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Coordenadora do iCS apresenta proposta de eficiência energética como estratégia de contenção da crise

Instituições públicas e privadas tem ampliado o diálogo sobre a atuação do poder público e a necessidade de mudanças na forma de consumo de energia. Nesta edição, a Coordenadora da Iniciativa de Eficiência Energética no Instituto Clima e Sociedade (iCS), Kamyla Borges, deu detalhes do proposta com medidas emergenciais elaborada em parceria com outras entidades . A realização do Leilão de eficiência energética em Roraima e a priorizar de projetos de eficientização em escolas e hospitais são algumas das indicações.

Ouça a entrevista:

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Integrante do Fórum compartilha experiência durante apresentação de projeto de implantação de sistema de geração fotovoltaica para atender à comunidade indígena de Samauma

O técnico em eletrotécnica Ederson Rodrigues fez parte da equipe do Fórum, que participou da visita aos Indígenas da etnia Wai-Wai, no município de Caroebe. A viagem teve como proposta apresentar o Projeto- Piloto para a implementação de sistema de geração fotovoltaica, com armazenamento de energia, e viabilizar o acesso à internet na comunidade indígena Samauma. Ederson falou das dificuldades e riscos enfrentados na localidade pela ausência de energia segura.

Ouça a entrevista.

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ABGD comemora resultados do 11º fórum em Manaus

“Fenomenal a receptividade encontrada em Manaus, primeiro porque as empresas participantes estão interessadas em aprender mais, em conhecer e fazer networking, em saber o que, como, quando, onde, por que e quanto custa ingressar no setor”, disse o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista, no segundo e último dia (30/09) do 11º Fórum Regional de Geração Distribuída com Fontes Renováveis no Novotel Manaus.

De acordo com Evangelista, as palestras abrangem todos os setores, área jurídica, área tributária, área técnica, área operacional, custos, área financeira, marketing. “É o ambiente ideal das pessoas que querem ingressar nesse mercado, para começarem a se desenvolver, e aí crescer, as pequenas empresas ficarem médias, as médias ficarem grandes e as grandes comprarem as pequenininhas”, defendeu o expositor.

A gigante chinesa Huawei, representada por Nelson Stanischi, compareceu ao evento para explicar como ocorre o armazenamento de energia e como a ação irá ajudar o funcionamento das empresas no futuro, que hoje dependem apenas das concessionárias de energia elétrica.

Stanischi estima que até 2050 noventa por cento da matriz energética no mundo seja renovável, e aí vai entrar o armazenamento de energia, já que as companhias não conseguem cobrir as necessidades energéticas de todos, justamente por ser intermitente, por não ser uma fonte despachável, e o que torna essa fonte despachável? “É justamente o armazenamento, a junção do solar com bateria, a eólica com bateria ou as três juntas”, disse o palestrante.

A Huawei é conhecida por trabalhar com equipamentos de telecomunicações e pelas recentes tecnologias 5G, a empresa avançou rapidamente no cobiçado setor de energia solar do Brasil, onde lidera no fornecimento de inversores solares, equipamento que recebe a energia dos painéis.

Cases de sucesso

Participante do painel “Considerações sobre a geração distribuída fotovoltaica na região norte”, o engenheiro eletricista, Anderson Bittencourt, destacou a Usina Fotovoltaica entregue em agosto último no município de Iranduba (20 km da cidade de Manaus), instalada dentro da concessionária de energia, Amazonas Distribuidora.

Entre os desafios encontrados no decorrer da instalação da usina, o engenheiro citou os aspectos legais e regulatórios, para que o projeto tenha andamento de forma segura e sem prejuízos.

“Em relação aos aspectos legais e regulatórios, logo quando iniciamos as tratativas com o cliente sobre esse projeto, umas das nossas maiores preocupações eram entender o ponto de vista da distribuidora de energia, como esse projeto estava sendo observado pela distribuidora, o ponto de vista da conexão da usina e o local”, disse Bittencourt.

O engenheiro explica que levaram, de imediato, a proposta até o setor responsável da distribuidora, para discutir tecnicamente o aspecto desse projeto dentro da cidade, onde a disponibilidade das redes não é tão grande.

