, 57 kW. E o primeiro trimestre de 2020 já superou o ano anterior – foram 57 unidades, com uma potência instalada de 527,34 kW. Essas unidades estão na zona rural e urbana ajudando na eficiência energética e economia em casas, indústria e prédios comerciais ou públicos.

Os dados da Roraima Energia também mostram que os registros de unidades de geração distribuída vem crescendo no estado, e com sistemas a mais que os identificados pela Aneel. De acordo com a concessionária de energia, no ano passado (2019) foram instaladas 59 unidades consumidoras. E de janeiro a março deste ano (2020), já são mais 60 novas unidades que estão em funcionamento no estado.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) entre 2012 e 2019 o setor solar fotovoltaico gerou mais de 130 mil empregos no país. Os registros da associação mostram ainda que 99,8% de todas as conexões de micro ( até 75kW) e minigeração distribuída (acima de 75 kW até 5 mW) implantados em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos, são da fonte solar fotovoltaica com um investimento acumulado de R$ 12,8 bilhões, desde 2012 em todas as regiões e estados do país. São 261.616 unidades consumidoras recebendo créditos pelo Sistemas de Compensação de Energia Elétrica.

Conforme a resolução nº 517/2012 da Aneel, a energia ativa injetada por unidade consumidora com microgeração distribuída ou minigeração distribuída é cedida, por meio de empréstimo gratuito, à distribuidora local e posteriormente compensada com o consumo de energia elétrica. Com tecnologia comprovada, os sistemas fotovoltaicos estão ganhando mercado e investimentos em todo país.

Para o consultor técnico do Fórum de Energias Renováveis, Ricardo Lima, as pessoas estão tendo a percepção dos impactos positivos que a implantação de sistemas de geração distribuída fotovoltaica têm para o consumidor. Ele destaca que os benefícios são muitos, “desde a redução nas despesas com energia, à melhoria na qualidade do fornecimento, até a contribuição para o meio ambiente, ao reduzir a geração termoelétrica a diesel no estado. É um bom negócio para o consumidor, de todos os pontos de vista”, destacou Ricardo.

E quando se fala em investir em energia solar, o estado de Roraima apresenta grande potencial para avançar na implantação de unidades: Lima reforça que o estado tem um dos melhores índices de insolação do país, comparável ao sertão da Bahia e ao litoral do Nordeste. O investimento em energia fotovoltaica tem impactos na eficiência e consumo para a demanda das residências, setores do comércio e indústria. “Lembro que o estado só não se desenvolve mais por não dispor de energia farta e, ao gerar energia localmente, podemos ter energia disponível para crescer”, pontuou Ricardo.

Por Thamy Dinelli

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Como a energia solar fotovoltaica e eólica podem se complementar

A maioria das fontes de geração de energia elétrica do país não apresenta variação substancial na potência ao longo do dia, exceto as gerações fotovoltaica e eólica. Nestas duas há diferença substancial entre o máximo e mínimo de geração durante o dia e entre os dias, em função da energia disponível pelo sol e vento, respectivamente.

Para a energia solar fotovoltaica essa variação é óbvia, pois há incidência de radiação solar apenas durante o fotoperíodo, aumentando entre o nascer do sol e o meio dia astronômico do local onde está instalado o equipamento, e redução até o pôr do sol.

Essa curva de geração pode sofrer alterações em função da latitude, do uso ou não de seguidor solar e da inclinação e alinhamento do telhado em relação à linha leste-oeste. Considerando-se os dados médios do mês de janeiro de 2020, a geração fotovoltaica no Brasil inicia ao redor da 5h no horário de Brasília, atinge seu pico às 12h e se encerra às 18h, formando uma curva assintótica.

