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Movimento Puraké é contra a construção da UHE do Bem Querer

Nas últimas semanas o Fórum de Energias Renováveis de Roraima vem promovendo um amplo debate a respeito da possível construção da Usina Hidrelétrica do Bem Querer, no rio Branco.

A intenção do Fórum e mostrar todos os prós e contras do projeto, abordando temas como produção de energia, geração de empregos e que tipo de impactos ambientais o projeto pode gerar em Roraima.

O Movimento Puraké é uma organização criada em 2012 por um grupo de pessoas da sociedade civil e especialistas ligados à academia, bem como representantes de comunidades ribeirinhas e indígenas.

Bruno de Campos Souza, biólogo, mestre em recursos naturais é um dos coordenadores do Movimento Puraké. O grupo se mostra totalmente contrário ao empreendimento do Bem Querer, e afirma que os prejuízos causados pela construção serão bem maiores que os benefícios.

“O nosso objetivo é contribuir com essa discussão do futuro energético do Estado de Roraima. O surgimento do Movimento ocorreu em 2012, quando foi convocada uma reunião pela Empresa de Pesquisas Energéticas, ligada ao Ministério de Minas e Energia. A EPE convidou uma série de órgãos ambientais das esferas estadual e federal para que fosse apresentado o início do licenciamento da usina hidrelétrica e nesse momento todos foram pegos de surpresa, pois ninguém sabia do andamento do licenciamento, nem sabia do projeto e nem o conhecia profundamente”, lembrou;

Bruno explica que após o término dessa reunião surgiu a necessidade de reunir um grupo de pessoas para criar um movimento que se chamou Puraké, porque tem esse mote de ser um choque de informação. “Então a ideia era realizar eventos e parcerias que pudessem trazer o tema da usina hidrelétrica do Bem Querer, além de apresentar alternativas. E aí então surgiram diversos eventos com parceiros como a Diocese de Roraima, a Universidade Federal de Roraima, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Fiocruz, Ministério Público, Federação das Colônias dos Pescadores e entidades relacionadas ao tema”, disse o coordenador.

Segundo Bruno, a ideia do movimento é conhecer profundamente o projeto, realizar estudos comparativos com outros projetos hidrelétricos na Amazônia e depois poder divulgar para a sociedade o que irá acontecer se essa hidrelétrica for construída e também pensar em alternativas.

Ele explica que o Movimento Puraké se debruçou nos estudos, fez levantamentos comparativos com outros projetos hidrelétricos e identificou que Bem Querer é o pior projeto, em relação à eficiência energética do Século 21.

“A gente afirma isso com base nos dados da própria Empresa de Pesquisa Energética, do Ministério de Minas e Energia. Como se define a eficiência energética de um projeto hidrelétrico: é em função da área alagada, relacionada com a energia gerada. Quando você tem uma grande área inundada como é o caso desse projeto, que são 560 km quadrados, e uma geração de energia muito pequena, que na época da seca, por exemplo, vai atender apenas a metade da demanda energética do Estado, a gente entende que esse projeto não é interessante do ponto de vista da eficiência energética. Ele não atende a demanda do Estado durante o ano todo, e durante uma parte do ano ele vai apenas atender a metade da demanda. Então isso faz com que indústrias e outros segmentos da economia não o entendam como uma fonte segura que possa garantir o desenvolvimento do Estado”, esclareceu.

Bruno afirma que a usina também vai ocasionar uma série de problemas socioambientais irremediáveis e muito semelhantes ao que vem acontecendo no entorno, por exemplo, das hidrelétricas de Belo Monte no Pará das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau em Rondônia. “Então aqui deve acontecer a mesma coisa e a gente afirma, em razão desses problemas socioambientais, que não é possível conciliar a construção da usina hidrelétrica do Bem Querer com a conservação do Rio Branco e sua bacia hidrográfica”.

O biólogo afirma, também, que a bacia do rio Branco drena mais de 90% da área de todo Estado e quando tem uma hidrelétrica no curso médio desse rio o que está acima, cerca de 150 km, passando pela cidade de Boa Vista, vai virar um reservatório, um lago de água parada ou quase parada.

“Então todos os processos ecológicos de um antigo rio que tinha correnteza, que tinha corredeira, que tinha praias, que tinha uma série de drenagens menores desaguando nesse rio, serão afetados. Então a gente não vai ter mais esse tipo de curso hídrico funcionando. Vai ser um reservatório em um lago”, definiu o coordenador do Movimento.

