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RR TOTALIZA ATÉ O PRIMEIRO SEMESTRE MAIS DE 300 USINAS

 

Roraima registrou nos últimos seis meses a instalação de dezesseis (16) novas usinas de Geração Distribuída (GD) tendo como fonte de geração a radiação solar, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

 Com isso, o estado que está avançando nos investimentos no setor da energia solar, registra até agora 342 unidades de GD beneficiando com créditos 827 Unidades Consumidoras. Com mais usinas sendo instaladas, a potência atual é de 8.205,55 kW. Cerca de 22% superior a dezembro de 2020.

Além da capital Boa Vista com 331 unidades, usinas fotovoltaicas estão instaladas em outros sete municípios sendo: Alto Alegre (01), Amajari (01), Cantá (02), Caracaraí (04), Iracema (01), Mucajaí (01), Pacaraima (01).

A Classe Residencial lidera o ranking com 236 usinas, em segundo aparece a Classe Comercial com 28, em terceiro está o Poder Público com 71, seguido da Classe Rural com 06 usinas. Uma novidade na lista é a  Classe Industrial, que aparece neste ano com 01 usina instalada. 

 No Brasil, a energia solar bateu recorde no primeiro semestre de 2021. De janeiro a junho foram instalados 1,32 GW de potência. De acordo com o Canal Solar – que fez o levantamento junto a Aneel – o acréscimo de potência solar contabilizado no ano é cerca de 4% maior do que o registrado no mesmo período de 2020, quando 1,27 GW foram computados no sistema da Agência entre os dias 1º de janeiro e 30 de junho.

Os dados no país mostram que os números da geração solar  ficam significativamente maiores a cada semestre. Para se ter uma ideia, o incremento de potência instalada, entre janeiro e junho deste ano, é 135% e 842% maior do que em relação ao mesmo período de 2019 (0,56 GW) e 2018 (0,14 GW), respectivamente.

O levantamento também revela que dentre as regiões brasileiras a que mais instalou GERAÇÃO SOLAR/ FOTOVOLTAICA no primeiro semestre deste ano foi a Sudeste, com cerca de 0,49 GW. Na sequência, aparecem: Nordeste (0,28 GW); Sul (0,23 GW); Centro-Oeste (0,22 GW) e Norte (0,1 GW), respectivamente.

Segundo projeções da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), a soma dos novos investimentos privados em energia solar deverá ultrapassar a barreira dos R$ 22,6 bilhões neste ano, um aumento de cerca de 75% em relação aos R$ 13 bilhões que foram injetados no setor em 2020.

A entidade estima ainda que o setor fotovoltaico deverá gerar mais de 147 mil empregos por todo o território nacional em 2021 sendo a maior parte desta parcela para o segmento de GD, com 118 mil novos postos de trabalho.

 A perspectiva é finalizar o ano com um total acumulado de 377 mil empregos no país contabilizados desde 2012.  

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Por Thamy Dinelli (Assessoria de Comunicação Fórum de Energias Renováveis de Roraima)

Contribuições: CANAL SOLAR

 

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Empresas que atuam na área de energia solar em Roraima

Com o crescimento do mercado de energia fotovoltaica no Estado, são muitas as empresas que tem apostado no segmento.  Os investimentos são nas áreas de elaboração de projetos, venda de equipamentos e instalação de usinas de energia solar. Para facilitar o acesso a esses fornecedores, o Fórum de Energias Renováveis de Roraima  vai disponibilizar a partir de agora informações dessas empresas no nosso portal.

 Solicitamos às empresas integradoras ainda não relacionadas que nos contatem, para que possamos divulgar seus dados.

 

 

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Foto: Bluesol

 

 

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Combinar geração de eletricidade com o acesso à internet pode garantir mais investimentos e desenvolvimento de projetos na Amazônia

Energia para e na Amazônia: como universalizar, descarbonizar e promover desenvolvimento local. Esse foi um dos importantes temas discutidos no painel de debates promovido pelo Instituto Clima e Sociedade (ICS) durante encontro com parceiros do Portfólio de Energia, dentre eles o Fórum de Energias Renováveis de Roraima.