A geração de energia eólica, por sua vez, depende da velocidade do vento, uma vez que os equipamentos dispõem de dispositivos para se posicionar perpendicularmente à direção deste, visando o melhor aproveitamento de sua energia. Conforme dados médios do mês de janeiro de 2020, a menor geração eólica no Brasil ocorre ao redor das 10h da manhã, aumentando até ao redor das 21h e reduzindo novamente até as 10h do dia subsequente.

Assim, se considerarmos cada fonte individualmente, a variação no potencial de geração ao longo do dia não atende à variação de demanda de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN). Contudo, se considerarmos a soma da energia gerada por essas duas fontes, na proporção da geração no mês de janeiro de 2020, há uma similaridade muito grande entre a variação na geração e na carga do SIN nos dias úteis desse mesmo mês, quando a demanda é maior.

Observam-se apenas pequenos desvios em relação à curva de carga, com maior produção do que a demanda no início da manhã e menor do que a demanda no final da tarde. O déficit no final da tarde poderia ser atendido com a instalação de fazendas fotovoltaicas mais a Oeste do território nacional ou utilizando-se os telhados voltados para essa direção nas instalações residenciais, o que resultaria em atraso da curva de geração em relação à atual.

Isso pode ser exemplificado numa unidade de geração distribuída localizada em Florianópolis/SC com telhado voltado para Oeste, onde o pico de produção ocorre ao redor das 14h, apontando para um atraso de 2h em relação ao meio-dia local. Adicionalmente, nesse local e exposição solar o período de maior geração ocorre entre 13 e 15h, coincidindo com o período de maior demanda no SIN.

Os resultados apresentados demonstram que, somadas, as gerações fotovoltaica e eólica atendem à variação na demanda de energia no Sistema Interligado Nacional ao longo do dia.

 

Assim, desde que ajustada a proporção de geração por cada uma delas, estas fontes complementariam com segurança a geração pelas fontes que não apresentam variação significativa ao longo do dia, em função de sua ampla distribuição no território nacional, contemplando as variações locais e regionais de disponibilidade de radiação solar e de vento, que são as fontes de energia para esses sistemas.

Publicado por Nei Costa

Fonte – portalenergia.com

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Grupo que defende energia solar sem taxação discute cenário ao vivo

Grupo criado para mobilizações acerca da energia renovável livre de taxações, o MSL (Movimento Solar Livre) realiza, semanalmente, lives com mentoria para líderes e discussão sobre o cenário da energia solar no Brasil. As transmissões podem ser acompanhadas gratuitamente pela internet.

Todas as segundas-feiras, às 18 horas (horário de MS), o grupo faz as transmissões pelo Youtube. Para acompanhar a transmissão desta segunda (4) acesse o link – https://www.youtube.com/watch?v=BE42OvX5pwY&feature=emb_err_watch_on_yt.

O grupo se intitula como movimento sem partido. “Nosso movimento é conhecido por ser apartidário, ter uma visão ampla e liberal quanto à política, à economia e aos costumes”.

 

Fórum de Energias em Roraima defende manutenção de regras para geração distribuída de energia em sistemas isolados

 

O Fórum de Energias Renováveis de Roraima defende a manutenção da resolução 482/2012, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que trata sobre as regras da geração distribuída, sistema pelo qual os consumidores podem produzir sua própria energia em sistemas isolados, como é o caso do estado de Roraima e outras áreas da região amazônica.

A Carta Proposta da representação foi publicada no site do órgão regulador, e aguarda resultado da análise que deve ocorrer ainda no primeiro trimestre desse ano. Confira aqui documento na íntegra.

Nas regras atuais, quem gera a própria energia, seja solar ou outro tipo de energia limpa, não paga algumas taxas pelo uso do sistema elétrico. A ANEEL defende a retirada desses incentivos, alegando que os custos são distribuídos para os demais consumidores que não aderiram ao sistema da geração distribuída.