Para o Movimento Puraké, os impactos em Roraima serão semelhantes ao que ocorreu em Rondônia, Santo Antônio e Jirau e também na hidrelétrica de Belo Monte. Os impactos são muito semelhantes. “Por exemplo, essa hidrelétrica de Belo Monte tem um reservatório quase que do mesmo tamanho desse projeto da hidrelétrica do Bem Querer. Só que a hidrelétrica do Bem Querer vai gerar 20 vezes menos energia. Então se imagina que se pelo menos essa hidrelétrica fosse eficiente do ponto de vista da energia, as outras questões podiam ser reconsiderados”.

Bruno garante que muito importante que se comece a pensar em alternativas, uma vez que o Estado oferece alternativas. Ele lembra que Roraima comumente é chamado de a Terra do Sol e dos ventos, e o mapa eólico brasileiro, divulgado pela EPE, mostra que Roraima demonstra que existe viabilidade na geração solar e eólica.

“Roraima também é a última fronteira agrícola. A gente tem percebido o quanto essa atividade tem crescido. Então, os restos, a sobra do que é produzido depois da colheita, podem ser utilizados como uma geração de energia, através da biomassa. Consorciadas essas três possibilidades, a gente teria pelo menos três hidrelétricas do Bem Querer. Conservando o Rio Branco a gente mantém as atividades de pesca, mantemos a atividade do turismo, relacionado a observação de aves, a observação da natureza aos passeios, etc.. A gente garante o lazer das pessoas com as praias e banhos, que é como as pessoas de fazer na época do verão”.

Bruno finaliza afirmando que se essa hidrelétrica for construída, durante 12 meses ela vai ficar com o nível quase como na sua cheia total e acaba com uma coisa importantíssima no rio que se chama pulso de inundação, que é o que o rio faz quando ele seca e quando ele enche.

Com a hidrelétrica, continua Bruno, esse pulso de inundação ficará regulado por um homem que aperta um botão e decide a hora que a comporta vai ser fechada ou aberta, para que a água flua.

“Então a gente precisa identificar uma série de informações Dizem que a hidrelétrica é a fio d’água e que não vai causar Impacto algum. A água vem e passa pela turbina e vai embora como se nada tivesse acontecido. De Boa Vista até Caracaraí o desnível é de 15 metros. Essa principal barragem que vai ser construída nas corredeiras do Bem Querer vai criar um reservatório de 150 km de extensão em uma área de 560 km quadrados. Isso é muito grave e vai trazer impactos sérios às comunidades indígenas, vai afetar também unidades de conservação mesmo que indiretamente e vai trazer problemas abaixo dessa barragem”.

A proposta do Fórum de colocar esse tema em debate foi elogiada por Bruno. Ele afirma que é necessário ouvir a sociedade para buscar alternativas. “O Fórum abre uma grande oportunidade, pois é bastante eclético no sentido de ter a parceria de grupos diferenciados de pessoas, de trazer para o debate não são os ambientalistas, os indigenistas ou pessoas que normalmente se preocupam com o meio ambiente,  mas trazer empresários do agronegócio, indústrias, investidores, pessoas que estejam preocupadas com o futuro econômico do Estado, porque tratra-se de um projeto que vai acabar destruindo um rio, o principal do Estado de Roraima e que não vai atender as demandas. Então, quando as pessoas realmente conhecerem o projeto, elas poderão se manifestar a ter suas opiniões”, concluiu Bruno.

Confira o vídeo produzido pelo Movimento Puraké

Por Nei Costa

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Fórum de Energias Renováveis de Roraima abre espaço para diálogo sobre o projeto de instalação da Usina Hidrelétrica do Bem Querer

O projeto de instalação da Usina Hidrelétrica do Bem Querer vem sendo discutido pelo Fórum de Energias Renováveis de Roraima. O coordenador Alexandre Henklain explicou que a proposta é informar a sociedade civil sobre o projeto da Hidrelétrica Bem Querer, o que ele representa e quais são os seus possíveis impactos ambientais, sociais e econômicos. Para isso, estão sendo ouvidos especialistas, ambientalistas e dirigentes de entidades governamentais, bem como representantes da sociedade em geral.

Ouça a entrevista:

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Fontes de energias renováveis serão tendência de investimento pós pandemia

Os impactos pós pandemia do coronavírus já têm sido motivo de discussões no setor elétrico que, assim como em outras áreas, está enfrentando desafios e vai precisar de mais investimentos. Durante um seminário online que discutiu perspectivas para o setor elétrico no pós-pandemia da Covid-19, Carlos Quintella, diretor da Fundação Getúlio Vargas Energias, disse que houve uma queda de 14% no consumo de energia. Já no Mercado Livre, que é o ambiente em que o consumidor negocia o preço da sua energia diretamente com os agentes geradores e comercializadores, a redução foi ainda maior, 18%. “Essa redução foi impulsionada pelo baixo consumo principalmente no setor industrial, shoppings e setor de serviço”, destacou. O diretor da FGV Energias disse ainda que a economia baixou também em 13% no Ambiente de Contratação Regulada (ACR), mais conhecido como mercado cativo. A queda é menor por causa da continuidade do consumo na classe residencial.