Para o palestrante, aspecto muito importante percebido pela equipe de trabalho na época do início do contrato com a concessionária em 2020, e que foi determinante em relação à execução desse trabalho na cidade, foi a consulta aos órgãos locais, em relação ao licenciamento, uso do solo e alvarás.

“A gente imaginava que, por já trabalhar com obra, seria um processo até que automático, só que quando a gente deu entrada no projeto, lembro-me como se fosse hoje, quando convidado para uma reunião com a secretaria municipal de infraestrutura e habitação, que cuida de uso do solo, ouvi que o projeto deveria ser submetido, na verdade, ao estado, porque a secretaria do município entendia que as secretarias do estado estariam mais apropriados para apresentarem um parecer”, disse o engenheiro.

O engenheiro relata que precisou, naquele momento, criar um grupo de trabalho para que fossem dadas as devidas atenções ao processo do projeto, juntamente com a concessionária, o município e o órgão ambiental.

Energias renováveis de Roraima

O Fórum GD Norte também contou com a participação do coordenador do Fórum de Energias Renováveis de Roraima, Alexandre Henklain, com intuito de sensibilizar e mobilizar empresários do segmento de geração fotovoltaica para a importância de uma atuação integrada, visando à melhoria do ambiente de negócios, ampliação do mercado e garantia do crescimento das empresas.

Para Henklain, é do interesse de todas as empresas que haja políticas públicas de apoio ao setor, assim como é do interesse comum que haja incentivos fiscais, facilidades de acesso ao crédito, tanto para as empresas, como para seus clientes.

De acordo com o coordenador, o Fórum de Energias Renováveis atua fortemente na busca pela aceleração da transição energética nos sistemas isolados para as energias renováveis. Enfatizou, na ocasião, que a energia gerada nas condições atuais é extremamente cara, via Conta Consumo de Combustíveis (CCC), e onera os demais consumidores brasileiros do Sistema Interligado Nacional (SIN).

“Se considerarmos os mais de 200 sistemas isolados na Amazônia, em 2021 a conta CCC se aproximará dos RS 8 bilhões e, pior, com a emissão de 3,5 milhões de toneladas de gases do efeito estufa, em CO2 equivalente”, frisou.

Henklain defendeu uma atuação integrada da região em prol do aperfeiçoamento do Projeto de Lei da Geração Distribuída, já aprovado na Câmara e ora em tramitação no Senado, propondo a seguinte emenda:

“Mantém-se para os consumidores dos sistemas isolados, atendidos por energia elétrica gerada por termoelétricas baseadas em combustíveis

fósseis, o benefício da compensação integral dos créditos da energia injetada por micro e miniusinas de geração distribuída existentes e a serem implantadas, enquanto não houver conexão ao sistema interligado nacional. O subsídio à geração distribuída nos sistemas isolados será custeado por recursos da Conta CCC, no âmbito da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE”.

O argumento é de que a geração distribuída deve ser ainda mais apoiada e incentivada nos sistemas isolados, pois representa a perspectiva da redução do consumo dos caríssimos e poluentes combustíveis fósseis nas termelétricas espalhadas por toda a Amazônia.

O coordenador do Fórum de Energias Renováveis também ressaltou a relevância do projeto-piloto do Leilão de Eficiência Energética de Roraima como inovador mecanismo de mercado, que deverá ser reproduzido em todo o país, contribuindo para amenizar os efeitos dramáticos da crise energética, com ações práticas e de curto prazo, centradas na redução da demanda, como substituição de condicionadores de ar, refrigeradores e luminárias ineficientes por equipamentos tecnologicamente avançados, que consomem muito menos energia elétrica.

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Por Diretoria de Comunicação e Marketing do Sistema FIEAM.

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Instituições elaboram documento sintético pela democratização da geração distribuída

O projeto de lei (PL) 5829/2019 da Geração Distribuída (GD) foi aprovado em agosto de 2021 pela Câmara dos Deputados, com a relatoria do deputado Lafayette de Andrada (REPUBLIC/MG). Recentemente, o senador Marcos Rogério (DEM/RO), foi designado como relator de Plenário do PL que institui o marco legal da microgeração e minigeração distribuída, o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) e o Programa de Energia Renovável Social (PERS).

Em entrevista para nossa equipe, o senador Marcos Rogério explicou como funcionará o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE).