Por exemplo, quem produz e consome a própria energia passará a pagar pelo uso da rede de transmissão e distribuição, o que vai de 100% de compensação para uma média de apenas 38%. Se o consumidor paga uma conta de luz de R$ 800, passará a pagar R$ 80. Caso as novas regras sejam aprovadas, essa mesma conta será de R$ 320.

Para especialistas do Fórum de Energias de Roraima, essa mudança proposta pelo órgão regulador traz desvantagens econômicas para o estado, sistema isolado e ainda atendido por geração a diesel. O coordenador do Fórum, Alexandre Henklain, explicou que a contribuição do Fórum de Energias Renováveis veio da constatação feita pelos profissionais e consultores da entidade.

“Os subsídios recorrentes das Contas Consumo de Combustível são bem mais elevados que os subsídios recorrentes do uso das energias renováveis, particularmente da energia solar. Estamos demonstrando à ANEEL que vale a pena manter as regras do jogo sem quaisquer mudanças na resolução 482”, afirmou.

Por Nei Costa

Fonte – Midiamax.com.br

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Primeira telha solar desenvolvida no Brasil aprovada pelo Inmetro

Eternit apresentou a primeira telha solar fotovoltaica desenvolvida no Brasil já aprovada pela Inmetro.

A Eternit Solar permite a captação da energia solar, transformando-a em energia elétrica, foi apresentada durante a Intersolar South América, a maior feira da América Latina que se realizou em agosto do ano passado em São Paulo.

A Eternit foi fundada há 80 anos, e vem acompanhando as tendências mundiais da tecnologia sustentável.

Luís Augusto Barbosa, presidente da Eternit, disse que a empresa está desenvolvendo o processo industrial para fabricação em larga escala desta que é a primeira geração de telhas fotovoltaicas a passar nos testes de certificação do Inmetro.

Para ele, o feito representa um momento importante para a companhia. “Trabalhamos nesse projeto ao longo de um ano e agora estamos apresentando ao mercado de construção civil o primeiro modelo aprovado feito em concreto, com várias opções de cores e de acabamentos, e células fotovoltaicas integradas no material. Temos também outra linha, essa em fase final de desenvolvimento para futura homologação, utilizando telhas de fibrocimento. Em breve, os produtos estarão disponíveis para os consumidores”, afirmou Luis Agusto.

O responsável pela área de Desenvolvimento de Novos Negócios, Luís António Lopes, disse que parte dos componentes das telhas fotovoltaicas já estão disponíveis no mercado, como as células e os inversores.

 

“A grande novidade das telhas solares Eternit é o fato de o conjunto das células fotovoltaicas de silício ser aplicado diretamente no cimento”, disse.

“O que existe hoje em larga escala são placas fotovoltaicas cujos modelos precisam ser instalados em cima dos telhados. A nova telha fotovoltaica tem enorme potencial para se tornar um dos grandes negócios do Grupo Eternit por ser um produto de alto valor agregado, de fácil instalação, seguro e mais barato do que as soluções atuais. Além disso, capaz de gerar a energia elétrica necessária para residências e outros locais comerciais e industriais de maneira competitiva em performance e eficiência, a partir de um modelo esteticamente avançado”, disse o responsável pela área de Desenvolvimento de Novos Negócios.

Mensalmente uma só telha pode produzir até 1.15kWh. Rodrigo Inácio, diretor comercial do Grupo Eternit, estima que esta tecnologia possa permitir ao consumidor uma poupança entre 10% a 20% no custo total da compra e da instalação de telhas fotovoltaicas quando comparado com o custo total de painéis solares já montados.

O tempo de recuperação do investimento é mais curto que o sistema de painéis solares. Assim o investimento é retornado em 3 a 5 anos, consoante o sistema instalado.

Para uma habitação comum, o número de telhas necessário, depende da quantidade de energia que se pretenda produzir, da localização, inclinação e orientação relativamente ao sol, entre outros fatores.

