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Consórcio esclarece dúvidas a respeito da viabilidade da Usina do Bem Querer

O consórcio formado pelas empresas Walm Engenharia e Tecnologia Ambiental e Biota Projetos e Consultoria Ambiental, contratado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para fazer os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental da Usina Hidrelétrica do Bem Querer explicou que todo o processo está na etapa de estudos e tem como objetivo verificar se o empreendimento é viável ou não.

De acordo com Natasha Sodré, da EPE – Empresa de Pesquisa Energética, coordenadora dos EIA/RIMA da UHE Bem Querer, estudos e levantamentos estão sendo realizados e esses vão validar a localização e as técnicas construtivas propostas pelos engenheiros, e também aprofundar as avaliações para definição do custo do projeto, os impactos e seus benefícios. Quem vai definir se esse projeto é ou não viável do ponto de vista ambiental vai ser o órgão licenciador, que nesse caso é o Ibama.

Natasha Sodré explica que é o Ibama quem solicita a elaboração de um estudo específico, chamado de estudo de impacto ambiental, que é realizado para identificar os impactos causados pela construção e operação da hidrelétrica e também para apresentar as medidas necessárias para evitar mitigar e ou compensar esses impactos.

A coordenadora esclarece que esse consórcio é composto por diferentes profissionais como engenheiros, biólogos, sociólogos, antropólogos e geógrafos e eles vão desenvolver esses estudos e buscar responder as perguntas feitas pelo Ibama para que depois de tudo pronto o órgão possa identificar se existe ou não viabilidade para a construção da hidrelétrica.

Natasha explica que as empresas vêm realizando uma série de pesquisas para identificação de informações existentes na região, a fim de coletar dados diretamente no campo. Também vem realizando entrevistas e oficinas para identificação dos aspectos físicos e naturais, como os tipos de solo, recursos hídricos, plantas e animais, além de questões sociais, econômicas e culturais que são relevantes para região do estudo onde se pretende implantar a hidrelétrica. Essas informações serão utilizadas para o conhecimento prévio dos especialistas e vão servir de base para etapa da avaliação de impacto, proposição de programas socioambientais, entender como que funciona essa dinâmica local, incluindo fragilidades e potencialidades da região.

“É muito importante para a gente compreender os impactos e também as ameaças e oportunidades que poderão estar associados à chegada do empreendimento. Assim, desde o início dos estudos foi estabelecido um contato direto com a população e esse contato foi feito não só através das entrevistas realizadas, mas também através do plano de comunicação e relacionamento com a sociedade. Foi por meio desse plano que foi instalado o escritório local do Consórcio em Boa Vista, para atendimento e esclarecimento de dúvidas. Também foi desenvolvido um site na internet para disponibilizar informações sobre o projeto e o andamento dos estudos. Tudo que está sendo feito em termos de reuniões informativas e oficinas com representantes da população local é divulgado por meio desse site”, adiantou a coordenadora.

Outro fator importante nesse período do processo, segundo Natasha Sodré, é a participação da população no processo durante as oficinas de diagnóstico participativo que estão sendo realizadas desde o ano passado nos seis municípios localizados na área de influência do projeto. Já participaram representantes do poder público, de associações de universidades e isso possibilita uma troca de conhecimento muito maior sobre a região e agrega ao trabalho técnico o conhecimento e a opinião da população local.

Ela explica que o processo está na fase de conclusão dos levantamentos de campo que foram planejados para durar 12 meses. Devido a pandemia causada pelo covid-19 algumas atividades tiveram que ser suspensas para atendimento das recomendações do Ministério da Saúde, dos Estados e Municípios, visando o combate da pandemia. “Então a previsão atual é a de que os levantamentos sejam concluídos apenas do 2º Semestre de 2021 e isso ocorre porque alguns estudos precisam que os levantamentos sejam realizados em períodos específicos do ciclo hidrológico, como cheia, vazante, enchente e seca do Rio. Concluída essa fase de levantamento de campo em 2021, são estimados outros 12 meses para consolidação e análise de todos os dados, elaboração da versão final do estudo de impacto ambiental e isso está previsto para ocorrer no final de 2020 até o início de 2023”.

Outro estudo que também tem que ser realizado no licenciamento ambiental da usina é o do componente indígena, tendo em vista a especificidade do tema. Para isso, esclarece Natasha, contratou-se outra empresa para execução desses estudos ambientais. “No entanto, ainda não houve oportunidade para apresentação do plano de trabalho para as comunidades indígenas, pois o agendamento dessas reuniões deve ser realizado pela Funai e somente após a realização das reuniões e mediante a obtenção da autorização dos indígenas para entrada nas suas terras é que os levantamentos de campo poderão ser iniciados”.