Para os consumidores residenciais a energia elétrica está mais cara, e o momento pândemico tem dificultado o pagamento em dia desse serviço. André Pepitone, diretor- geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) diz que a agência está articulando ações para não prejudicar os clientes. “Temos ciência que o consumidor de energia elétrica está sem condições de absorver novos aumentos na conta de energia. Essa crise não tem origem no setor elétrico, mas nos afeta em grande medida. Estamos ouvindo todo o segmento para que possamos tomar a melhor decisão”, frisou. O aumento da inadimplência tem sido um dos desafios para a Aneel, que precisa movimentar o fluxo de caixa e o capital de giro do setor elétrico brasileiro. O diretor destaca ainda que o preço de Liquidação das Diferenças (PLD), está num patamar mínimo, em pouco mais de R$ 40,00 reais, o que tem reflexos no segmento de distribuição de energia. “Os contratos estão sendo liquidados com preços inferiores aos dos contratos.  Temos um risco de a insolvência da distribuição afetar o segmento de geração e transmissão, causando inadimplência em toda a cadeia”, pontou o diretor da Aneel.

A Aneel tem anunciado medidas para investimento no setor energético durante e pós pandemia, para minimizar os impactos na tarifa dos consumidores. “O que desejávamos primeiro era um aporte do Tesouro Nacional de maneira mais efetiva, mas nós conseguimos apenas R$900 milhões de reais para o baixa renda, e já tivemos uma sinalização que não há mais como o Tesouro aportar recursos no setor elétrico. Nós não vamos realizar os leilões de energia existentes, considerando o mercado que reduziu bastante”, frisou.

As distribuidoras de energia são garantidoras da arrecadação de toda a cadeia do setor elétrico, por isso a Aneel tem concentrado esforços para a flexibilização de parâmetros regulatórios, avaliação de políticas públicas e de repasse de recursos para a mitigação da inadimplência e da redução de mercado. Para o pós-crise o diretor da Aneel disse que a primeira agenda é reconhecer o esforço que o Mercado Livre tem feito na negociação de contratos, e abertura gradual do mercado. “Temos que avançar para que o consumidor de baixa tensão possa ir para o ambiente livre”, disse.

A Aneel destaca também o crescimento do Mercado Livre. “De 2016 a 2019, 18.107 consumidores migraram. Só em 2019 houve um aumento no pedido de outorgas, foi o “boom” com 9.815 megawatts em grande medida usinas eólicas e usinas solares. Até então, somente as eólicas comandavam o Mercado Livre e agora também começam outorgas para usinas solares” pontuou Pepitone. A ampliação sustentável micro/minigeração (geração distribuída) com a energia solar passa a ser uma realidade com 298 mil consumidores no Brasil recebendo crédito de geração distribuída com potência instalada de 2.800 megawatts.

De acordo com o consultor do Fórum de Energias Renováveis (RR), Ricardo Lima, haverá uma sobre oferta de energia até que a economia se recupere, especialmente no Sistema Interligado Nacional. Isso pode durar de dois a três anos. “Os investimentos em expansão do sistema devem atrasar, mas poderá haver uma consolidação com fusões e aquisições de empresas de geração, especialmente as de fontes renováveis (solar e eólica). Estas, que estavam apostando no Mercado Livre, que estará sobre ofertado com preços baixos, terão dificuldades para honrar os financiamentos, se não estiverem ligadas a grupos extremamente fortes” destacou.

Pós pandemia ele vê a tendência no aumento pela procura das energias renováveis. “Com essa crise, o consumidor percebeu a importância da energia. E as soluções que o Governo está encontrando para socorrer o setor elétrico apontam para que o consumidor pague mais, assumindo os custos desse socorro às empresas do setor. Isso levará a um maior crescimento, ou procura, pelas soluções de geração própria de energia pelo consumidor, ou da geração distribuída”, frisou. Para Ricardo, deverá aumentar também o investimento em automação das redes e da operação do sistema, seja de transmissão, seja de distribuição de energia.

 

Fonte: Aneel

Foto: Aneel

Por Thamy Dinelli

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Presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas opina sobre a construção da Usina Hidrelétrica do Bem Querer

A presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas de Roraima (Abee-RR), Conceição Escobar, também deu sua opinião sobre a construção da Usina Hidrelétrica do Bem Querer, no município de Caracaraí em Roraima.

Conceição explicou que Roraima, hoje, é dependente de fontes energéticas externas, em especial do óleo diesel para a produção de energia elétrica, considerada uma das fontes mais caras e poluentes.