Como exemplo, uma habitação pequena pode ter entre 100 a 150 telhas fotovoltaicas, enquanto que maiores podem ter entre 300 a 600, sendo o resto do telhado preenchido com telhas comuns, complementadas com acabamentos como cumeeiras, laterais, espigões do mesmo modelo e material com encaixas perfeitos.

O Diretor Comercial comentou ainda a aposta neste segmento de mercado. “A Eternit entende que, ao integrar a geração fotovoltaica a suas telhas, alia inovação e sustentabilidade em um novo produto, e dá um passo importante em um mercado de consumo cada vez mais consciente. O potencial de mercado se traduz nos números”, pois só em 2018 foram instalados e ligados à rede mais de 35 mil sistemas fotovoltaicos e nesta primeira metade de 2019 foram já instalados 32 mil sistemas fotovoltaicos.

Fonte Portal Energia

Por Nei Costa

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Roraima oferece várias vantagens para quem quer produzir energia solar

O estado de Roraima é um dos que mais oferece vantagens quando o assunto é a instalação de sistema de geração de energia solar em sua casa, comércio ou propriedade rural.

A região oferece uma grande incidência solar durante todos os meses do ano e em alguns deles chega a ser mais eficiente que quase todas as outras unidades da federação.

Mesmo com tantas vantagens, o crescimento do setor ainda não é grande, mas especialistas esperam que Roraima passe a ser um grande produtor de energias alternativas, principalmente a solar em curto espaço de tempo.

Especialistas que atuam em parceria com o Fórum de Energias Renováveis de Roraima acreditam que ainda esse ano muitas pessoas devem aderir e implantar sistemas de produção de energia solar em suas próprias casas.

Os engenheiros elétricos Cristiano Bessa e Conceição Escobar, que atuam em parceria com o Fórum, acreditam que a produção de energia solar em Roraima vai crescer muito no Brasil e em Roraima, principalmente.

Eles informam que o uso da energia solar fotovoltaica no Brasil tem crescido nos últimos tempos. De acordo com um levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), feito em 2019, o uso da energia solar aumentou em 161% no país.

Dentre os motivos para essa transição, está a redução nos valores das contas de energia elétrica e a prevenção do meio ambiente. Cristiano cita como exemplo o parque de produção de energia solar implantando no Teatro Municipal de Boa Vista. “Somente essa usina, como exemplo, vai tirar da atmosfera um total de CO2 que seria o mesmo que plantar milhares de árvores em uma área da cidade”.

Contudo, existem outros fatores vantajosos que influenciam cada vez mais no uso desse tipo de energia. Confira abaixo:

– Ajuda a preservar o meio ambiente, ainda mais diante de uma diminuição do uso das fontes convencionais (energia hidráulica, gás natural, carvão mineral, derivados do petróleo, energia nuclear);

– Reduz a emissão de gases que geram o efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2);

– Reduz em cerca de 90% as contas de energia elétrica;

– Pode ser instalado em casas, comércios e indústrias;

– A instalação pode ser em telhados, fachadas, no solo e na água;

– O tempo de retorno do investimento na forma de economia na conta de luz é, em média de cinco anos;

– O sistema possui baixa manutenção, basta fazer uma limpeza duas ou três vezes ao ano;

–  A quantidade de módulos pode variar, de acordo com o tamanho do empreendimento, que pode ser uma padaria, pousada, academia ou mesmo indústrias de grande porte, por exemplo;

– O equipamento instalado dura até 25 anos;

– Gera emprego e renda.

Por Nei Costa

Foto – PMBV

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Curso de engenharia elétrica da UFRR vai desenvolver projeto de pesquisa sobre energia solar

O Fórum de Energias Renováveis de Roraima conta com o apoio dos professores do curso de engenharia elétrica da Universidade Federal de Roraima. Em entrevista, a professora Josiane do Couto, doutora em telecomunicações, disse que uma das metas dos docentes do curso é desenvolver projetos de pesquisa na área de energia fotovoltaica.

