Foto: J. Pavani

Fórum vai apresentar o Espaço Energia Solar na Expo Roraima

Com a intenção de tirar as dúvidas e apresentar oportunidades para que as pessoas tenham mais conhecimento sobre energia solar, o Fórum de Energias Renováveis de Roraima criou o Espaço Energia Solar para a Expo Roraima, que ocorrerá no período de 16 a 18/10, das 14h00 às 21h00 no Garden Shopping.

Nesse espaço, além do Fórum, vão participar algumas empresas do ramo de energia solar e instituições financeiras que estão prontas para financiar um projeto de instalação de painéis solares nas casas dos interessados.

Os colaboradores do Fórum vão estar à disposição para tirar dúvidas a respeito de todo o processo de instalação de painéis solares em residências, bem como mostrar os benefícios que os consumidores podem ter no final de cada mês, quando verão uma redução significativa nas suas tarifas de energia.

Os técnicos das empresas também vão estar à disposição de todos que forem a Expo Roraima, mostrando alternativas, verificando as condições de instalação e fazendo simulações de quanto os consumidores podem ter de redução nas contas.

Já os representantes das instituições financeiras vão mostrar quais as suas linhas de crédito para a energia solar, quais os juros, tempo de pagamento, de carência e o que é necessário para que os interessados possam ter acesso a essas linhas de crédito.

O coordenador do Fórum, Alexandre Henklain, explicou que o objetivo do Fórum é divulgar junto à população as imensas oportunidades da geração distribuída de energia solar.

“Estamos falando da possibilidade de os consumidores gerarem energia elétrica a partir de micro usina com painéis solares instalados no teto da casa, comércio ou indústria ou mesmo no solo, o que é mais comum em propriedades rurais, onde a área disponível é maior”, explicou.

Henklain afirma que na prática, com a geração de energia solar, a redução na conta de energia poderá ser de até 95% e o capital investido poderá retornar em menos de quatro anos.

O coordenador ressalta que no Espaço Energia Solar, as pessoas interessadas poderão visitar diversas empresas lá situadas, que fazem e aprovam os projetos, fornecem e instalam os equipamentos,  numa única sequência, economizando tempo e comparando melhor as propostas.

Ele relata que a seguir as pessoas poderão conversar com os bancos, que também estarão no espaço energia solar e analisar as ótimas linhas de crédito existentes, que possibilitam, inclusive, que as prestações sejam pagas com a economia na conta de energia “sem colocar a mão no bolso”.

Alexandre lembra que as pessoas poderão visitar as instituições de ensino, de representação dos engenheiros e de apoio empresarial para, por exemplo, tirar dúvidas sobre a tecnologia e o funcionamento dos equipamentos, o que significa, na prática, a geração distribuída e como é gerada a energia solar.

“Tudo de uma vez só, com empresas, bancos e instituições para facilitar a vida dos consumidores, que querem se livrar das caras contas de energia”, concluiu.

Por Nei Costa

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Energia com biocombustível do óleo de palma em Rorainópolis é aposta para 2021

A utilização do biocombustível a partir do óleo de dendê (óleo de palma) para a geração de energia no estado de Roraima é um dos projetos em andamento para viabilizar o suprimento no único estado não interligado ao restante do país. O projeto vencedor do leilão realizado em 2019 pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) é do grupo Oleoplan, e está sendo realizado através da subsidiária Palmaplan Agroindustrial, e prevê a geração de 10,976 MW de energia por meio de usina termoelétrica movida a biocombustível que está prevista para entrar em funcionamento em julho de 2021. Para que o projeto fosse possível a empresa investiu na plantação de palma de dendê na Vila do Equador, em Rorainópolis sul do estado. São 2 mil hectares próprios e mais 300 hectares em parceria com agricultura familiar, sendo em média de 143 plantas por hectare.

O gerente administrativo da Palmaplan, Alexandre Borba, diz que a plantação de palma para extração de óleo começou em 2008, e hoje a colheita é feita diariamente por cerca de cem funcionários, de um total de 210 colaboradores. O investimento para extração de óleo de palma é de longo prazo. “Temos como fornecedores de sementes a Colômbia e a Embrapa. Quando recebidas elas ficam 4 meses no pré- viveiro e depois mais oito meses em viveiro, após esse período está pronta para ser plantada. A partir do terceiro ou quarto ano pode ser colhida para a indústria (cacho comercial)”, explicou Alexandre. A indústria para extração do produto está funcionando desde o mês de dezembro de 2019, e já foi possível encher três tanques de 500 mil litros de óleo bruto.