“O PL 5829 aprovado na Câmara estabeleceu que para aqueles que estão na GD ou que ingressarem dentro de 12 meses posteriores à publicação da lei, valerá o regime atual até 2045. E haverá transição até 2029 ou 2031, a depender do momento de ingresso, a partir do 13º mês”.

De acordo com o PL, a partir de 2029 ou 2031 em diante valerá o modelo de custos e benefícios para os novos ingressantes na GD, os quais pagarão as componentes de remuneração da distribuidora e terão valoração do atributo que a GD presta ao sistema.

O senador explicou também como vai funcionar o Programa de Energia Renovável Social (PERS) que, em seu entendimento, representa um incentivo para investimento de painéis fotovoltaicos e outras fontes renováveis para consumidores da subclasse residencial baixa renda.

“A fonte de recursos será especialmente o Programa de Eficiência Energética (PEE) e as distribuidoras terão que apresentar plano de trabalho ao Ministério de Minas e Energia (MME) demonstrando, entre outros aspectos, a redução do volume anual de subsídio da tarifa social de energia elétrica dos consumidores participantes do PERS”, destacou Marcos Rogério.

Beneficiar comunidades de baixa renda e sistemas isolados, é o que buscam instituições que elaboraram um documento objetivo e resumido pela “Democratização da Geração Distribuída”. O texto é dirigido aos Senadores da República que estão apreciando o Projeto de Lei (PL) 5829/2019, e procura sensibilizar os políticos sobre as dificuldades do acesso à energia elétrica nesses locais.

Sob a coordenação do Instituto Clima e Sociedade (iCS), a iniciativa tem a participação também do Fórum de Energias Renováveis, IEI Brasil, Ilumina, Instituto Socioambiental (ISA) e Revolusolar. O folheto informativo foi elaborado para explicar de maneira didática os aprimoramentos que podem ser feitos no PL para que a geração distribuída (GD) seja realmente acessível às populações de menor renda das cidades brasileiras.

O material de divulgação destaca que o texto do PL aprovado na Câmara pouco avançou na efetiva democratização da geração distribuída no país e que o resultado pode ser uma “enorme” lentidão na efetivação de instalações de GD em comunidades de baixa renda nas cidades brasileiras, aumentando ainda mais o abismo entre aqueles que terão condições de adquirir um painel solar, e uma maioria da população submetida a uma constante situação de insegurança e pobreza energética.

O PL aprovado prevê apenas a criação de um programa de Energia Renovável Social, a ser viabilizado com recursos do Programa de Eficiência Energética (PEE). Para as instituições, o PEE é um programa que visa a uma série de outros objetivos, além de revelar-se burocrático, pouco efetivo e com recursos limitados.

Outro ponto importante abordado no documento é quanto à situação dos sistemas isolados da Amazônia Brasileira. Pesquisas mostram que em grande parte da Amazônia a população ainda não tem acesso adequado a serviços de eletricidade, dependendo de sistemas ineficientes de geração à diesel que, além de poluentes, custam bilhões para os consumidores de energia vinculados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

O folheto diz que “a redação final dada ao PL 5829/2019 ignorou esse fato, e, portanto, perdeu-se uma grande oportunidade de incentivar a redução do consumo do diesel para a geração elétrica na Amazônia”.

O pedido feito aos senadores é que as unidades consumidoras localizadas nos sistemas isolados e populações de baixa renda mantenham todos os benefícios concedidos às unidades de geração distribuídas já instaladas, sujeitando-se ao prazo de 2045 para o fim dos benefícios relacionados às regras tarifárias”;  e que “sejam eximidas da cobrança do valor referente ao custo de disponibilidade”.

O documento encerra destacando os benefícios com democratização da Geração Distribuída como mais resiliência e menos crise energética; alívio nas tarifas de eletricidade; geração de mais empregos e oportunidades; melhoria da qualidade de vida nas comunidades de baixa renda e melhoria da imagem internacional do país na agenda climática.

O material informativo e propositivo foi encaminhado ao relator do plenário Sen. Marcos Rogério, para apreciação. O objetivo é que as contribuições também sejam analisadas por outros senadores, a fim de propiciar a aprovação de emenda ao “PL da GD”, que contemple de maneira efetiva as comunidades de baixa renda e os sistemas isolados no país.