Ela lembra que como o Estado se encontra isolado do SIN-Sistema Interligado Nacional, não tem possibilidade de adquirir energia de outros sistemas. “Com o resultado do Leilão para Suprimento a Boa Vista e localidades conectadas, realizado em 31 de maio de 2019, outras fontes foram consideradas, como o gás natural, o biodiesel e a biomassa, sendo essas, soluções para o curtíssimo prazo. Para médio e longo prazo, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) considera o aproveitamento do potencial do Rio Branco, localizado na Cachoeira do Bem Querer, com potência instalada de 650 MW, abrangendo os municípios de Caracaraí, Iracema, Mucajaí, Cantá, Bonfim e Boa Vista”.

Conceição afirma que se for considerar a possibilidade dos impactos à jusante, envolveria também o município de Rorainópolis, além de Caracaraí no baixo Rio Branco.

Para ela, do ponto de vista do balanço energético, com esse empreendimento, a dependência externa “deixa de existir” e Roraima seria exportador de energia. “Porém, para avaliar a viabilidade socioambiental do empreendimento são necessários estudos de viabilidade e de impacto ambiental, que ainda estão em fase de elaboração, com previsão de conclusão em 2021”, explicou.

Do ponto de vista da engenharia e do planejamento energético brasileiro, continua Conceição, o uso da hidroeletricidade, mantém a matriz elétrica, limpa e renovável, sendo as soluções renováveis sempre mais apropriadas.

“Contudo, faz-se necessário um conhecimento mais aprofundado dos impactos ambientais e sociais da UHE Bem Querer em nosso território, das vantagens, desvantagens, riscos, oportunidade de trabalho e da garantia de um conjunto de políticas púbicas, que apoiem os municípios e proteja as populações atingidas”, esclareceu.

Conceição Escobar considera importante a diversificação da matriz elétrica de Roraima e o estímulo a outras fontes de energia renováveis, como a solar e a eólica, bem como um profundo respeito a maior riqueza de Roraima, que é o rio Branco.

O Fórum de Energias Renováveis de Roraima vem produzindo material jornalístico, levando em conta a opinião de especialistas, ambientalistas e entidades representativas, bem como da sociedade em geral, para que a população de Roraima possa ter amplo conhecimento sobre todos os aspectos positivos e negativos da construção da UHE do Bem Querer.

No final dessa série de matérias, o Fórum vai promover um amplo debate por meio de videoconferência com especialistas, representantes de empresas e de organizações interessadas e, em seguida, fazer uma enquete para saber a opinião da população, para no final emitir sua opinião, produzindo um documento que será encaminhado às autoridades do governo federal.

Por Nei Costa

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Fier acredita que o governo federal deva estudar outras fontes geradoras de energia para Roraima

A construção da Usina Hidrelétrica do Bem Querer é o tema de debate aberto pelo Fórum de Energias Renováveis de Roraima. Para isso está convidando toda a sociedade civil organizada, empresários, sindicalistas, organizações não governamentais e todos os cidadãos de Roraima para darem sua contribuição nesse debate.

Todos os aspectos positivos e negativos estão em debate e no final o Fórum vai dar sua parcela de contribuição e se posicionar. O coordenador, Alexandre Heinklain, disse que o objetivo é saber se a Usina Hidrelétrica do Bem Querer vai ‘caber’ nessa matriz energética ou não. “E caso não caiba, vamos acenar para quais as alternativas hidrelétricas ou de outras fontes de energia, que poderão ser consideradas de tal maneira que esse objetivo da segurança e da estabilidade energética seja atingido com ou sem a Hidrelétrica do Bem Querer”, revelou.

A Federação das Indústrias de Roraima (Fier) lembra que Roraima está em meio a um grande impasse. Ele explica que de um lado vem a necessidade, a urgência de uma fonte de geração de energia que garanta a contrapartida necessária ao Sistema Interligado Nacional, e de outro, custo do projeto da construção da Hidrelétrica do Bem Querer, tanto do ponto de vista econômico, quanto ambiental.

“Em paralelo, não vemos avançar as obras de interligação da rede entre Roraima e Amazonas, o que abre um precedente para que os órgãos competentes repensem e até coordenem esforços para a implementação da usina em outras áreas com maior potencial de geração e menor impacto para o meio ambiente, produtores e moradores”, destaca a Fier.

A Fier lembra, também, que é necessário considerar outros modelos mais baratos, sustentáveis e de menor grau de complexidade, como fontes as renováveis para a geração de energia. “Essa soma, ou complementariedade, seria capaz de atender a demanda reprimida e permitir a expansão produtiva do nosso Estado”, concluiu a Federação.

O papel do Fórum é propiciar às pessoas, mesmo dentro de suas casas, a possibilidade de dialogar, ouvir e formar suas posições dentro desse processo. Primeiro com matérias informativas, depois as enquetes alternativas e finalmente os debates.