Roberto Kishinami, coordenador do Portfólio de Energia do ICS, explicou que o objetivo do encontro foi permitir a troca entre diferentes atores sociais que compõem o portfólio. Neste ano uma mudança importante foi o foco do portfólio em regiões do país, sendo elas: norte, nordeste e sul. Em cada uma delas o tema central abordado foi a transição energética que ocorre no Brasil, e que é parte de um movimento que ocorre no mundo todo.

“No caso da Amazônia, em que o Fórum de Energias Renováveis de Roraima atuou com destaque no encontro, o tema fundamental é a descarbonização da matriz elétrica local. Então, essa transição significa na verdade substituir as fontes poluentes que estão presentes em muitos municípios da região, e que estão relacionados a uma dificuldade de acesso de várias comunidades à energia elétrica”, salientou Kishinami.

O ICS está desenvolvendo também o projeto “Mudando o modelo dominante de fornecimento de energia elétrica às comunidades da região Amazônica: da escuridão às renováveis”. 

“O objetivo é sair de um quadro como o atual, em que a energia elétrica quando é fornecida tem instabilidade e baixa qualidade, e  aproveitar as tecnologias que já estão disponíveis no mercado para se ter acesso a uma energia que é segura, barata, e que pode ser combinada com a conexão digital, acesso à internet”, destacou.

De acordo com Kishinami, nas comunidades pesquisadas foi observado que um dos primeiros usos da energia elétrica, após atender as necessidades prioritárias, é a conexão com a internet. Um uso da eletricidade mais avançado e que ainda não é coberto pelas políticas públicas.

Kishinami destaca também que a  transição energética está ocorrendo no mundo, e que o avanço da tecnologia tem ajudado nesse processo.

“Hoje nós temos tecnologia de geração de eletricidade que são moduláveis, o que permite desenhar sistemas que são distribuídos. Então, ao invés de grandes centrais elétricas, como as termelétricas e hidrelétricas, o que nós temos hoje são tecnologias que permitem gerar eletricidade onde você está. Seja com painel solar, painel solar combinado com bateria, sejam sistemas eólicos ou sistemas que usam a biomassa”.

O coordenador do Portfólio de Energia do ICS, destaca que esses sistemas distribuídos hoje são mais baratos que os sistemas tradicionais, e diz que a primeira motivação para ir em direção às fontes renováveis é a economia. A segunda, é que os sistemas que são renováveis e distribuídos são mais confiáveis e eles funcionam com maior regularidade ao longo do ano. Com isso se tem uma energia de melhor qualidade pra quem consome essa eletricidade.

A ideia da transição é também digitalizar, significa combinar a geração de eletricidade com o acesso à internet, o que melhora as condições para o desenvolvimento local. 

“Nós temos que pressionar para que as políticas públicas sobre energia elétrica tenham cronogramas que sejam mais adequados do ponto de vista da necessidade das populações. O cronograma que está estabelecido para o Mais Luz para a Amazônia é insuficiente para cobrir um número significativo de comunidades, é preciso acelerar isso.  Recursos existem, tanto no orçamento federal,  como também na própria economia, não podemos esquecer que esse sistema que hoje atende mal as comunidades remotas custam na ordem de 8 bilhões de reais por ano na conta de todos os consumidores brasileiros, só para pagar pelo diesel que é queimado”

Kishinami, destaca ainda que  substituir esses motores a diesel por sistemas que são renováveis, modernos, e que ainda vão estar casados com a digitalização, terá um custo menor. 

“Essa diferença entre os custos, é dinheiro dentro do sistema que pode receber arranjos, como por exemplo, financiamentos para instalação e pagamento com o que é gasto com o diesel. São coisas que já estão presentes na economia atual e que podem ser usadas para fazer essa aceleração do acesso das pessoas à energia segura”.

O ICS olha  a sociedade civil como um fator de mudança para incentivar a transição energética.

“Uma prova disso é o Fórum de Energias Renováveis que atua em Roraima e que tem tido muito sucesso. A Amazônia inteira tem outras organizações que trabalham na mesma direção, e que estão reunidas num movimento coletivo que se chama Energia e Comunidades. Envolve tanto organizações da sociedade civil, pesquisadores de universidades, e parte do setor privado que estão interessadas e que contribuem para essa transição. É esse movimento que nós vemos como um fator de progresso e mudança para uma energia digitalizada e descarbonizada”.