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Por Thamy Dinelli

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Manaus recebe pela 1ª vez Fórum Regional GD Fontes Renováveis

A energia solar é realidade em todo o mundo, e o Brasil também está nessa tendência de energia sustentável, tanto com a eólica como a solar e, para a região norte, a realidade é trabalhar com a energia solar, devido ao clima, disse o CEO do Grupo FRG Mídias e Eventos, e diretor de marketing e institucional da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Tiago Fraga, no 11º Fórum Regional de Geração Distribuída com Fontes Renováveis, realizado nos dias 29 e 30 de Setembro, no Hotel Novotel.

O fórum trouxe para a região detalhes sobre a geração distribuída com fontes renováveis, que vem a ser um modelo de geração de energia elétrica próximo ou no local do consumo, algo totalmente oposto do que ocorre hoje, em que a geração é centralizada, produzida por grandes usinas e enviada ao consumidor pelas linhas e redes de transmissão por meio das concessionárias de energia de cada região, explica Fraga.

“A gente tem a convicção de que essa movimentação, esses players, toda essa sinergia, essas possibilidades de novos negócios, networking que o evento está trazendo, para a cidade de Manaus, são elementos fundamentais para que empresários, empreendedores e investidores se encorajem e comecem a atuar dentro da cadeia produtiva do setor de geração distribuída”, assinala Fraga.

Os modelos de geração distribuída mais conhecidos são a biomassa, a energia eólica e, principalmente, a energia solar fotovoltaica, que é a geração de energia elétrica através das placas solares e responsável por mais de 90% do potencial instalado no Brasil inteiro.

PHB Solar destaca parceria realiza com SENAI para qualificação de mão de obra

O representante da empresa PHB Solar, Roberto Valer, em sua apresentação sobre mercado e tendências, destacou a parceria feita com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) na qualificação de profissionais em energia solar, para atender às indústrias que, hoje em dia, por diversos motivos, estão com suas instalações elétricas inadequadas.

“A parceria funciona a partir do momento em que o SENAI tem o interesse em desenvolver um curso específico para energia solar. Mediante contato com a PHB Solar, nós repassamos os equipamentos a preço de custos para ajudar a desenvolver os laboratórios, que é o básico para poder oferecer os cursos”, explica Valer.

O palestrante destaca que a instituição SENAI nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Tocantins, por exemplo, já firmam parceria para contribuir com a indústria em relação a energia solar. Tiago Fraga também capacita sua mão de obra com o SENAI. De acordo com o empresário, o setor de energias renováveis, relativamente novo, tem como um dos gargalos a falta de mão de obra especializada, sendo necessário qualificar as pessoas para que atendam às demandas de forma estratégica e com qualidade.

Lembra Fraga que o setor de energias renováveis também é oportunidade de emprego. Conforme a Organização Mundial do Comércio, o setor ​​ nos próximos anos será um dos que mais vai criar empregos.

O fórum

O evento realizado de forma híbrida (presencial e online) contou com a participação de aproximadamente quatro mil pessoas em seu primeiro dia de evento.

“Sendo o principal evento do setor no Brasil, o fórum tem um papel fundamental para a reunião, união e alinhamento de discursos para uma segurança política e jurídica”, frisa Tiago Fraga.

Dentre os temas abordados estão: cadeia produtiva do setor GD, categorias e opções de geração de energia elétrica para GD, novas tecnologias disponíveis no mercado, armazenamento de energia, cases de sucesso na região norte e projetos sociais no setor, entre outras palestras sobre o setor que mais cresce no país, com os principais players e especialistas.

O engenheiro eletricista e segurança no trabalho da Empresa Elétrica Nunes, José Nunes, viu por meio do fórum grandes oportunidades para expandir seus negócios na área de energia sustentável. “O fórum está bem globalizado, com várias empresas trazendo as novas tecnologias do mercado, assim como os novos sistemas, oportunidade ímpar para todos, principalmente para a Amazônia”, observa.

“A Amazônia está sendo o cenário do mundo, podemos ver pelos palestrantes, que todos estão bem otimistas para esse mercado, para que aconteça a redução nas contas de energia e, principalmente, a geração de emprego”, disse ele.