Ouça a entrevista:

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Sistema de energia solar off grid pode ser a solução para muitos no interior do Estado

Roraima é um estado que tem suas peculiaridades e isso também ocorre quando o assunto é a instalação de sistemas de energias em locais remotos, como fazendas, sítios ou chácaras e também nas comunidades indígenas, já que muitas ainda não estão ligadas a nenhum sistema elétrico.

Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre a energia solar off grid na hora de escolher o sistema fotovoltaico ideal para o seu imóvel. Por isso, é fundamental saber a diferença entre os sistemas on grid e off grid, seus prós e contras, e como funcionam.

O Fórum de Energias Renováveis de Roraima vem trabalhando para esclarecer todas as dúvidas que as pessoas têm e procurou, por meio de informações simples e de fácil entendimento mostrar quais as vantagens e desvantagens desse sistema.

A professora do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Roraima e uma das parceiras do Fórum, Josiane Rodrigues, informou que os sistemas off grid, que são sistemas não conectados às redes de energia elétrica convencionais, são muito importantes para comunidades isoladas e para o agronegócio também.

“Durante o período do dia com alta irradiação solar, tal sistema carrega baterias ligadas a ele. No período sem irradiação solar, período noturno por exemplo, as baterias descarregam a energia nelas armazenadas. Dessa forma, áreas que não são cobertas pelo sistema de distribuição de energia elétrica podem ter energia constantemente”, esclareceu a professora.

Josiane lembrou que em Roraima, por exemplo, existem mais de 450 comunidades isoladas, segundo informações do ISA (Instituto Sócio Ambiental). Entre comunidades indígenas e extrativistas que podem ser beneficiadas com a implantação dos equipamentos.

É importante saber que para produzir energia limpa e renovável é necessário reunir todas as informações e estudar as possibilidades que variam de acordo com a necessidade de cada um, seja em sua residência, estabelecimento comercial, indústria ou empreendimento rural.

O que é Energia Solar Off Grid?

A energia solar off grid, também conhecida como sistema isolado, ou sistema autônomo, tem como principal característica o “autossustento” por meio de baterias. O sistema não é conectado à rede elétrica, armazenando a energia solar excedente em baterias para ser utilizada quando não houver produção.

Como funciona o sistema de energia isolado off grid?

Por tratar-se de um sistema autônomo, o funcionamento ocorre à parte da rede elétrica. O sistema abastece os aparelhos domésticos e eletrônicos que utilizarão a energia de forma direta. Essa opção é utilizada em locais remotos, visto que, para muitos, é a maneira mais econômica e simples de gerar energia elétrica por conta de dificuldades na região.

O sistema off grid tem seu funcionamento igual ao sistema on grid, sendo aproveitado em atividades do dia a dia como bombeamento de água, iluminação, eletrificação de cercas e muito mais. A energia solar, por ser armazenada em baterias, pode ser utilizada em dias chuvosos, nublados e durante a noite.

A operação de um sistema off grid ocorre com o mesmo padrão de captação da luz do sol para a conversão de energia solar em energia elétrica, utilizando equipamentos como painéis solares, inversor solar, controlador de carga e baterias.

Vantagens do sistema fotovoltaico off grid

Para entender um sistema fotovoltaico off grid, é necessário saber que existem diferentes vantagens entre um sistema de pequeno e de grande porte. Os de pequeno porte são caracterizados pela geração de energia em menor escala, porém ainda independentes da energia elétrica convencional, conectada à rede.

Dessa forma, a pessoa que se utiliza de um sistema off grid vai contribuir com a diminuição do consumo de combustíveis fósseis, vai aumentar a disponibilidade de energia e vai reduzir custos.

Já os sistemas fotovoltaicos off grid de grande porte, vão possibilitar menor dependência de combustíveis fósseis, a diminuição de custos com transporte de combustíveis, diminuir os índices de emissão de gás carbônico e vão reduzir o risco de acidentes.