Mudar é preciso, e as grandes potências mundiais voltam os olhos para esse tema. No início deste ano a Cúpula Mundial de Líderes pelo Clima discutiu a preocupação com a mudança climática mundial e as principais atitudes que devem ser tomadas nos próximos anos para melhorar a qualidade vida, dentre elas a transição energética a fim de promover a diminuição de gases do efeito estufa por parte dos países.

“Os grandes fundos de investimento que movimentam trilhões de dólares pelo mundo inteiro já definiram que não é na indústria de petróleo e gás que eles vão colocar dinheiro. Estão investindo em fontes renováveis, em projetos que signifiquem descarbonização, digitalização, descentralização e democratização”, destaca Kishinami, que falou também sobre o cenário local.

“Na Amazônia, o que eu vejo, é que falta construir esse grande projeto em cima desses pressupostos. Serve tanto para as comunidades remotas, como também para os grandes centros, e cidades como Manaus (AM) e Boa Vista (RR) onde existem grandes oportunidades através das renováveis. Se você constrói um programa desses para a Amazônia, esse capital que está pelo mundo encontrará interesse em investir nesse projeto com efeitos multiplicadores. Vai provocar um fluxo de investimentos para a Amazônia que pode ser de natureza industrial, de novos serviços, construção de grandes centros de tecnologia, e aproveitar  o potencial  da bioeconomia da região”.

Roberto Kishinami também destaca as principais mudanças a serem feitas para atender as demandas. “Precisamos começar pelo básico que é a infraestrutura, a energia e a digitalização. Sem essas coisas não existe indústria moderna. Essa é a base, e o primeiro passo em direção a esse programa de desenvolvimento para a Amazônia”, finalizou.

 

Por Thamy Dinelli (Assessoria de Comunicação Fórum de Energias Renováveis)

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COM ENERGIA SOLAR, COMUNIDADES ISOLADAS NA AMAZÔNIA GANHAM ACESSO À ÁGUA, EDUCAÇÃO E SAÚDE

Por Pedro Barbosa

 

Em comunidades de difícil acesso na Floresta Amazônica, a busca por abastecimento de energia elétrica pode ser bem complicada. Por não terem acesso à uma rede de distribuição, muitas dessas localidades dependem de geradores movidos a um alto consumo de diesel ou gasolina. Com isso, é necessária uma complexa logística para que o transporte do combustível ocorra constantemente.

Para reduzir os gastos com o consumo  e transporte de combustíveis, a Organização Não Governamental (ONG) Projeto Saúde e Alegria (PSA), que atende mais de 30 mil pessoas em diversas comunidades ao oeste do Pará, resolveu instalar sistemas fotovoltaicos isolados, que absorvem energia elétrica com uso de painéis solares.

Jussara Salgado, que é técnica em energia do PSA, conta que várias localidades já são contempladas com energia solar, seja com sistemas residenciais ou de uso coletivo. Com a tecnologia, foi possível facilitar a instalação de serviços públicos de saúde, dar melhores condições estruturais para ensino em escolas das comunidades e garantir bombeamento e abastecimento de água de forma contínua.

“Os sistemas fotovoltaicos ajudam os moradores a terem acesso à iluminação, meios de comunicação e internet, com diminuição significativa da emissão de gases de efeito estufa no processo de geração de energia. Além disso, ajuda a fomentar atividades econômicas”, complementa a profissional.

No âmbito residencial, duas comunidades foram beneficiadas: Carão, no ano de 2017, onde 21 casas foram atendidas; e a Aldeia de Arapiranga, em 2019, que até hoje já beneficiou 34 moradias. As instalações de sistemas fotovoltaicos residenciais visam atender basicamente à iluminação, televisores e rádios, carregamento de celulares ou equipamentos de baixa potência.

Outros sistemas são instalados para atendimento aos ribeirinhos de forma coletiva, que visam dar acesso a água, saúde, educação, comunicação e atividades econômicas.