Por Diretoria de Comunicação e Marketing do Sistema FIEAM

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Projeto da UFRR em parceria com o Fórum de Energias Renováveis recebe Kit de Energia Solar

 

A Universidade Federal de Roraima (UFRR) recebeu os equipamentos para o laboratório de geração fotovoltaica, um projeto em parceria com o Fórum de Energias Renováveis. Os painéis, inversores, cabos e demais equipamentos do kit de energia solar serão instalados no Departamento de Engenharia Elétrica para ensino, pesquisa e extensão na Universidade.

O projeto é coordenado pela professora do curso de Engenharia Elétrica da UFRR, Susset Guerra, e visa à instalação no prédio do laboratório de um sistema de geração de energia fotovoltaica de 5 kWp de forma a promover a aproximação da comunidade acadêmica com a tecnologia fotovoltaica, e a elevação do nível técnico das empresas locais que atuam no setor, assim como realizar atividades de pesquisa. Essa estrutura também vai permitir a formação de engenheiros com uma visão mais prática e um domínio maior das energias fotovoltaicas.

“Essa é uma grande contribuição do Fórum, que servirá para maior domínio da tecnologia  por parte dos alunos e professores do curso de Engenharia Elétrica,  da comunidade universitária e da sociedade. Com ele se realizarão atividades de ensino, pesquisa e extensão a serviço de todos”, destacou Susset.

O coordenador do Fórum, Alexandre Henklain, esclarece que os projetos em andamento junto à universidade abriram uma nova perspectiva de atuação da organização.

“Até então, todas as nossas energias estavam dedicadas às proposições de políticas públicas e às soluções de mercado. A parceria para o desenvolvimento de projetos demonstrou que também precisávamos contribuir no âmbito da pesquisa, desenvolvimento e inovação- mediante o apoio à Universidade – na geração de conhecimento, na formação de jovens profissionais de engenharia elétrica sintonizados com as energias renováveis e na interação entre a academia e as empresas do pujante setor de sistemas de geração fotovoltaica”.

Outro projeto entre UFRR e Fórum que também já está recebendo parte dos equipamentos é o da professora Josiane Rodrigues. A iniciativa tem como objetivo o desenvolvimento de um protótipo de medição de irradiância de baixo custo, para aferição do desempenho dos sistemas de geração de energia fotovoltaica (FV) instalados na cidade de Boa Vista, e formalização de boas práticas específicas para o bom desempenho dos sistemas.

Assumindo uma gestão geral compartilhada no Acordo de Cooperação Técnica, o Fórum tem sua contrapartida no financiamento de 2 (duas) bolsas de estudo e de componentes eletrônicos e sensores; na disponibilização de estudos e propostas de Políticas Públicas; na articulação no âmbito do fomento à geração de energia fotovoltaica, que contribua para a consecução dos objetivos propostos; e na disseminação dos resultados do projeto, visando ao fortalecimento da cultura das energias renováveis no Estado e na Amazônia.

Roraima apresenta crescimento de empresas no setor da energia solar, consequentemente precisa de um ambiente de negócios favorável, de profissionais qualificados e de informações tecnológicas. O Acordo entre UFRR, Fórum e outros parceiros deve promover de forma segura excelentes contribuições para o desenvolvimento local.

Por Thamy Dinelli

 

 

 

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ANEEL confirma para 2022 realização do Leilão de Eficiência Energética de Roraima

Durante uma audiência pública online realizada pela Câmara Municipal de Boa Vista e Fórum de Energias Renováveis, a especialista em regulação da  Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Djane Melo, informou que o edital para o Leilão de Eficiência Energética de Roraima será lançado no início de 2022.

Autorizado desde 2017, o Leilão prevê a contratação de agentes para o desenvolvimento de projetos de eficiência energética que visem à redução do consumo de energia elétrica na capital, Boa Vista, que seria a cidade-piloto no país para o projeto.

“O leilão de eficiência energética traz uma mudança de paradigma, que é essa visão de o porquê não aplicar a eficiência energética na questão do planejamento. A concepção do leilão foi tomando mais forma, e a aplicação em Roraima passou a ter uma viabilidade econômica. Do ponto de vista nacional é algo importante para o país, pois Roraima é o único estado que está fora do Sistema Interligado Nacional, tem o alto custo da geração de energia, então todas essas características permitem afirmar a viabilidade para a aplicação do leilão.”  Afirmou a representante da Aneel.