Por Nei Costa

Foto – Fier

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EPE promoveu reuniões com a sociedade civil e com o governo do Estado para discutir os aspectos técnicos para construção da UHE do Bem Querer

Para viabilizar o processo de construção da Hidrelétrica do Bem Querer, equipes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) promoveram uma série de reuniões com representantes da sociedade civil organizada e do governo do Estado.

A equipe técnica da EPE, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, foi recebida em março do ano passado pelo governador de Roraima, Antônio Denarium, e membros do governo estadual, em Boa Vista, para discutir os aspectos técnicos do empreendimento, pontos positivos e negativos.

No total, foram sete reuniões nas prefeituras de Bonfim, Cantá, Caracaraí, Iracema, Mucajaí, além da reunião na sede do governo do Estado. A equipe também participou de um painel em Caracaraí, organizado pelo Conselho Consultivo das Unidades de Conservação Estação Ecológica – ESEC Niquiá e Parque Nacional – Parna Serra Mocidade, e outro em Boa Vista, promovido pela Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas de Roraima – ABEER.

A EPE está desenvolvendo os estudos de viabilidade técnico-econômica e de impacto ambiental da usina hidrelétrica Bem Querer, no Rio Branco, e nas reuniões os técnicos puderam apresentar o estágio desses estudos e as etapas do projeto.

Além do projeto hidrelétrico, foi discutido ainda o potencial energético do Estado de Roraima quanto a outras fontes, como eólica, solar, biomassa, destacando que o MME, já tinha agendado à época, o leilão para contratação de geração para aumentar a segurança energética para a região.

Essa missão técnica a Roraima ocorreu em março de 2019 e teve como objetivo dialogar com diversos representantes da sociedade civil e do governo local. A iniciativa fez parte das ações do Plano de Comunicação e Relacionamento da usina hidrelétrica Bem Querer.

O projeto da hidrelétrica do Bem Querer prevê uma capacidade de geração de 650 MW, com a usina localizada no município de Caracaraí. Pelo cronograma, o Estudo de Impacto Ambiental da hidrelétrica do Bem Querer deve ser analisado pelo IBAMA em 2021, sendo que atualmente ocorrem os levantamentos de campo necessários.

Ao longo de 2019 foram realizadas oficinas participativas nos municípios de Boa Vista, Bonfim, Cantá, Caracaraí, Iracema e Mucajaí para o levantamento, validação e consolidação de informações junto à sociedade.

Atualmente, a EPE e o Consórcio Walm-Biota estão com as atividades do Cadastro Socioeconômico da UHE Bem Querer paralisados, seguindo recomendações do Ministério da Saúde e as determinações do Decreto nº 28.635-E, de 22 de março de 2020, do Governo do Estado de Roraima e do Decreto n° 038/E de 22 de março de 2020, da Prefeitura Municipal de Boa Vista, frente ao avanço dos casos de contaminação por Coronavírus (COVID 19), no Brasil.

Na reunião com representantes do governo do Estado, algumas alternativas foram apresentadas aos técnicos da EPE. Uma das opções foi a energia de Tucuruí que já é utilizada por Manaus. Para que isso fosse possível, seria necessária a construção de cerca de 800 km de Linhão de Manaus para Boa Vista.

O governo de Roraima disse que a hidrelétrica no rio Branco não era a alternativa mais indicada e a preferência era de que a barragem fosse criada no Rio Cotingo, de forma que se utilizasse a cachoeira do Tamanduá.

Essa cachoeira fica na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, localizada a Nordeste do Estado. Nesse caso a área inundada seria de apenas 36 quilômetros quadrados, algo em torno de 6,3% do que está previsto para o rio Branco.

Os representantes do governo explicaram que o problema que impedia esse projeto de seguir era a posição contrária dos índios que fazem parte do Conselho Indígena de Roraima (CIR). Há ainda a sugestão da construção de duas hidrelétricas na República da Guiana. O governo explicou que são propostas que precisam ser analisadas, mas são alternativas.

Por Nei Costa

Foto – EPE

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EPE e consórcio Walm-Biota paralisam temporariamente as entrevistas do cadastro socioeconômico da Usina Hidrelétrica do Bem Querer

A Empresa de Pesquisa Energética – EPE e o Consórcio Walm-Biota, seguindo recomendações do Ministério da Saúde e as determinações do Decreto nº 28.635-E, de 22 de março de 2020, do Governo do Estado de Roraima e do Decreto n° 038/E de 22 de março de 2020, da Prefeitura Municipal de Boa Vista, frente ao avanço dos casos de contaminação por Coronavírus (COVID 19), optaram pelo fechamento, temporário, do escritório local que funcionava na Rua Manoel Aires,152 – Bairro Mecejana, Boa Vista-RR.