Só desse tipo de instalação, são 30 sistemas comunitários para bombeamento de água, oito sistemas fotovoltaicos para acesso à internet (telecentros ou escolas), duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) atendidas com sistema para eletrificação e geladeira 24Vcc (voltagem em corrente contínua) e outras duas escolas atendidas com sistema para eletrificação e geladeira 24Vcc.

Antes das instalações ocorrerem, no entanto, o diálogo com moradores é fundamental para evitar desinformação e dúvidas sobre como o sistema fotovoltaico funciona.

“São feitas visitas e reuniões nas comunidades para levantamentos técnicos e esclarecimentos sobre o sistema. Durante as instalações os moradores são envolvidos no processo para que se familiarizem com a tecnologia, além disso recebem capacitação para o uso adequado e manutenção desses sistemas”, contou Jussara.

Nessas reuniões e capacitações, o resultado costuma ser não apenas produtivo, mas como também transformador para algumas das pessoas atendidas. “Permitir que as comunidades adquiram conhecimento sobre a tecnologia solar fotovoltaica desperta interesse nos jovens e adultos para uma futura atividade profissional na área”, salienta a técnica.

E para quem não vive em comunidade ribeirinha e gostaria de instalar um sistema fotovoltaico em casa, Jussara alerta que é primordial que se busque profissionais habilitados na área para que haja planejamento quanto ao dimensionamento, projeto, funcionamento e os equipamentos que serão necessários.

“No caso das comunidades, um conhecimento, mesmo que básico, sobre os sistemas fotovoltaicos isolados que serão implementados permite com que façam um bom uso da instalação, evitando danos aos equipamentos ou perda total do sistema”, pontuou.

 

Foto: Projeto Saúde e Alegria

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Projeto quer viabilizar de forma mais eficiente o fornecimento de energia elétrica nas comunidades da região Amazônica

Intitulado  “Mudando o modelo dominante de fornecimento de energia elétrica às comunidades da região amazônica: da escuridão às energias renováveis”,  o projeto tem como objetivo  levar energia limpa, sem interrupções de fornecimento e para todas as comunidades da Amazônia  trabalhando  a partir de projetos já existentes.

A consultoria do projeto é da Volt Robotics que  foi contratada pelo Instituto Clima e Sociedade (ICS), com apoio financeiro da Fundação MOTT e tem a participação do Fórum de Energias Renováveis. Quem deu detalhes desse trabalho foi o diretor Volt Robotics, Donato da Silva Filho.

Ouça a entrevista:

 

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Coordenador do Portfólio de Energia do iCS destaca a necessidade da transição energética na Amazônia

Nos últimos meses, o Instituto Clima e Sociedade promoveu uma série de encontros com o intuito de construir um campo temático entre organizações da sociedade civil para atuação na transição energética. O coordenador do Portfólio de Energia do iCS, Roberto Kishinami, falou da atuação da instituição para ampliar essa discussão na Amazônia.

Ouça a entrevista:

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Projeto visa levar energia sustentável para comunidades da Amazônia que ainda vivem na escuridão

A ideia é aprimorar projetos que já estão em andamento para acelerar a universalização da energia elétrica com o uso de fontes renováveis e, ainda, garantir a produção econômica em comunidades da Amazônia

Por Fabrício Araújo

 

Uma energia limpa, sem interrupções de fornecimento e para todas as comunidades da Amazônia é o que visa um projeto desenvolvido pela Volt Robotics, empresa de gestão e otimização no uso de energia e petróleo. A ideia é aprimorar projetos que já estão em andamento, mas que precisam ser acelerados.

A consultoria da Volt Robotics foi contratada pelo Instituto Clima e Sociedade (ICS), com apoio financeiro da Fundação MOTT e tem a participação do Fórum de Energias Renováveis de Roraima, .

O trabalho foi batizado de “Mudando o modelo dominante de fornecimento de energia elétrica às comunidades da região amazônica: Da escuridão às energias renováveis” e tem duração de seis meses. Comunidades indígenas, ribeirinhas e qualquer localidade da Amazônia em que não haja fornecimento de energia são possíveis alvos do projeto.