Depois de pronta A UHE do Bem Querer vai ser conectada à subestação Boa Vista e depois ao Sistema Interligado Nacional, por meio da linha de transmissão Manaus Boa Vista. A coordenadora explica que esses dois projetos apresentam sinergia e contribuem para aumentar a confiabilidade e segurança no atendimento da demanda de energia em Roraima. Isso ocorre porque a usina será uma fonte de energia firme, na ponta de um sistema do linhão Manaus Boa Vista.

Além disso, mesmo que o fornecimento de energia do linhão seja interrompido, a UHE do Bem Querer vai ter a capacidade de suprir a demanda de energia do Estado de maneira integral na maior parte do ano e parcial no período seco por se tratar de uma fonte renovável de energia.

Natasha Sodré afirma que Bem Querer emitirá menos gases de efeito estufa e terá um custo de produção de energia mais barato que as demais fontes de energia firme, como as usinas térmicas a óleo, por exemplo.

A coordenadora ressalta que a UHE do Bem Querer terá capacidade de produzir 650 MW de energia o que serão suficientes para abastecer aproximadamente 1.400.000 residências. A geração varia de acordo com o período do ano, pois há anos mais secos, e como a bacia do Rio Branco está localizada na margem esquerda do Rio Amazonas, a usina vai atingir sua capacidade máxima de produção de energia nos períodos em que as outras usinas hidrelétricas em operação no Brasil vão enfrentar período de seca, ou seja, elas vão estar com sua capacidade de geração de energia reduzida.

Segundo Natasha, essa alternância no período de produção de energia entre as usinas traz benefícios para o sistema elétrico nacional, para o meio ambiente e também para a sociedade, porque ela vai reduzir a necessidade de acionamento de usinas térmicas para atendimento à demanda de energia nesses períodos mais secos, o que por sua vez vai implicar em menores custos de geração de energia e também menos emissões de gases de efeito estufa.

Outra informação importante sobre a Usina Hidrelétrica Bem Querer, continua, é que ela está planejada para operar a fio da água, que significa que o reservatório não tem capacidade de guardar água de um período de cheia para gerar energia em um período de seca como ocorre nos reservatórios de acumulação. Em Bem Querer a água que chegar ao reservatório vai passar pelas turbinas e vai continuar seu curso rio abaixo. Dessa forma, a capacidade de geração de energia desse empreendimento vai ser proporcional à quantidade de água disponível no rio, ou seja, ele vai variar ao longo do ano, sendo maior no período de cheia, mais água mais geração, e menor no período de seca.

Natasha Sodré conclui informando que o projeto está na fase de levantamento de campo e de informações para elaboração do diagnóstico socioambiental e que a fase de avaliação de impactos ambientais e sociais vai ser na sequência. Somente após a finalização desses levantamentos é que vai ser possível fazer uma avaliação mais embasada dos impactos que o empreendimento terá sobre os componentes ambientais e sociais, e isso acontece porque apesar dos principais impactos gerados por uma hidrelétrica serem conhecidos como a atração populacional durante as obras e a perda de vegetação causada pela formação do reservatório, a intensidade e a abrangência desses impactos vão variar de acordo com a região onde os projetos serão implantados.

“Por isso é importante realizar um estudo de impacto ambiental para caracterização da região e também para quantificar e qualificar os impactos, como o número de pessoas e atividades econômicas afetadas pelo empreendimento quando concluído. O estudo também irá indicar as ações necessárias para reduzir ou compensar esses impactos”, finalizou.

Por Nei Costa

Foto – Divulgação

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ABEERR realizou seminário para conhecer o projeto de instalação da Usina Hidrelétrica do Bem Querer

A Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas de Roraima tem buscado acompanhar de perto o projeto de instalação da Usina Hidrelétrica do Bem Querer. A Presidente da ABEERR, Conceição Escobar, contou pra gente que uma das ações realizadas foi um Seminário com a participação da Empresa  Pesquisa Energética  para a apresentação do projeto.

Ouça a entrevista:

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Procurador de Justiça vê com preocupação a construção da hidrelétrica do Bem Querer

O Fórum de Energias Renováveis de Roraima dá continuidade ao debate a respeito da construção da Usina Hidrelétrica do Bem Querer, abrindo espaço para atores de vários segmentos. Na entrevista de hoje, o procurador de Justiça e professor Doutor da Universidade Estadual de Roraima, Edson Damas, fala a respeito dos estudos e levantamentos que fez. Ele vê com preocupação a obra e afirma que todo esse processo deve ser estudado com muita atenção para evitar que outros “elefantes brancos” sejam erguidos com dinheiro público.

Segundo o procurador, os estudos que fez e o conhecimento que tem a respeito da Usina de Bem Querer são advindos das demandas no Ministério Público de Roraima, uma vez que logo depois do anúncio da obra, representantes de povos indígenas da região e de comunidades ribeirinhas que se sentiram ameaçados com a construção da UHE do Bem Querer e demonstraram que eram totalmente contra a obra.