Desvantagens do sistema solar off grid

Por outro lado, existem algumas desvantagens no sistema de energia solar off grid que devem ser consideradas no momento de escolha do projeto, como o custo mais elevado em relação ao sistema on grid, por apresentar menor eficiência energética e por causar impactos ao meio ambiente por ser dependente de baterias.

Diferenças entre os sistemas

Existe uma diferença básica entre os dois tipos de sistemas fotovoltaicos e seus funcionamentos. Desta forma, pode-se diferenciar o sistema solar off grid e on grid através de uma simples comparação entre os fluxos de operação, uma vez que um dos dois possui ligação com a rede elétrica de distribuição e o outro não.

Sistema solar off grid é um sistema fotovoltaico isolado e autônomo, ou seja, não é conectado à rede e funciona por meio do abastecimento de baterias.

Já o sistema solar on grid: Trata-se de um sistema conectado à rede, permitindo que a energia gerada seja utilizada tanto para consumo local quanto em outro ponto da rede elétrica.

Por Nei Costa

Teresa inaugura usina solar no Teatro Municipal que vai gerar economia de quase R$ 1 milhão por ano

O Teatro Municipal de Boa Vista é o primeiro do Brasil abastecido com energia solar. Nesta segunda-feira, 27, a prefeita Teresa Surita inaugurou a usina que vai gerar por mês uma média 140MWh (Megawatt-hora), suficiente para atender a demanda de energia do teatro, exceto demanda contratada/ shows particulares.

A usina vai garantir uma economia R$ 80 mil por mês na conta de energia, ou seja, quase R$ 1 milhão por ano. Foram instalados no estacionamento do teatro 2.880 painéis fotovoltaicos com capacidade total de 1.000 kW.

A energia gerada é consumida internamente e o excedente vai para a rede elétrica, retornando à noite ou nos horários em que não há sol. O excedente será utilizado para reduzir os gastos de energia elétrica de outros prédios públicos do município.

“Essa usina vai gerar o suficiente para atender a demanda do teatro. Ela vai se pagar em cinco anos e, a garantia dela é de 25 anos. Foi uma obra feita com recursos próprios, custou R$ 4,9 milhões. É o único teatro que eu conheço que tem um estacionamento com energia solar. Sem dúvida vai fazer com que essa modernidade traga uma outra condição para a nossa cidade, tanto na questão da economia como na questão da energia limpa que é tão importante nos dias de hoje em relação a poluição”, disse a prefeita.

Após cinco anos de utilização, todo o investimento terá sido pago com a economia gerada nas contas. Após isso, a prefeitura terá ainda garantia de mais 20 anos de retorno do investimento, diminuindo os gastos públicos com energia elétrica.

Além da economia, investimento traz benefícios ao meio ambiente

Com o consumo de energia não poluente, deixarão de ser lançados na atmosfera mais de 93 mil kg de gás carbônico (CO2) por ano. Para se ter uma ideia, para retirar do meio ambiente essa quantidade de CO2, seriam necessárias 75 mil árvores.

Boa Vista conta hoje com seis usinas solares

Terminal Canuto Chaves, Mercado São Francisco (envia excedente para o Hospital da Criança), Palácio 9 de Julho, Secretaria de Serviços, Públicos e Meio Ambiente (abastece os abrigos comuns de ônibus), 72 abrigos de ônibus climatizados, Comunidade Indígena Darora – já interligada à rede.

Fonte – Semuc
Fotos – Semuc

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OCB vai incentivar a criação de cooperativas de energia solar em Roraima

A produção de energia solar em Roraima vai ganhar um grande impulso nos próximos meses. É que a Organização das Cooperativas Brasileiras já está em fase final de estudos para a criação da primeira cooperativa de energia fotovoltaica do Estado.