Conforme o Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), há cerca de um milhão de brasileiros sem acesso à energia elétrica. É estimado que 242 mil vivem em assentamentos rurais, comunidades indígenas, territórios quilombolas e unidades de conservação localizados em regiões remotas da Amazônia.

Segundo o diretor geral da Volt Robotics, Donato da Silva Filho, houve uma pesquisa para entender o que as comunidades pretendem fazer com o uso da energia e também um estudo de outros trabalhos similares que já estão em andamento, mas que precisam ser aprimorados. Agora, um piloto deve ser posto em prática em uma comunidade que ainda deve ser definida.

“Então, o que a gente está fazendo agora no projeto é dar uma regulamentação ao que existe. Estamos checando aquilo que as comunidades precisam e o que o Ministério de Minas e Energia está disposto a fazer, além de “como podemos acelerar este processo”, explicou Silva.

Ainda de acordo com o diretor geral, as comunidades ouvidas pretendem usar a energia principalmente para fins coletivos como conservação de peixes, abastecimento das escolas e galpões comunitários para atividades diversas que poderão ser desenvolvidas pelos moradores de cada região.

“Precisamos fazer de forma sustentável e com um sistema robusto, já pensando na manutenção. São áreas distantes, algumas de difícil acesso, e precisamos pensar: e se o sistema quebrar, vai ter alguém para consertá-lo facilmente? Então, pensando em toda a questão logística, precisa ser um sistema que não quebre”, pontuou.

Conforme a consultora da Volt Robotics, Juliana de Almeida Passadore, há comunidades que só são acessadas com locomoção de barco ou avião em viagens longas e muitas vezes cansativas. Além disto, há as diferenças culturais de cada comunidade, já que a finalidade do projeto promover o desenvolvimento de cada localidade com a ajuda de energias renováveis.

“Culturalmente são bem distintas também, com hábitos e necessidades únicos: algumas com vocação para o artesanato, algumas para a pesca ou extrativismo. Algumas possuem energia elétrica, ainda que de maneira precária, por poucas horas e em alguns locais, como escolas ou postos de saúde, e outras estão na escuridão”, disse.

Um dos exemplos de projetos que já estão em andamento – e que pode ser aprimorado pela ideia da Volt Robotics – é o Programa Mais Luz para a Amazônia, que é centralizado em na capacidade de ação das Distribuidoras locais e, segundo Passadore, garante o atendimento mínimo de energia elétrica.

“Nesse contexto, a universalização pode demorar até 10 anos. O nosso projeto busca ter um olhar diferente para essa realidade. A ideia não é desenvolver um programa novo, mas sim potencializar as iniciativas atuais e unir diversos agentes em prol das comunidades, que serão o centro do plano. Isso dará velocidade a universalização ao acesso à energia elétrica e proporcionará desenvolvimento social e econômico” afirmou.

 

Foto: Letícia Leite/ISA

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Evento virtual discutiu responsabilidades e desafios da transição energética na Amazônia; projetos para energia solar da UFRR, em parceria com o IEL / FÓRUM, foram apresentados

Dois projetos a serem desenvolvidos pelo curso de engenharia elétrica da Universidade Federal de Roraima (UFRR) sinalizam investimento em formação técnica e desenvolvimento em tecnologias que irão auxiliar o setor da energia solar no estado, e foram apresentados hoje (8) durante um evento virtual. O acordo de cooperação técnica para realização dos projetos foi firmado entre a UFRR e o Fórum de Energias Renováveis de Roraima, por meio do Instituto Evaldo Lodi (IEL).

Para o coordenador do Fórum – Alexandre Henklain – os projetos são importantes tanto na formação profissional dos acadêmicos do curso, para a pesquisa acadêmica e a inovação tecnológica nas empresas, quanto para vencer os desafios da inclusão e da transição energética na Amazônia.

“Os projetos abrem espaço para outras perspectivas do setor das energias renováveis. Temos desafios a serem vencidos na Amazônia, precisamos acelerar a transição energética nos sistemas isolados e buscar resultados para inclusão elétrica nas comunidades remotas. ”

Roberto Kishinami – coordenador do Portfólio de Energias do Instituto Clima e Sociedade – destacou que falar sobre transição energética é buscar soluções nas fontes renováveis para a redução de gases do efeito estufa. Além disso, responde ainda as demandas da sociedade por emprego e renda, e barateamento da energia a curto e médio prazos.