O Consórcio também paralisou, de forma temporária, as atividades do Cadastro Socioeconômico da UHE Bem Querer. “Destacamos que essas atividades estão paralisadas a partir de 23 de março de 2020, seguindo as determinações das legislações municipal e estadual”.

De acordo com a Walm-Biota, as atividades serão retomadas tão logo tenham orientações oficiais do Ministério da Saúde ou de outros órgãos competentes que indiquem que as atividades relacionadas ao atendimento ao público e as entrevistas do Cadastro Socioeconômico possam ser realizadas com a segurança para todos.

Durante o período em que o escritório estiver fechado, o atendimento ao público para esclarecimentos de dúvidas e/ou sugestões sobre o Projeto da UHE Bem Querer será por outros canais de comunicação: WhatsApp em dois números: (11) 99618 – 7121 e (11) 97339-0436; por e-mail: marylima@walmambiental.com.br; pelo Fale Conosco do Site da UHE Bem Querer: contato@uhebemquerer.com.br

Por Nei Costa

Foto – EPE

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Empresa de Pesquisa Energética apresenta os aspectos técnicos da Usina Hidrelétrica do Bem Querer

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) informa que a usina hidrelétrica – UHE Bem Querer está prevista para ser construída no rio Branco. Se a usina for aprovada, ocupará áreas dos municípios de Boa Vista, Bonfim, Caracaraí, Cantá, Iracema e Mucajaí

Os estudos para identificação da quantidade de energia que pode ser gerada pela força das águas de um rio são chamados de Estudos de Inventário Hidrelétrico de Bacias Hidrográficas.

Para isso, segundo a empresa, é preciso encontrar ao longo do rio os locais que apresentem queda (como por exemplo, cachoeiras), vazão (quantidade de água) e rochas de boa qualidade (ombreiras), onde seja possível construir a barragem. A barragem é a estrutura de terra e concreto necessária para a formação do reservatório e onde ficam localizadas as turbinas (equipamentos que transformam a força das águas em energia elétrica).

Os aspectos sociais, econômicos e ambientais da região também são considerados nos estudos para a identificação do potencial hidrelétrico da bacia hidrográfica.

Os estudos para identificação do potencial hidrelétrico da bacia do rio Branco vêm sendo realizados desde a década de 1970. Em 2011, o Estudo de Inventário Hidrelétrico da Bacia do rio Branco, realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), identificou quatro aproveitamentos com potencial de geração de energia hidrelétrica total de 1049 MW.

Potencial hidrelétrico da bacia do rio Branco

“Para avaliar se os aproveitamentos hidrelétricos identificados no Estudo de Inventário Hidrelétrico são viáveis do ponto de vista técnico, econômico e socioambiental, estudos mais aprofundados devem ser realizados na etapa de viabilidade”, esclarece a empresa.

Segundo o Consórcio, a UHE Bem Querer está na etapa de viabilidade, momento em que são desenvolvidos os estudos de viabilidade e de impacto ambiental. Esses estudos servem para aprofundar o conhecimento sobre a região da usina, detalhar o projeto (equipamentos, capacidade de geração de energia elétrica, custos, etc.), verificar quais impactos negativos e positivos (benefícios) serão causados pela construção e operação da usina e propor medidas para diminuir os efeitos negativos do projeto e potencializar os positivos.

A Walm-Biota explica que os estudos de viabilidade da UHE Bem Querer se iniciaram em 2013 e os Estudos de Impacto Ambiental e do Componente Indígena em 2018. “É importante informar que a UHE Bem Querer não alagará áreas protegidas como Terras Indígenas ou Unidades de Conservação”, destaca.

A barragem

A EPE explica que um eixo composto por concreto e terra com aproximadamente 8 km de extensão será construído em Caracaraí, ligando as duas margens do rio Branco e provocando um desnível do rio de aproximadamente 15 metros.

“Na estrutura de concreto serão construídas a casa de força com onze turbinas bulbo capazes de gerar até 650 MW de energia elétrica; o vertedouro com capacidade para suportar vazões de até 27.500m³/s, evitando assim que grandes cheias possam comprometer a estrutura da barragem ou colocar em risco a população local; o sistema de espera da eclusa, possibilitando, no futuro, a construção da eclusa que permitirá a navegação entre Caracaraí e Boa Vista; e o sistema de transposição de peixes que permitirá a passagem de peixes migradores para a região acima da barragem”, esclarece a EPE.

Reservatório

Ainda de acordo com a empresa, o reservatório terá cerca de 150 km de extensão e uma área de aproximadamente 520 km². Desta área, 37% correspondem a calha do rio Branco e de seus afluentes; e 63% irão alagar áreas dos municípios de Boa Vista, Caracaraí, Cantá, Iracema e Mucajaí.