“Inclusive eles listaram alguns impactos diretos sobre seus território, principalmente no que diz respeito à pesca e também à caça. Por isso, essas lideranças indígenas incitaram o Ministério Público para acompanhar esses estudos. Com relação aos benefícios da obra, honestamente eu não vejo nenhum”, adiantou Damas.

O professor lembra que há projetos alternativos aprovados e cita a instalação, no Sul do Estado, da implantação da usina de biomassa na geração de energia. Ele explica que esse projeto já está em execução e que o Linhão de Tucuruí já está em vias de ser liberado, aguardando apenas passar esse momento da pandemia para que haja autorização do povo Waimiri/Atroari para que a obra passe por suas terras.

“Eu tenho acompanhado essa discussão há mais de dois anos e eu penso que não haverá dificuldade nenhuma para a aprovação do linhão de Tucuruí. Então eu não vejo, assim, benefício nenhum para Roraima no que diz respeito à segurança energética do Estado. Temos outras fontes alternativas”, disse.

Edson Damas acredita em há muitos malefícios em relação a construção do Bem Querer. Primeiro, continua, trata-se de uma área turística com grande potencial, de uma beleza paisagística indescritível e isso é protegido por lei. Para ele, haverá problema de legalidade para início da obra, se ocorrer. Outro aspecto levantado, é que será formado um lago muito grande, com pouca geração de energia.

“Então essa é outra questão que tem que ser estudada. Uma área alagada de grandes proporções para pouca geração de energia. Nós temos duas épocas no ano, a das chuvas e de seca, que é mais potencializada. Então vai chegar um período que ninguém sabe se vai suprir as necessidades do Estado. Além do mais, o grande impacto que vai ocorrer sobre o Rio Branco vai interferir diretamente sobre as terras indígenas e comunidades ribeirinhas. Com certeza a dinâmica de vida desses povos será transformada”, define.

O procurador de Justiça lembra outros projetos que ele considera desastrosos como é o caso da Usina de Balbina, no Amazonas. Damas afirma que essa obra ainda é um grande desastre para o território amazônico, pois é uma área alagada imensa com pouquíssima geração de energia. Ele garante que trata-se de um prejuízo imenso para o povo brasileiro e, principalmente para os Wairimi/Atroari, uma vez que parte do seu território foi alagada.

“Inclusive, essa discussão a respeito de Balbina é objeto de uma Ação Civil Pública na Justiça Federal do Amazonas, onde o Ministério Público Federal requer que seja reconhecida a invasão do lago de Balbina sobre o território dos indígenas. Se isso realmente for reconhecido judicialmente, vai gerar um custo muito alto de indenização para União Federal e vai aumentar o prejuízo de todos os brasileiros. “Por isso, nós temos que aprender com isso e não reproduzir esse tipo de projeto na Amazônia”.

Damas afirma que caso o projeto tenha continuidade, as consequências serão imprevisíveis, uma vez que outros empreendimentos executados na Amazônia estão eivados de irregularidades e muitos processos judiciais já estão em andamento;

O procurador cita como exemplo as hidrelétricas de Belo Monte, Santo Antônio e Jirau. Ele explica que são processos internacionais e internos, pois todo o volume de dinheiro gasto está envolto de denúncias de desvios e muitas investigações estão em andamento, inclusive com condenações.

O professor Edson Damas lembra que Roraima tem um alto potencial para energias renováveis, como a eólica, biomassa e solar, mas mesmo assim as autoridades insistem em grandes construções na Amazônia. “Roraima é reconhecido como estado com grande potencial eólico, mas também de energia solar. Hoje o mundo todo está investindo muito nesse tipo de geração de energia limpa e abandonando essas obras de grande porte”.

O procurador e professor universitário, Edson Damas, conclui afirmando que na opinião dele, a obra é totalmente desnecessária. “Estamos na iminência de aprovar a construção do linhão de Tucuruí, temos a construção de novas usinas geradoras, por meio da biomassa, por exemplo, e temos investidores para geração de energia limpa. O Brasil não pode repetir os erros do passado como Balbina, Belo Monte e Santo Antônio e Jirau. Nós devemos explorar as potencialidades do nosso Estado de forma sustentável”, concluiu.

Por Nei Costa

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Movimento Puraké é contra a construção da UHE do Bem Querer

Nas últimas semanas o Fórum de Energias Renováveis de Roraima vem promovendo um amplo debate a respeito da possível construção da Usina Hidrelétrica do Bem Querer, no rio Branco.

A intenção do Fórum e mostrar todos os prós e contras do projeto, abordando temas como produção de energia, geração de empregos e que tipo de impactos ambientais o projeto pode gerar em Roraima.

O Movimento Puraké é uma organização criada em 2012 por um grupo de pessoas da sociedade civil e especialistas ligados à academia, bem como representantes de comunidades ribeirinhas e indígenas.