A informação é da superintendente da OCB/RR, Jucélia Rodrigues. Ela explica que a partir da Resolução 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), todo e qualquer consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica utilizando fontes renováveis, consumir e injetar (armazenar) na rede de distribuição, reduzindo assim sua fatura de energia. A energia injetada e não consumida fica como crédito, por até cinco anos, para consumo futuro. Este modelo é chamado de micro e minigeração distribuída.

Jucéilia esclarece que em 2015, a ANEEL realizou uma audiência pública para revisar a norma, da qual participou a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). “Como resultado, tivemos a ampliação das possibilidades de geração e compensação de energia, possibilitando abater o consumo de unidades consumidoras do mesmo titular situadas em outro local, na modalidade ‘autoconsumo remoto’. Além disso, o modelo de ‘geração compartilhada’, permite a união de diversos interessados em cooperativas para a geração de energia. Tal mecanismo possibilitou que consumidores comuns, entre eles os que não tinham área para instalar os equipamentos de geração de energia como moradores de edifícios ou os que não possuem imóvel próprio, pudessem cooperar para produzir sua própria energia”, explicou a superintendente.

Ela lembra que foi assim que o cooperativismo chegou à geração distribuída, com o papel de possibilitar que, realmente, todo o consumidor possa gerar sua própria energia, mesmo sem telhado ou imóvel próprio. Tudo, na perspectiva de economia de escala.

A dirigente disse que uma cooperativa precisa de, no mínimo, 20 pessoas para ser constituída. Quando estiver formado o grupo, as pessoas devem procurar a unidade do Sistema OCB do seu estado para saber se ele está alinhado aos princípios cooperativistas e se existem outras cooperativas fazendo a mesma coisa. “Quem sabe não vale a pena se unir a elas para construir algo ainda maior?”

Antes de abrir qualquer negócio, continua Jucélia, é fundamental fazer um estudo de viabilidade econômica e social. Estudos iniciais que vão desde a análise das contas de energia elétrica dos interessados, dimensionamento da quantidade de energia a ser gerada e escolha do local mais apropriado para a instalação dos equipamentos de geração (usina de energia). “Qual é a expectativa? Quais os custos envolvidos? De onde virá o dinheiro para montar a cooperativa? Todas essas perguntas precisam ser respondidas”.

Definido o plano de negócios, o grupo de fundadores deve elaborar uma proposta de estatuto para a cooperativa. Este documento deve conter as informações básicas como o endereço da sede, a distribuição das cotas, a política de entrada e de saída dos cooperados, as regras de eleição da diretoria. “E como estamos falando de cooperativismo, a proposta deve ser votada e aprovada pela maioria”.

FUNDAÇÃO DA COOPERATIVA

Este é um momento muito importante na estruturação da cooperativa: a convocação da Assembleia Geral de Constituição que irá formalizar sua fundação. Nela, serão eleitos os dirigentes e os integrantes do conselho fiscal. Também serão definidos o prazo dos mandatos e o valor do capital social, entre outros assuntos fundamentais, como a redação da ata de constituição.

Vale ressaltar que todos os fundadores da cooperativa precisam estar presentes e assinar a ata da Assembleia Geral de Constituição da cooperativa.

FORMALIZANDO A COOPERATIVA

Após a Assembleia de Constituição, sua cooperativa já existe, mas ainda não está autorizada a atuar no mercado. Para isso, você precisará, inicialmente, de três registros: um junto à Receita Federal e outro obtido na Junta Comercial do seu município.

É o famoso CNPJ, exigido por lei de toda Pessoa Jurídica, além disso, é necessário o registro na OCB. No caso das cooperativas, esse registro depende da entrega dos documentos descritos na página ao lado.

HORA DE TRABALHAR

“Depois desse processo chega a hora de colocar em prática tudo o que foi planejado e seguindo direitinho o plano de negócios, com base em uma gestão profissional e competente, sua cooperativa vai gerar benefícios econômicos para os cooperados, melhorando a vida de toda a comunidade. Afinal, cooperativismo é isso: a união de pessoas em busca de um mundo mais justo, feliz e com melhores oportunidades para todos”, esclareceu a superintendente..