Em 2019 foi lançada pela Aneel uma consulta pública para o leilão, na qual o Fórum de Energias Renováveis, ciente das demandas locais, fez suas contribuições.

“A semente foi plantada, nós temos toda a base teórica para poder lançar esse leilão, mas ainda precisamos seguir algumas etapas que são essenciais para o sucesso do projeto. Quando lançado o edital, o agente redutor de consumo precisa ir a campo analisar as áreas que ele pode atuar, e repassar as informações à Aneel para as etapas seguintes do processo”, disse Djane.

A especialista destacou que o adiamento do leilão deve-se aos desafios que a agência enfrentou com a pandemia da Covid-19. E agora também por conta da crise hídrica que afeta o país, o calendário de prioridades foi reformulado. O planejamento estratégico e o cronograma de trabalho foi revisado e o leilão para Boa Vista continua fazendo parte desse planejamento.

“De acordo com o calendário da Aneel até o fim deste ano a agência deve fazer a revisão da consulta pública e o material técnico será aprovado pela diretoria. E no início de 2022 o edital deve ser lançado”, afirmou.

De acordo com a Aneel, o edital será publicado até o 1º trimestre de 2022, no 3º trimestre do mesmo ano o leilão será realizado. Os contratos com o agente redutor de consumo serão assinados no 4º  trimestre, e o objetivo é que o agente redutor de consumo inicie essas ações de eficiência energética em 2023. A representante da Aneel disse durante a audiência que o apoio do Fórum de Energias Renováveis – que fez essa mobilização junto aos vereadores – e toda a rede de apoio de outras entidades, como a prefeitura, é fundamental para o êxito das ações previstas no leilão de eficiência energética de Roraima.

Para o coordenador do Fórum, Alexandre Henklain,  a audiência foi fundamental para esclarecer dúvidas quanto ao projeto do leilão e ter uma efetiva resposta quanto à sua realização.

“Com a crise hídrica se agravando, o país precisa de resultados no curto prazo, e o leilão é o mecanismo de mercado com maior potencial. Nossa capital foi escolhida para projeto-piloto por ser sistema isolado, com apagões, e ter o custo de geração mais alto do país, impondo encargos significativos para os consumidores do sistema interligado. Por isso e com a mobilização dos consumidores, instituições e empresas locais, trabalhamos para consolidar a cultura de “fazer mais, com menos energia”. Isso é eficiência energética!”, pontuou.

A audiência pública foi uma articulação entre os vereadores de Boa Vista e o Fórum de Energias Renováveis, e contou com a participação de entidades, representantes do Governo do estado de Roraima e da prefeitura de Boa Vista, além do deputado federal Nicoletti.

Por Thamy Dinelli

 

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O leilão lançado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), contempla a contratação de agentes para o desenvolvimento de projetos de eficiência energética com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica em Boa Vista. O coordenador do Fórum, Alexandre Henklain e o Engenheiro Eletricista, Cristiano Bessa explicaram na prática como deve funcionar o leilão no Estado.

Ouça a entrevista:

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Audiência na Câmara Municipal discute nesta quinta-feira a realização do Leilão de Eficiência Energética de Roraima

Uma articulação entre o poder legislativo de Boa Vista e o Fórum de Energias Renováveis resultou na realização de uma audiência pública marcada para esta quinta-feira,16. O objetivo é discutir a realização do Leilão  de Eficiência Energética de Roraima proposto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) desde 2017, e que teria a capital como cidade-piloto no país.

Com o risco de que o Leilão seja realizado em outro estado brasileiro, o Fórum viu a necessidade de fortalecer o debate com os vereadores sobre a importância e os benefícios energéticos e econômicos  que o estado terá com o leilão.  O coordenador do Fórum, Alexandre Henklain, destacou as vantagens desse projeto para Roraima.

“O Leilão de Eficiência Energética de Roraima contempla a contratação de agentes para o desenvolvimento de projetos de eficiência energética que visem à redução do consumo de energia elétrica em nossa capital, Boa Vista. Pela sua relevância estratégica, para Roraima e o Brasil, precisamos compreender melhor porque o Leilão ainda não foi realizado, como se encontra o andamento do processo e as estratégias para que ocorra, com a máxima brevidade, se possível ainda em 2021”.