Bruno de Campos Souza, biólogo, mestre em recursos naturais é um dos coordenadores do Movimento Puraké. O grupo se mostra totalmente contrário ao empreendimento do Bem Querer, e afirma que os prejuízos causados pela construção serão bem maiores que os benefícios.

“O nosso objetivo é contribuir com essa discussão do futuro energético do Estado de Roraima. O surgimento do Movimento ocorreu em 2012, quando foi convocada uma reunião pela Empresa de Pesquisas Energéticas, ligada ao Ministério de Minas e Energia. A EPE convidou uma série de órgãos ambientais das esferas estadual e federal para que fosse apresentado o início do licenciamento da usina hidrelétrica e nesse momento todos foram pegos de surpresa, pois ninguém sabia do andamento do licenciamento, nem sabia do projeto e nem o conhecia profundamente”, lembrou;

Bruno explica que após o término dessa reunião surgiu a necessidade de reunir um grupo de pessoas para criar um movimento que se chamou Puraké, porque tem esse mote de ser um choque de informação. “Então a ideia era realizar eventos e parcerias que pudessem trazer o tema da usina hidrelétrica do Bem Querer, além de apresentar alternativas. E aí então surgiram diversos eventos com parceiros como a Diocese de Roraima, a Universidade Federal de Roraima, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Fiocruz, Ministério Público, Federação das Colônias dos Pescadores e entidades relacionadas ao tema”, disse o coordenador.

Segundo Bruno, a ideia do movimento é conhecer profundamente o projeto, realizar estudos comparativos com outros projetos hidrelétricos na Amazônia e depois poder divulgar para a sociedade o que irá acontecer se essa hidrelétrica for construída e também pensar em alternativas.

Ele explica que o Movimento Puraké se debruçou nos estudos, fez levantamentos comparativos com outros projetos hidrelétricos e identificou que Bem Querer é o pior projeto, em relação à eficiência energética do Século 21.

“A gente afirma isso com base nos dados da própria Empresa de Pesquisa Energética, do Ministério de Minas e Energia. Como se define a eficiência energética de um projeto hidrelétrico: é em função da área alagada, relacionada com a energia gerada. Quando você tem uma grande área inundada como é o caso desse projeto, que são 560 km quadrados, e uma geração de energia muito pequena, que na época da seca, por exemplo, vai atender apenas a metade da demanda energética do Estado, a gente entende que esse projeto não é interessante do ponto de vista da eficiência energética. Ele não atende a demanda do Estado durante o ano todo, e durante uma parte do ano ele vai apenas atender a metade da demanda. Então isso faz com que indústrias e outros segmentos da economia não o entendam como uma fonte segura que possa garantir o desenvolvimento do Estado”, esclareceu.

Bruno afirma que a usina também vai ocasionar uma série de problemas socioambientais irremediáveis e muito semelhantes ao que vem acontecendo no entorno, por exemplo, das hidrelétricas de Belo Monte no Pará das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau em Rondônia. “Então aqui deve acontecer a mesma coisa e a gente afirma, em razão desses problemas socioambientais, que não é possível conciliar a construção da usina hidrelétrica do Bem Querer com a conservação do Rio Branco e sua bacia hidrográfica”.

O biólogo afirma, também, que a bacia do rio Branco drena mais de 90% da área de todo Estado e quando tem uma hidrelétrica no curso médio desse rio o que está acima, cerca de 150 km, passando pela cidade de Boa Vista, vai virar um reservatório, um lago de água parada ou quase parada.

“Então todos os processos ecológicos de um antigo rio que tinha correnteza, que tinha corredeira, que tinha praias, que tinha uma série de drenagens menores desaguando nesse rio, serão afetados. Então a gente não vai ter mais esse tipo de curso hídrico funcionando. Vai ser um reservatório em um lago”, definiu o coordenador do Movimento.

Para o Movimento Puraké, os impactos em Roraima serão semelhantes ao que ocorreu em Rondônia, Santo Antônio e Jirau e também na hidrelétrica de Belo Monte. Os impactos são muito semelhantes. “Por exemplo, essa hidrelétrica de Belo Monte tem um reservatório quase que do mesmo tamanho desse projeto da hidrelétrica do Bem Querer. Só que a hidrelétrica do Bem Querer vai gerar 20 vezes menos energia. Então se imagina que se pelo menos essa hidrelétrica fosse eficiente do ponto de vista da energia, as outras questões podiam ser reconsiderados”.

Bruno garante que muito importante que se comece a pensar em alternativas, uma vez que o Estado oferece alternativas. Ele lembra que Roraima comumente é chamado de a Terra do Sol e dos ventos, e o mapa eólico brasileiro, divulgado pela EPE, mostra que Roraima demonstra que existe viabilidade na geração solar e eólica.