“Essa inciativa junto a UFRR é essencial para que os estudantes locais passem a atuar efetivamente e se apropriar das iniciativas no conhecimento técnico e cientifico. Mais um passo importante, e nós certamente continuaremos a apoiar através do Fórum de Energias Renováveis. ”

Entenda os Projetos

 Sob a gestão técnica da professora Drª Josiane Rodrigues um dos projetos tem como objetivo o desenvolvimento de um protótipo de medição de irradiância de baixo custo, para aferição do desempenho dos sistemas de geração de energia fotovoltaica (FV) instalados na cidade de Boa Vista, e formalização de boas práticas específicas para o bom desempenho dos sistemas.

Josiane destacou que além de desenvolver o protótipo, o projeto traz como benefício o crescimento e compartilhamento de conhecimento das pessoas envolvidas no estudo.

Assumindo uma gestão geral compartilhada no Acordo de Cooperação Técnica, o Fórum tem sua contrapartida no financiamento de 2 (duas) bolsas de estudo e de componentes eletrônicos e sensores; na disponibilização de estudos, propostas de Políticas Públicas; articulação no âmbito do fomento à geração de energia fotovoltaica, que contribuam para consecução dos objetivos propostos; e na disseminação dos resultados do projeto, visando ao fortalecimento da cultura das energias renováveis no Estado e na Amazônia.

Sob a gestão técnica da professora Drª Susset Guerra, o outro projeto visa a instalação, no prédio do laboratório do Departamento de Engenharia Elétrica da UFRR, de um sistema de geração de energia fotovoltaica de até 5 kW para fins de ensino, pesquisa e extensão, de forma a promover a aproximação da comunidade acadêmica com a tecnologia fotovoltaica, e a elevação do nível técnico das empresas locais que atuam no setor, assim como realizar atividades de pesquisa.

Susset destaca que a expectativa é que a UFRR faça parte da ampla comunidade de universidades federais que possuem em seus campos sistemas fotovoltaicos com contato direto com as tecnologias, o que é fundamental para incrementar a contribuição para a sociedade através da formação, da pesquisa e da extensão. Além disso, essa estrutura vai permitir a formação de engenheiros com uma visão mais prática e um domínio maior das energias fotovoltaicas.

“Queremos contribuir, como integrantes do Fórum, para a busca de soluções e formação de conhecimentos, contribuindo positivamente para acelerar a transição para uma matriz elétrica mais limpa na Amazônia”.

O Fórum, além de disponibilizar estudos, promover articulações e disseminar os resultados dos projetos, tem o compromisso de abrir canais para capacitação e aprimoramento profissional na área das energias renováveis; colaborar na elaboração da “cartilha sobre montagem e funcionamento do sistema fotovoltaico”, prevista como um dos produtos deste acordo; e de adquirir e repassar à UFRR os elementos componentes do sistema fotovoltaico que será desenvolvido.

 

 Por Thamy Dinelli/ Assessoria de Comunicação Fórum de Energias  Renováveis

Foto: Divulgação UFRR

 

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Projeto quer levar energia solar para quase um milhão de pessoas na Amazônia até 2023

Estima-se que quase 1 milhão de pessoas ainda não têm acesso à energia elétrica no Brasil, segundo o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). Praticamente toda essa população vive em locais de difícil acesso dentro da Amazônia Legal, que abrange a região norte do país mais os estados de Mato Grosso e Maranhão.

Levar eletricidade para comunidades ribeirinhas e indígenas é uma tarefa complexa, principalmente por causa da dificuldade de conduzir redes de energia de centros urbanos para a mata fechada. Porém, essa meta pode ser batida até 2023 com ajuda da energia solar.

É isso que garante o Projeto de Lei (PL) nº 4248/2020, de autoria do deputado federal Airton Faleiro (PT/PA), que quer disponibilizar recursos via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para empresas irem até essas localidades instalar sistemas de energia fotovoltaicos isolados, que dependem somente das placas solares para funcionar.