A usina terá operação do tipo fio d’água. Esse tipo de operação permite que o ciclo hidrológico natural dos rios seja mantido, ou seja, com águas altas nos períodos de chuva e águas baixas nos períodos de estiagem. Assim, mesmo após a construção da usina o rio continuará subindo e descendo conforme a quantidade de chuvas, pois toda a água que chegar ao reservatório passará pela usina e seguirá o seu curso natural na região abaixo da barragem.

Geração de energia

Para a EPE, uma importante característica da UHE Bem Querer é que entre junho e agosto (época de cheia na bacia do rio Branco) a usina irá produzir a maior quantidade de energia. Nesses meses, a maioria das usinas hidrelétricas existentes no país está com menor capacidade de geração, devido ao período de seca em grande parte dos rios brasileiros.

A energia produzida pela usina será levada até a subestação Boa Vista por meio de uma linha de transmissão de 500kV com aproximadamente 150 km de extensão. Atualmente a SE Boa Vista é o principal ponto para atendimento à demanda do estado, distribuindo para os consumidores roraimenses boa parte da geração térmica local (majoritariamente a diesel).

A SE Boa Vista será o ponto de conexão do linhão Manaus-Boa Vista, permitindo que Roraima se integre ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Uma vez integrada ao SIN, Roraima receberá energia produzida em outros estados e poderá, ainda, exportar excedentes energéticos locais para outras regiões do Brasil.

Dessa forma, conclui a EPE, a geração de energia elétrica pela UHE Bem Querer trará maior segurança e confiabilidade tanto para o estado de Roraima, quanto para o SIN, reduzindo apagões e quedas de energia no estado. “Além disso, irá reduzir a emissão de gases de efeito estufa das fontes de energia não renováveis (como termelétricas a diesel) e o custo de geração de energia local”, finaliza a Empresa de Pesquisa Energética.

Por Nei Costa

Fonte – EPE

Imagem – EPE

Linhas de transmissão de energia. Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

TCU determina ao MME adoção de medidas para garantir a conclusão do Linhão Manaus-Boa Vista

O Tribunal de Contas da União estabeleceu prazo de 180 dias para que o Ministério de Minas e Energia apresente plano de ação destinado a garantir o abastecimento de energia elétrica em Roraima. A determinação é de que sejam consideradas medidas administrativas e judiciais para resolução de pendências relacionadas ao licenciamento da Linha de Transmissão Manaus-Boa Vista. Parte do plano, segundo o tribunal, poderá ser sigilosa, para “não prejudicar negociações em andamento”.

O TCU também cobrou medidas de mitigação dos riscos de atraso nos estudos preparatórios para licitação e construção da usina hidrelétrica Bem Querer, de 650 MW, que ficaria localizada próximo à capital Boa Vista. Com potência estimada maior que o consumo do estado, a usina chegou a ser incluída no Plano Decenal de Energia 2027, mas os estudos deverão ser concluídos em 2021, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética.

O MME terá de apresentar ainda soluções alternativas de caráter estrutural para a integração de Roraima ao Sistema Interligado Nacional, ou para a autossuficiência do estado em termos de produção de energia, de forma que haja ao longo do tempo a redução ou a eliminação dos subsídios da Conta de Consumo de Combustíveis.

Para o TCU, os atrasos nas obras do linhão e nos estudos para a licitação da usina estão entre os principais riscos ao abastecimento de energia no longo prazo e à própria interligação do estado de Roraima ao sistema elétrico brasileiro. A situação atual de abastecimento também pode afetar a saúde financeira da distribuidora Roraima Energia, com impactos tarifários e na prestação do serviço.

Em julho do ano passado o MME apresentou três possibilidade de solução para o problema da linha, que enfrenta dificuldades de licenciamento ambiental: a repactuação do contrato com a concessionária Transnorte Energia, a realização de novo leilão, mantendo o projeto atual, e a promoção de leilão com um novo projeto.

Um pedido de repactuação para reequilíbrio do contrato de concessão já foi analisado pela Aneel, que estabeleceu uma nova Receita Anual Permitida de R$ 275 milhões, ante os R$ 396 milhões estimados pela empresa. Há também divergências em relação ao custo do investimento, que para a agência seria de R$ 1,6 bilhão e para a concessionária de R$ 2,6 bilhões; ao prazo concessão após entrada em operação comercial, calculado pela Aneel em 19,5 anos, quando a Transnorte defende a recomposição para 27 anos. Há uma diferença em relação ao custo total (RAP mais CCC), que ficaria em R$ 9,3 bilhões, de acordo com a agência, e em R$14,6 bilhões, pelos cálculos da empresa.