“Roraima também é a última fronteira agrícola. A gente tem percebido o quanto essa atividade tem crescido. Então, os restos, a sobra do que é produzido depois da colheita, podem ser utilizados como uma geração de energia, através da biomassa. Consorciadas essas três possibilidades, a gente teria pelo menos três hidrelétricas do Bem Querer. Conservando o Rio Branco a gente mantém as atividades de pesca, mantemos a atividade do turismo, relacionado a observação de aves, a observação da natureza aos passeios, etc.. A gente garante o lazer das pessoas com as praias e banhos, que é como as pessoas de fazer na época do verão”.

Bruno finaliza afirmando que se essa hidrelétrica for construída, durante 12 meses ela vai ficar com o nível quase como na sua cheia total e acaba com uma coisa importantíssima no rio que se chama pulso de inundação, que é o que o rio faz quando ele seca e quando ele enche.

Com a hidrelétrica, continua Bruno, esse pulso de inundação ficará regulado por um homem que aperta um botão e decide a hora que a comporta vai ser fechada ou aberta, para que a água flua.

“Então a gente precisa identificar uma série de informações Dizem que a hidrelétrica é a fio d’água e que não vai causar Impacto algum. A água vem e passa pela turbina e vai embora como se nada tivesse acontecido. De Boa Vista até Caracaraí o desnível é de 15 metros. Essa principal barragem que vai ser construída nas corredeiras do Bem Querer vai criar um reservatório de 150 km de extensão em uma área de 560 km quadrados. Isso é muito grave e vai trazer impactos sérios às comunidades indígenas, vai afetar também unidades de conservação mesmo que indiretamente e vai trazer problemas abaixo dessa barragem”.

A proposta do Fórum de colocar esse tema em debate foi elogiada por Bruno. Ele afirma que é necessário ouvir a sociedade para buscar alternativas. “O Fórum abre uma grande oportunidade, pois é bastante eclético no sentido de ter a parceria de grupos diferenciados de pessoas, de trazer para o debate não são os ambientalistas, os indigenistas ou pessoas que normalmente se preocupam com o meio ambiente,  mas trazer empresários do agronegócio, indústrias, investidores, pessoas que estejam preocupadas com o futuro econômico do Estado, porque tratra-se de um projeto que vai acabar destruindo um rio, o principal do Estado de Roraima e que não vai atender as demandas. Então, quando as pessoas realmente conhecerem o projeto, elas poderão se manifestar a ter suas opiniões”, concluiu Bruno.

Confira o vídeo produzido pelo Movimento Puraké

Por Nei Costa

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Fórum de Energias Renováveis de Roraima abre espaço para diálogo sobre o projeto de instalação da Usina Hidrelétrica do Bem Querer

O projeto de instalação da Usina Hidrelétrica do Bem Querer vem sendo discutido pelo Fórum de Energias Renováveis de Roraima. O coordenador Alexandre Henklain explicou que a proposta é informar a sociedade civil sobre o projeto da Hidrelétrica Bem Querer, o que ele representa e quais são os seus possíveis impactos ambientais, sociais e econômicos. Para isso, estão sendo ouvidos especialistas, ambientalistas e dirigentes de entidades governamentais, bem como representantes da sociedade em geral.

Ouça a entrevista:

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Fontes de energias renováveis serão tendência de investimento pós pandemia

Os impactos pós pandemia do coronavírus já têm sido motivo de discussões no setor elétrico que, assim como em outras áreas, está enfrentando desafios e vai precisar de mais investimentos. Durante um seminário online que discutiu perspectivas para o setor elétrico no pós-pandemia da Covid-19, Carlos Quintella, diretor da Fundação Getúlio Vargas Energias, disse que houve uma queda de 14% no consumo de energia. Já no Mercado Livre, que é o ambiente em que o consumidor negocia o preço da sua energia diretamente com os agentes geradores e comercializadores, a redução foi ainda maior, 18%. “Essa redução foi impulsionada pelo baixo consumo principalmente no setor industrial, shoppings e setor de serviço”, destacou. O diretor da FGV Energias disse ainda que a economia baixou também em 13% no Ambiente de Contratação Regulada (ACR), mais conhecido como mercado cativo. A queda é menor por causa da continuidade do consumo na classe residencial.

Para os consumidores residenciais a energia elétrica está mais cara, e o momento pândemico tem dificultado o pagamento em dia desse serviço. André Pepitone, diretor- geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) diz que a agência está articulando ações para não prejudicar os clientes. “Temos ciência que o consumidor de energia elétrica está sem condições de absorver novos aumentos na conta de energia. Essa crise não tem origem no setor elétrico, mas nos afeta em grande medida. Estamos ouvindo todo o segmento para que possamos tomar a melhor decisão”, frisou. O aumento da inadimplência tem sido um dos desafios para a Aneel, que precisa movimentar o fluxo de caixa e o capital de giro do setor elétrico brasileiro. O diretor destaca ainda que o preço de Liquidação das Diferenças (PLD), está num patamar mínimo, em pouco mais de R$ 40,00 reais, o que tem reflexos no segmento de distribuição de energia. “Os contratos estão sendo liquidados com preços inferiores aos dos contratos.  Temos um risco de a insolvência da distribuição afetar o segmento de geração e transmissão, causando inadimplência em toda a cadeia”, pontou o diretor da Aneel.