Enquanto a termelétrica de Rorainópolis não entra em operação, todo o óleo que já foi extraído está no estoque da empresa na Bahia. “Para queimar óleo bruto já existem motores próprios, no nosso caso os dois motores que a gente comprou estão sendo construídos na Finlândia, já que no Brasil não é feito esse tipo de motor que gere energia a partir do óleo vegetal. Temos uma indústria de esmagamento para extração do óleo de palma, com capacidade de 12 toneladas por hora de cacho de fruta fresco. Quando a termelétrica começar a funcionar, todo o óleo bruto coletado vai ser transportado aqui da fazenda por 100 km até Rorainópolis para queimar e gerar energia, que vai ser utilizada por Roraima” destacou.

Além ser uma fonte de energia renovável e menos prejudicial ao meio ambiente, a produção de óleo vegetal para o biocombustível tem impactos na economia com a geração de emprego para os agricultores que decidem investir no negócio. Em Roraima, desde 2011 as famílias começaram a ser incluídas no projeto plantando uma média de 6 a 10 hectares, atualmente são 30 famílias ativas colhendo todo mês, com contrato de extração e recebendo todos os meses pelo trabalho desenvolvido no campo.

Alexandre Borba destaca ainda o potencial do Estado para a plantação da palma de dendê. “Fizemos um investimento grande aqui, e posso dizer com segurança que a Vila do Equador, no sul do estado, é uma das melhores regiões do mundo para plantar palma porque recebemos chuvas durante o ano todo. Essas precipitações são boas para o dendê, e temos como resultado uma produtividade agrícola excelente” finalizou.

 

Foto: Enerplan

Por Thamy Dinelli

 

 

 

 

 

 

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Módulo IV – Curso: Projeto da UHE do Bem Querer

No Módulo IV do curso “Projeto da UHE do Bem Querer” serão apresentadas alternativas energéticas à Hidrelétrica do Bem Querer.  A capacitação será ministrada pelo engenheiro e integrante do Fórum, Frederico Borges Peiró.

Nosso curso online ocorre nesta quinta-feira (24), das 15h às 17h no horário de Boa Vista (16h às 18h no horário de Brasília). Informamos ainda que a transmissão no canal do Fórum será iniciada com 30 minutos de antecedência. Acesse o link https://www.youtube.com/channel/UC1qjqzsmGIaKLSaY8kCy2pw?view_as=subscriber

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Especialistas da EPE e da Walm Biota têm atuação de destaque durante a capacitação sobre Bem Querer

Os três primeiros dias da capacitação sobre as características da UHE Bem Querer, promovida pelo Fórum de Energias Renováveis de Roraima, superou as expectativas dos integrantes do Fórum e dos participantes do curso.

Outro fato que chamou a atenção foi a participação do público, que durante os três primeiros dias teve atuação de destaque, propondo um debate de alto nível, com questionamentos pertinentes e de interesse de toda a sociedade roraimense.

Nesses três primeiros dias os profissionais da EPE e Walm Biota falaram sobre todos os aspectos ligados ao sistema elétrico e energético brasileiro, repassando informações a respeito do planejamentos de expansão que a EPE está fazendo,  sobre os sistemas isolados, caso de Boa Vista e Roraima,, sobre o planejamento do sistema de transmissão de energia e sobre como são feitos os estudos do aspecto socioambiental no processo de planejamento.

Os especialistas também abordaram todas as características do processo de planejamento da usina hidrelétrica de Bem Querer, começando com o ciclo de planejamento de uma Usina Hidrelétrica, Estudo de Inventário Hidrelétrico da Bacia do Rio Branco, Estudos de Viabilidade da UHE Bem Querer, Levantamentos de campo e Estudos Finais.

Também falaram sobre a Subestação Elevadora e Linha de Transmissão de uso exclusivo da UHE Bem Querer, EIA/Rima, Linha do Tempo dos Estudos, sobre o Cronograma atualizado, as Atividades realizadas, o Plano de Comunicação e Relacionamento e sobre os  Estudos do componente indígena. Os que quiserem saber mais detalhes a respeito da capacitação podem assistir as aulas, clicando no endereço www.energiasroraima.com.br

Participação

As pessoas que participaram dos três primeiros dias da capacitação também tiveram destaque, buscando complementar seus conhecimentos com perguntas específicas sobre os temas apresentados. A maioria ficou satisfeita com o posicionamento dos palestrantes, que esclareceram todas as dúvidas, deixando uma ou outra pergunta para ser respondida posteriormente, pois os estudos ainda não davam possibilidade para embasamento de suas respostas.