Na opção de relicitar o mesmo projeto, a entrada da linha passaria de 2022 para 2024, o investimento estimado seria de R$ 1,7 bilhão e o custo da CCC entre setembro de 2019 até a conclusão da obra seria de R$ 5,8 bi. A RAP ficaria entre R$ 270 milhões e R$ 120 milhões, a depender do deságio; o prazo concessão seria de 26 anos após a energização da linha e o custo total ficaria entre R$ 12,8 bilhões e R$ 9 bilhões, de acordo com o desconto ofertado na tarifa pelo vencedor do certame.

Um leilão com um novo projeto empurraria a operação comercial do empreendimento para 2026. O investimento e o valor da receita não foram calculados pelo governo; mas o custo da CCC ficaria em R$ 7 bilhões e o prazo remanescente da concessão seria de 26 anos.

Para o Tribunal, a solução deve ser urgente, já que o custo adicional dos subsídios com a geração termelétrica no estado atingiu em 11 meses R$ 1,43 bilhão, em decorrência da suspensão do suprimento de energia da Venezuela, a partir em março de 2019.

Interligação

O projeto que interligaria Roraima ao SIN foi leiloado em 2011. Ele previa a construção de 715 km de linha de transmissão com duas subestações. A entrada em operação comercial estava prevista para janeiro de 2015, 36 meses após a assinatura do contrato de concessão em 2012, mas a obra não avançou por problemas de licenciamento ambiental. Uma parte do traçado está dentro da terra indígena Waimiri-Atroari.

A Licença Prévia da linha só foi emitida em dezembro de 2015 e a Licença de Instalação ainda não saiu. Para o TCU, considerando o prazo necessário de 36 meses para a construção, o empreendimento seria concluído no primeiro semestre de 2023, no cenário mais otimista.

Fonte – canalenergia

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Fórum vai promover amplo debate sobre a construção da hidrelétrica do Bem Querer

O Fórum de Energias Renováveis vai convocar toda a sociedade de Roraima para debater a construção da Usina Hidrelétrica do Bem Querer, os prós e contras da sua instalação, bem como ouvir todas as partes envolvidas com a instalação da usina.

Segundo o coordenador, Alexandre Heinklain, o Fórum pretende analisar a proposta da construção da Usina Hidrelétrica do Bem Querer e quer fazer essa análise em etapas. Primeiro levar informações para a sociedade civil sobre o projeto, o que ele representa, quais são os seus possíveis impactos ambientais, sociais e econômicos.

Heinklain esclarece que essa análise também vai levar em consideração o ponto de vista de geração de energia, segurança energética e estabilidade no fornecimento de energia para Roraima.

“Vamos discutir os prós e os contras, analisar as controvérsias, as polêmicas que existem em relação a esse projeto e ouvir as mais diversas correntes, informando a população, por meio de matérias que serão produzidas por nossa equipe de comunicação, publicadas no portal do Fórum e encaminhadas para toda a imprensa mediante releases, para que possamos colocar o assunto em discussão de uma forma transparente e democrática”, destacou Alexandre.

Segundo o coordenador, o portal do Fórum vai abrir um espaço mediante enquetes para que as pessoas possam opinar, dizendo se concordam ou discordam dessa proposta de construção da Usina do Bem Querer e quais suas posições a respeito, não se restringindo apenas a dizer se querem ou não querem a usina, mas porque querem ou não. “No fim desse processo, queremos promover um grande evento online, provavelmente um painel em que nós teremos diversos debatedores e a possibilidade da participação dessa plateia, utilizando, evidentemente, uma dessas plataformas tecnológicas para que nós possamos, à distância, contar com participantes não apenas aqui de Roraima, mas de todo o Brasil.

Segundo Heinklain, a intenção é propiciar às pessoas, mesmo dentro de suas casas, a possibilidade de dialogar, ouvir e formar suas posições dentro desse processo. Primeiro as matérias informativas, depois as enquetes alternativas e finalmente os debates.

Alexandre acredita que nesse processo, a sociedade poderá construir um posicionamento e o Fórum, que é uma entidade plural que acolhe outras entidades representativas dos mais diversos segmentos sociais, também vai formar uma posição em relação a esse projeto e poderá, também, ter um posicionamento mais claro no âmbito da construção de sua proposta de uma matriz energética diversificada para Roraima.

Para finalizar, o coordenador do Fórum disse que o objetivo é saber se a Usina Hidrelétrica do Bem Querer vai ‘caber’ nessa matriz ou não. “E caso não caiba, vamos acenar para quais as alternativas hidrelétricas ou de outras fontes de energia, que poderão ser consideradas de tal maneira que esse objetivo da segurança e da estabilidade energética seja atingido com ou sem a Hidrelétrica do Bem Querer”, concluiu.

Por Nei Costa