A Aneel tem anunciado medidas para investimento no setor energético durante e pós pandemia, para minimizar os impactos na tarifa dos consumidores. “O que desejávamos primeiro era um aporte do Tesouro Nacional de maneira mais efetiva, mas nós conseguimos apenas R$900 milhões de reais para o baixa renda, e já tivemos uma sinalização que não há mais como o Tesouro aportar recursos no setor elétrico. Nós não vamos realizar os leilões de energia existentes, considerando o mercado que reduziu bastante”, frisou.

As distribuidoras de energia são garantidoras da arrecadação de toda a cadeia do setor elétrico, por isso a Aneel tem concentrado esforços para a flexibilização de parâmetros regulatórios, avaliação de políticas públicas e de repasse de recursos para a mitigação da inadimplência e da redução de mercado. Para o pós-crise o diretor da Aneel disse que a primeira agenda é reconhecer o esforço que o Mercado Livre tem feito na negociação de contratos, e abertura gradual do mercado. “Temos que avançar para que o consumidor de baixa tensão possa ir para o ambiente livre”, disse.

A Aneel destaca também o crescimento do Mercado Livre. “De 2016 a 2019, 18.107 consumidores migraram. Só em 2019 houve um aumento no pedido de outorgas, foi o “boom” com 9.815 megawatts em grande medida usinas eólicas e usinas solares. Até então, somente as eólicas comandavam o Mercado Livre e agora também começam outorgas para usinas solares” pontuou Pepitone. A ampliação sustentável micro/minigeração (geração distribuída) com a energia solar passa a ser uma realidade com 298 mil consumidores no Brasil recebendo crédito de geração distribuída com potência instalada de 2.800 megawatts.

De acordo com o consultor do Fórum de Energias Renováveis (RR), Ricardo Lima, haverá uma sobre oferta de energia até que a economia se recupere, especialmente no Sistema Interligado Nacional. Isso pode durar de dois a três anos. “Os investimentos em expansão do sistema devem atrasar, mas poderá haver uma consolidação com fusões e aquisições de empresas de geração, especialmente as de fontes renováveis (solar e eólica). Estas, que estavam apostando no Mercado Livre, que estará sobre ofertado com preços baixos, terão dificuldades para honrar os financiamentos, se não estiverem ligadas a grupos extremamente fortes” destacou.

Pós pandemia ele vê a tendência no aumento pela procura das energias renováveis. “Com essa crise, o consumidor percebeu a importância da energia. E as soluções que o Governo está encontrando para socorrer o setor elétrico apontam para que o consumidor pague mais, assumindo os custos desse socorro às empresas do setor. Isso levará a um maior crescimento, ou procura, pelas soluções de geração própria de energia pelo consumidor, ou da geração distribuída”, frisou. Para Ricardo, deverá aumentar também o investimento em automação das redes e da operação do sistema, seja de transmissão, seja de distribuição de energia.

 

Fonte: Aneel

Foto: Aneel

Por Thamy Dinelli

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Presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas opina sobre a construção da Usina Hidrelétrica do Bem Querer

A presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas de Roraima (Abee-RR), Conceição Escobar, também deu sua opinião sobre a construção da Usina Hidrelétrica do Bem Querer, no município de Caracaraí em Roraima.

Conceição explicou que Roraima, hoje, é dependente de fontes energéticas externas, em especial do óleo diesel para a produção de energia elétrica, considerada uma das fontes mais caras e poluentes.

Ela lembra que como o Estado se encontra isolado do SIN-Sistema Interligado Nacional, não tem possibilidade de adquirir energia de outros sistemas. “Com o resultado do Leilão para Suprimento a Boa Vista e localidades conectadas, realizado em 31 de maio de 2019, outras fontes foram consideradas, como o gás natural, o biodiesel e a biomassa, sendo essas, soluções para o curtíssimo prazo. Para médio e longo prazo, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) considera o aproveitamento do potencial do Rio Branco, localizado na Cachoeira do Bem Querer, com potência instalada de 650 MW, abrangendo os municípios de Caracaraí, Iracema, Mucajaí, Cantá, Bonfim e Boa Vista”.

Conceição afirma que se for considerar a possibilidade dos impactos à jusante, envolveria também o município de Rorainópolis, além de Caracaraí no baixo Rio Branco.