Durante as reuniões realizadas presencialmente –seguindo os protocolos contra a Covid-19 – e em encontro virtual realizado no mês de agosto, os vereadores puderam conhecer a fundo o Leilão de Eficiência Energética para Boa Vista e esclarecer todas as dúvidas acerca do projeto da Aneel.

Na ocasião, o legislativo municipal, sob a coordenação do vereador presidente da Câmara, Genilson Costa, se comprometeu em apoiar a iniciativa, analisar a legislação e estudar o projeto na sua totalidade dando o apoio irrestrito.

Cristiano Bessa, engenheiro e consultor do Fórum, destaca a importância dessa articulação com os representantes políticos.

“O objetivo é esclarecer o que o Fórum pode fazer para ajudar no produto final  que é o desenvolvimento de políticas públicas, e a parceria com os poderes para ações que possibilitem que o aproveitamento de energias renováveis em Roraima seja revertido para a economia local, gerando empregos e renda”, destacou.

O Leilão de Eficiência Energética para Boa Vista já está autorizado há quase dois anos, mas por causa da pandemia da Covid-19 foi suspenso e até o momento não se tem um posicionamento sobre quando ele irá ocorrer.

“A gente não tem uma efetiva garantia de que ele vai ser realizado nem tampouco se ele vai ser realizado em Boa Vista, então, a pauta é essa para a audiência pública do dia (16). A Aneel está sendo esperada na audiência. Esse nivelamento junto ao poder público vai continuar até que tenhamos o posicionamento que a gente espera que seja a realização do leilão na capital”. Disse Bessa.

A Audiência Pública on-line será realizada no dia 16 de setembro de 2021, às 9h (horário de Boa Vista) / 10h (horário de Brasília), com transmissão pelo canal do Youtube (Câmara Municipal de Boa Vista) e Facebook @cmbvoficial.

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Por Thamy Dinelli

Foto: Danielle Silva

 

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Câmara e Fórum promovem audiência pública para discutir o Leilão de Eficiência Energética de Roraima

A Câmara Municipal de Boa Vista e o Fórum de Energias Renováveis realizarão audiência pública para tratar do Leilão de Eficiência Energética de Roraima. O evento online será no dia 16 de setembro, às 9h (horário de Boa Vista) / 10h (horário de Brasília), com transmissão pelo canal do Youtube (Câmara Municipal de Boa Vista) e Facebook @cmbvoficial.

Coordenado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o leilão contempla a contratação de agentes para o desenvolvimento de projetos de eficiência energética com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica em Boa Vista, conforme montante definido pela ANEEL por meio de dois produtos: iluminação pública e ampla concorrência.

Pela proposta, o lote correspondente ao produto Iluminação Pública é único, que abrange todos os pontos de iluminação do município de Boa Vista, com montante de eficientização equivalente a 0,5 MW médio.

Já o produto Ampla Concorrência inclui um conjunto de subclasses de consumo classificadas como residencial normal, residencial baixa renda geral e comercial normal. Esse produto terá sete lotes, organizados por conjuntos de bairros, cada qual com obrigação de redução de montante de energia consumida de 0,5 MW médio.

Desde 2017, a ANEEL trabalha num “Projeto-Piloto” a ser realizado no estado de Roraima, que culminou no Leilão nº 4/2020-ANEEL, denominado Leilão de Eficiência Energética, porém até hoje não foi concretizado. Este “Projeto-Piloto” será base para a futura implantação desse mecanismo de mercado em todo o país. Devido à pandemia da Covid-19, o certame continua em andamento junto à Agência, mas ainda não há uma previsão para o início das ações.

Em meio à crise energética enfrentada pelo país, discutir a realização desse leilão em Roraima envolve a união de representantes da classe política, de entidades ligadas ao setor elétrico e também da sociedade civil organizada.

Para o coordenador do Fórum, Alexandre Henklain, o momento é propício para unir forças em busca de respostas quanto à realização do leilão proposto para o estado. “Pela sua relevância estratégica, para Roraima e o Brasil, precisamos compreender melhor porque o leilão ainda não foi realizado, como se encontra o andamento do processo e as estratégias para que ocorra, com a máxima brevidade, se possível ainda em 2021”, enfatizou Henklain.

Raynãa Fernandes