O PL atualmente aguarda parecer da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA), da Câmara de Deputados, e já provou que é viável em experiências feitas por Organizações Não Governamentais (ONGs).

Esse é o caso do projeto “Xingu Solar”, realizado pelo Instituto Socioambiental (ISA), que hoje beneficia 7,6 mil pessoas em 120 aldeias da Terra Indígena do Xingu (TIX), no estado do Mato Grosso. O engenheiro Marcelo Martins explica que a iniciativa iniciou como um experimento, em 2013, como forma de tornar comunidades menos dependentes de combustíveis para abastecer geradores de energia.

“Os geradores eram muito velhos e precários, viviam dando defeito. A rede toda era com fios inadequados, o que coloca a vida das pessoas em risco. Com essa orientação, entramos em diálogo com as comunidades para pensarmos em uma alternativa que fosse durável, e foi aí que começamos a instalar placas solares”, contou.

A ideia agradou as comunidades. Segundo levantamento da IEMA feito em 2019, 96% dos contemplados pela energia fotovoltaica na TIX preferem essa forma de abastecimento, ao invés de gerador a óleo diesel. Os motivos são vários: a energia solar não emite ruídos característicos de motores, são de manutenção mais fácil, contam com maior durabilidade, não são dependentes de partes móveis e, claro, dispensam gastos com gasolina ou diesel.

Marcelo salienta que energia elétrica é fundamental em comunidades indígenas, pois agiliza atendimentos de saúde, melhora a educação em escolas, e garante maior segurança por viabilizar comunicação com autoridades caso esses lugares sejam invadidos por garimpeiros e madeireiros ilegais.

“As mulheres, por exemplo, prezam por um ralador de mandioca para ganhar tempo em seu dia. Professores querem computador para fazer pesquisa e ensinar melhor seus alunos. Um artesão ou alguém construindo uma casa quer uma ferramenta elétrica, pois adianta muito o trabalho dele. […] Na saúde, faz muita diferença as pessoas não precisarem se deslocar da comunidade para ter acesso a um inalador, por exemplo. Também é importante para conservação de vacina, acesso à água, comunicação”, explicou.

Outra iniciativa bem-sucedida vem de ações do projeto Saúde e Alegria, que instalou placas solares nas comunidades Carão e Aldeia da Arapiranga, na região oeste do Pará, e capacitou comunitários para terem conhecimento de como instalar e manusear sistemas fotovoltaicos.

O coordenador geral do Saúde e Alegria, Caetano Scanavinno, aponta que a energia solar é uma forma de garantir desenvolvimento econômico de comunidades sem que haja perda de cultura ou tradições ligadas à preservação do meio ambiente.

“Sistema de abastecimento de água, rádios comunitárias, ecoturismo, aprimoramento de escolas, melhora de vendas de produtos feitos pelos indígenas. Energia é fundamental tanto para o uso social quanto para a questão econômica”, frisou.

Mas para que haja sucesso na implementação da energia solar, um fator importante a ser considerado é a divulgação. Isso é destacado pela Giorgiana Freitas Pinheiro, representante da empresa Equatorial, distribuidora de energia no Pará.

A empresa faz parte do programa Mais Luz para a Amazônia, iniciado pelo Ministério de Minas e Energia em 2020. No Pará, o objetivo é levar eletricidade solar a 11 mil residências ribeirinhas até 2022.

Giorgiana conta que como a energia solar é inédita para os moradores, é preciso que as populações ribeirinhas e indígenas sejam conscientizadas sobre o que é energia solar e quais suas propriedades. Assim, será possível evitar desinformações que possam criar resistência de famílias à tecnologia.

“Parte das famílias ainda não aceita a solução [energia solar] porque existe uma visão de que a energia boa é aquela que vem da rede. Então não é que haja um pensamento contrário à energia renovável, o que há é a falta de informação sobre o que ela é e como funciona. Por isso, fazemos trabalhos e ações sociais para estreitar relacionamentos com as comunidades, muitas vezes até com parcerias de prefeituras”, contou.