Para ela, do ponto de vista do balanço energético, com esse empreendimento, a dependência externa “deixa de existir” e Roraima seria exportador de energia. “Porém, para avaliar a viabilidade socioambiental do empreendimento são necessários estudos de viabilidade e de impacto ambiental, que ainda estão em fase de elaboração, com previsão de conclusão em 2021”, explicou.

Do ponto de vista da engenharia e do planejamento energético brasileiro, continua Conceição, o uso da hidroeletricidade, mantém a matriz elétrica, limpa e renovável, sendo as soluções renováveis sempre mais apropriadas.

“Contudo, faz-se necessário um conhecimento mais aprofundado dos impactos ambientais e sociais da UHE Bem Querer em nosso território, das vantagens, desvantagens, riscos, oportunidade de trabalho e da garantia de um conjunto de políticas púbicas, que apoiem os municípios e proteja as populações atingidas”, esclareceu.

Conceição Escobar considera importante a diversificação da matriz elétrica de Roraima e o estímulo a outras fontes de energia renováveis, como a solar e a eólica, bem como um profundo respeito a maior riqueza de Roraima, que é o rio Branco.

O Fórum de Energias Renováveis de Roraima vem produzindo material jornalístico, levando em conta a opinião de especialistas, ambientalistas e entidades representativas, bem como da sociedade em geral, para que a população de Roraima possa ter amplo conhecimento sobre todos os aspectos positivos e negativos da construção da UHE do Bem Querer.

No final dessa série de matérias, o Fórum vai promover um amplo debate por meio de videoconferência com especialistas, representantes de empresas e de organizações interessadas e, em seguida, fazer uma enquete para saber a opinião da população, para no final emitir sua opinião, produzindo um documento que será encaminhado às autoridades do governo federal.

Por Nei Costa

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Fier acredita que o governo federal deva estudar outras fontes geradoras de energia para Roraima

A construção da Usina Hidrelétrica do Bem Querer é o tema de debate aberto pelo Fórum de Energias Renováveis de Roraima. Para isso está convidando toda a sociedade civil organizada, empresários, sindicalistas, organizações não governamentais e todos os cidadãos de Roraima para darem sua contribuição nesse debate.

Todos os aspectos positivos e negativos estão em debate e no final o Fórum vai dar sua parcela de contribuição e se posicionar. O coordenador, Alexandre Heinklain, disse que o objetivo é saber se a Usina Hidrelétrica do Bem Querer vai ‘caber’ nessa matriz energética ou não. “E caso não caiba, vamos acenar para quais as alternativas hidrelétricas ou de outras fontes de energia, que poderão ser consideradas de tal maneira que esse objetivo da segurança e da estabilidade energética seja atingido com ou sem a Hidrelétrica do Bem Querer”, revelou.

A Federação das Indústrias de Roraima (Fier) lembra que Roraima está em meio a um grande impasse. Ele explica que de um lado vem a necessidade, a urgência de uma fonte de geração de energia que garanta a contrapartida necessária ao Sistema Interligado Nacional, e de outro, custo do projeto da construção da Hidrelétrica do Bem Querer, tanto do ponto de vista econômico, quanto ambiental.

“Em paralelo, não vemos avançar as obras de interligação da rede entre Roraima e Amazonas, o que abre um precedente para que os órgãos competentes repensem e até coordenem esforços para a implementação da usina em outras áreas com maior potencial de geração e menor impacto para o meio ambiente, produtores e moradores”, destaca a Fier.

A Fier lembra, também, que é necessário considerar outros modelos mais baratos, sustentáveis e de menor grau de complexidade, como fontes as renováveis para a geração de energia. “Essa soma, ou complementariedade, seria capaz de atender a demanda reprimida e permitir a expansão produtiva do nosso Estado”, concluiu a Federação.

O papel do Fórum é propiciar às pessoas, mesmo dentro de suas casas, a possibilidade de dialogar, ouvir e formar suas posições dentro desse processo. Primeiro com matérias informativas, depois as enquetes alternativas e finalmente os debates.

Por Nei Costa

Foto – Fier

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EPE promoveu reuniões com a sociedade civil e com o governo do Estado para discutir os aspectos técnicos para construção da UHE do Bem Querer

Para viabilizar o processo de construção da Hidrelétrica do Bem Querer, equipes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) promoveram uma série de reuniões com representantes da sociedade civil organizada e do governo do Estado.

A equipe técnica da EPE, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, foi recebida em março do ano passado pelo governador de Roraima, Antônio Denarium, e membros do governo estadual, em Boa Vista, para discutir os aspectos técnicos do empreendimento, pontos positivos e negativos.

No total, foram sete reuniões nas prefeituras de Bonfim, Cantá, Caracaraí, Iracema, Mucajaí, além da reunião na sede do governo do Estado. A equipe também participou de um painel em Caracaraí, organizado pelo Conselho Consultivo das Unidades de Conservação Estação Ecológica – ESEC Niquiá e Parque Nacional – Parna Serra Mocidade, e outro em Boa Vista, promovido pela Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas de Roraima – ABEER.