PARA A JUNTA COMERCIAL

Jucélia informa que quatro vias da Ata de Assembleia Geral de Constituição e do Estatuto. Todas as páginas são rubricadas por todos os associados fundadores. “O Sistema OCB recomenda que você consulte a Junta Comercial do seu estado para saber que outros documentos serão necessários. É possível verificar, ainda, a relação de documentos através de consulta à Instrução Normativa 10, Anexo IV do Departamento de Registro Empresarial e Integração, uma espécie de manual orientativo do registro de atos nas Juntas Comerciais”.

E COMO FUNCIONA UMA COOPERATIVA DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA?

O consumidor cooperado é livre para investir o que for conveniente em geração na cooperativa em função da sua capacidade de investimento e do benefício desejado (redução da conta de energia).

O projeto de geração e a cooperativa devem ser cadastrados junto à concessionária de distribuição de energia. Neste ato, são informados à distribuidora os percentuais de energia que cada cooperado terá direito. A partir da efetiva conexão da central geradora à rede de distribuição, a energia gerada é contabilizada pela concessionária e compensada nas contas de cada um dos cooperados.

É POSSÍVEL ZERAR MINHA CONTA DE ENERGIA?

A redução na conta de energia (conta de luz) se dará na componente tarifa de energia, que por sua vez, reduzirá proporcionalmente os impostos da conta de luz. A maioria dos estados brasileiros também possui isenção dos impostos PIS, COFINS e ICMS sobre a energia gerada. Deste modo, sua conta de energia pode ser reduzida em até 80%, mas será necessário pagar um mínimo de conta de luz para remunerar o serviço de distribuição, taxa conhecida como custo de disponibilidade.

QUAIS OS BENEFÍCIOS DE GERAR SUA PRÓPRIA ENERGIA?

Redução de gastos com energia elétrica.

Embora inicialmente seja necessário um desembolso maior para a instalação da usina, os custos de manutenção e a vida útil dos equipamentos (20 anos, em média) conferem a este investimento um retorno do capital investido de seis a oito anos, em média, ou seja, após este período, a energia terá custo próximo a zero dependendo do arranjo de produção.

Maior controle sobre a conta de luz

O serviço de distribuição de energia sofre reajustes tarifários anuais e pode ser impactado por eventos os quais não há controle, como estiagens prolongadas que diminuem a capacidade de produção de energia elétrica de fonte hidráulica mais barata, o que torna a produção de energia muito mais cara pelo uso de usinas térmicas. Tal situação deu origem às bandeiras tarifárias amarela e vermelha. A energia produzida em sua cooperativa, por sua vez, não sofre tais reajustes.

Menor impacto ambiental

Entre as principais tecnologias para a produção de energia distribuída estão a fotovoltaica, eólica e biogás, todas, quando utilizadas no lugar de usinas termelétricas movidas a combustíveis fósseis, contribuem para a redução das emissões dos gases de efeito estufa, para a suspensão de particulados (fumaça) e para a melhoria da diversidade e segurança na matriz energética brasileira, conferindo efeitos positivos na mitigação do aquecimento global.

Júcelia Rodrigues conclui informando que as pessoas e empresas criam cooperativas porque assim atingem metas comuns mais facilmente, sem abandonar a sua própria independência. “O cooperativismo é uma forma democrática de negócio. Todos os membros têm basicamente os mesmos direitos e obrigações e cooperam como parceiros igualitários. A entrada ou saída é feita sem burocracia, ao valor nominal, sem cartório ou avaliação da empresa/negócio e, portanto, sem nenhum custo adicional. O cooperativismo tem entre os benefícios, a justa distribuição dos benefícios econômicos da atividade”.

Por Nei Costa