Por Pedro Barbosa

Foto: Jussara Batista/Projeto Saúde e Alegria

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“É uma tendência e uma necessidade”, diz engenheiro sobre investimento em energias renováveis

Investir em energia renovável é mais que uma necessidade econômica. É também uma necessidade do planeta e uma tendência global, ainda mais quando a iniciativa parte do poder público. A análise é do engenheiro eletricista e membro do Fórum de Energias Renováveis, Cristiano Bessa, que participou do Webinar “Política Energética Municipal” nessa terça-feira (25). Evento apresentou guias sobre o investimento.

O encontro foi realizado pelo Instituto de Energia e Desenvolvimento Sustentável (Inedes) em parceria com o WWF-Brasil, organização reconhecida mundialmente pela luta contra a degradação socioambiental.

“O que todo mundo sabe, mas não custa reforçar, é que o próprio planeta agradece os investimentos em energias renováveis em escala mundial. Não é só pelo fator econômico, é uma tendência e uma necessidade. É fundamental que estas ações entrem no planejamento de políticas públicas de todos os municípios, estados e do país. Precisa ser uma política permanente”, afirmou o engenheiro que atua há 22 anos nas áreas de energia elétrica e de transmissão e geração de energia.

Foram apresentados dois guias a fim de orientar gestores públicos na consolidação de programas energéticos próprios. Ainda conforme Bessa, o guia auxilia os projetos que necessitam de uma iniciativa política e um marco legal para serem postos em prática.

Intitulado de “Concepção e Institucionalização de Políticas Energéticas”, o primeiro guia auxilia administrações estaduais e municipais sobre a parte jurídica das Políticas Energéticas (PE’s). Também demonstra quais são as áreas estratégicas para desenvolver ações de Políticas Energéticas.

Enquanto o segundo guia, batizado de “Instrumentos para Internalização de projetos Energéticos Sustentáveis”, trata do Sistema de Registro de Preços e das parcerias público-privadas que podem ser estabelecidas.

A ex-prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB), também participou do webinar sobre Políticas Energéticas. Segundo o município, a capital se tornou referência na produção de energia solar. Os investimentos iniciaram em 2017.

Até dezembro de 2020, a cidade contava com sete usinas fotovoltaicas, que abasteciam a comunidade indígena Darora, um terminal de ônibus, um Mercado Municipal São Francisco, o próprio prédio da prefeitura, o Palácio 9 de Julho, além de outros prédios, como o Teatro Municipal.

“É bastante importante para qualquer liderança política que queira ter em sua base de projetos de políticas públicas conhecer todo este projeto. O case da prefeitura de Boa Vista é um sucesso e pode servir de exemplo e ajuda a conhecer a parte técnica”, pontuou o engenheiro.

Quando as residências, empresas ou prédios públicos passam a trabalhar com a energia solar, há duas modalidades em que podem se encaixar: on grid e off grid. Ambos os casos são variantes da geração distribuída.

No on grid, o gerador de energia solar compartilha a produção com a rede distribuidora e no fim de cada mês é feito um cálculo, que determina se o gerador tem crédito para ser abatido do consumo futuro.

Na modalidade off grid, não há compartilhamento com a rede de distribuição energética. Nesses sistemas as sobras de energia são armazenadas em baterias de carga para serem usadas a noite ou em momentos de falha de suprimento.

 

Projeto para iluminação pública

 

O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) lançou a terceira chamada pública do Procel Reluz, que oferta cerca de R$ 65 milhões para investir em projetos para tornar eficiente a iluminação pública. Acesse a chamada aqui.

https://eletrobras.com/pt/Paginas/Chamada-Publica-Procel-Reluz.aspx

As inscrições iniciam na próxima segunda-feira (31). Podem participar gestores municipais e profissionais da área de conservação de energia. A chamada de 2021 prioriza os projetos municipais que têm como foco a iluminação com tecnologia de LED.

O Procel, que é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e operacionalizado pela Eletrobrás, também anunciou uma ferramenta de Educação à Distância (EAD) voltada qualquer pessoa que visa a capacitação profissional para atuar em iluminação pública, além de servir de apoio técnico para municípios.

 

Por Fabrício Araújo