A EPE está desenvolvendo os estudos de viabilidade técnico-econômica e de impacto ambiental da usina hidrelétrica Bem Querer, no Rio Branco, e nas reuniões os técnicos puderam apresentar o estágio desses estudos e as etapas do projeto.

Além do projeto hidrelétrico, foi discutido ainda o potencial energético do Estado de Roraima quanto a outras fontes, como eólica, solar, biomassa, destacando que o MME, já tinha agendado à época, o leilão para contratação de geração para aumentar a segurança energética para a região.

Essa missão técnica a Roraima ocorreu em março de 2019 e teve como objetivo dialogar com diversos representantes da sociedade civil e do governo local. A iniciativa fez parte das ações do Plano de Comunicação e Relacionamento da usina hidrelétrica Bem Querer.

O projeto da hidrelétrica do Bem Querer prevê uma capacidade de geração de 650 MW, com a usina localizada no município de Caracaraí. Pelo cronograma, o Estudo de Impacto Ambiental da hidrelétrica do Bem Querer deve ser analisado pelo IBAMA em 2021, sendo que atualmente ocorrem os levantamentos de campo necessários.

Ao longo de 2019 foram realizadas oficinas participativas nos municípios de Boa Vista, Bonfim, Cantá, Caracaraí, Iracema e Mucajaí para o levantamento, validação e consolidação de informações junto à sociedade.

Atualmente, a EPE e o Consórcio Walm-Biota estão com as atividades do Cadastro Socioeconômico da UHE Bem Querer paralisados, seguindo recomendações do Ministério da Saúde e as determinações do Decreto nº 28.635-E, de 22 de março de 2020, do Governo do Estado de Roraima e do Decreto n° 038/E de 22 de março de 2020, da Prefeitura Municipal de Boa Vista, frente ao avanço dos casos de contaminação por Coronavírus (COVID 19), no Brasil.

Na reunião com representantes do governo do Estado, algumas alternativas foram apresentadas aos técnicos da EPE. Uma das opções foi a energia de Tucuruí que já é utilizada por Manaus. Para que isso fosse possível, seria necessária a construção de cerca de 800 km de Linhão de Manaus para Boa Vista.

O governo de Roraima disse que a hidrelétrica no rio Branco não era a alternativa mais indicada e a preferência era de que a barragem fosse criada no Rio Cotingo, de forma que se utilizasse a cachoeira do Tamanduá.

Essa cachoeira fica na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, localizada a Nordeste do Estado. Nesse caso a área inundada seria de apenas 36 quilômetros quadrados, algo em torno de 6,3% do que está previsto para o rio Branco.

Os representantes do governo explicaram que o problema que impedia esse projeto de seguir era a posição contrária dos índios que fazem parte do Conselho Indígena de Roraima (CIR). Há ainda a sugestão da construção de duas hidrelétricas na República da Guiana. O governo explicou que são propostas que precisam ser analisadas, mas são alternativas.

Por Nei Costa

Foto – EPE

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EPE e consórcio Walm-Biota paralisam temporariamente as entrevistas do cadastro socioeconômico da Usina Hidrelétrica do Bem Querer

A Empresa de Pesquisa Energética – EPE e o Consórcio Walm-Biota, seguindo recomendações do Ministério da Saúde e as determinações do Decreto nº 28.635-E, de 22 de março de 2020, do Governo do Estado de Roraima e do Decreto n° 038/E de 22 de março de 2020, da Prefeitura Municipal de Boa Vista, frente ao avanço dos casos de contaminação por Coronavírus (COVID 19), optaram pelo fechamento, temporário, do escritório local que funcionava na Rua Manoel Aires,152 – Bairro Mecejana, Boa Vista-RR.

O Consórcio também paralisou, de forma temporária, as atividades do Cadastro Socioeconômico da UHE Bem Querer. “Destacamos que essas atividades estão paralisadas a partir de 23 de março de 2020, seguindo as determinações das legislações municipal e estadual”.

De acordo com a Walm-Biota, as atividades serão retomadas tão logo tenham orientações oficiais do Ministério da Saúde ou de outros órgãos competentes que indiquem que as atividades relacionadas ao atendimento ao público e as entrevistas do Cadastro Socioeconômico possam ser realizadas com a segurança para todos.

Durante o período em que o escritório estiver fechado, o atendimento ao público para esclarecimentos de dúvidas e/ou sugestões sobre o Projeto da UHE Bem Querer será por outros canais de comunicação: WhatsApp em dois números: (11) 99618 – 7121 e (11) 97339-0436; por e-mail: [email protected]; pelo Fale Conosco do Site da UHE Bem Querer: [email protected]

Por Nei Costa

Foto – EPE