Alternativas a Bem Querer

Hoje (24), a partir das 15 horas, o tema a ser debatido são as alternativas energéticas à Bem Querer que podem ser levadas em consideração dentro do processo. Os membros do Fórum vão falar a respeito da produção de energia fotovoltaica (solar), eólica, biomassa, entre outras.

Os que quiserem participar da capacitação podem acessar a página do Fórum no Facebook, através do endereço https://www.youtube.com/channel/UC1qjqzsmGIaKLSaY8kCy2pw?view_as=subscriber

Por Nei Costa

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UHE Bem Querer: características do projeto, estudos e planejamento

No Módulo III do curso “Projeto da UHE do Bem Querer” serão apresentadas as características do projeto, estudos e planejamento da Usina Hidrelétrica do Bem Querer.  A capacitação será ministrada por especialistas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Governo Federal.

Nosso curso online ocorre nesta quarta-feira (23), das 15h às 17h no horário de Boa Vista (16h às 18h no horário de Brasília). Informamos ainda que a transmissão no canal do FÓRUM será iniciada com 30 minutos de antecedência. Acesse o link https://www.youtube.com/channel/UC1qjqzsmGIaKLSaY8kCy2pw?view_as=subscriber

22-09 FOTO SEGUNDO MODULO DO CURSO

Capacitação é sucesso de público e hoje aborda características gerais do projeto da UHE Bem Querer

O terceiro dia de capacitação do curso promovido pelo Fórum de Energias Renováveis de Roraima será de suma importância para o pleno conhecimento das características, estudos e planejamento do projeto da Usina Hidrelétrica do Bem Querer.

Nos dois primeiros dias, um grande número de pessoas acompanhou as palestras dos especialistas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e promoveram um amplo debate sobre o assunto, com perguntas instigadoras e respostas esclarecedoras.

Hoje (23), a partir das 15 horas (horário de Roraima) os especialistas da EPE e da Walm Biota vão se ater especificamente a respeito das características do projeto Bem Querer. Os interessados podem acompanhar clicando no endereço https://www.youtube.com/channel/UC1qjqzsmGIaKLSaY8kCy2pw?view_as=subscriber.

Os especialistas Felipe Moreira Gonçalves, Bruno Silveira, Laura Castro e Glauce Maria Botelho vão falar sobre o ciclo de planejamento de uma Usina hidrelétrica, estudo de Inventário Hidrelétrico da Bacia do Rio Branco, estudos de viabilidade da UHE Bem Querer, levantamentos de campo e estudos finais.

Também vão falar sobre a Subestação Elevadora e Linha de Transmissão de uso exclusivo da UHE Bem Querer, sobre o EIA/Rima, a Linha do Tempo dos Estudos, o Cronograma atualizado, as atividades realizadas, e o Plano de Comunicação e Relacionamento.

Por fim, o tema a ser abordado será o estudo do componente indígena no processo da UHE Bem Querer.

Quem quiser ter mais conhecimento a respeito do processo pode acompanhar a capacitação pelo endereço  https://www.youtube.com/channel/UC1qjqzsmGIaKLSaY8kCy2pw?view_as=subscriber.

Por Nei Costa

22-09 FOTO SEGUNDO MODULO DO CURSO

Módulo II – Curso: Projeto da UHE do Bem Querer

No módulo II do curso “Projeto da UHE do Bem Querer” será abordado o Planejamento dos sistemas isolados e de transmissão de energia. A capacitação vai contar com a participação de especialistas da Empresa de Pesquisa Energética – EPE, do Governo Federal.

Nosso curso online ocorre nesta terça-feira (22), das 15h às 17h no horário de Boa Vista (16h às 18h no horário de Brasília). Informamos ainda que a transmissão no canal do FÓRUM será iniciada com 30 minutos de antecedência.

O curso sobre o “Projeto da UHE do Bem Querer” será transmitido pelo canal do Youtube do Fórum https://www.youtube.com/channel/UC1qjqzsmGIaKLSaY8kCy2pw?view_as=subscriber

 

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Curso: Projeto da UHE do Bem Querer

Começa nesta segunda-feira (21),  o curso sobre o Projeto da UHE do Bem Querer. No primeiro módulo, especialistas da Empresa de Pesquisa Energética – EPE  vão abordar  o “Planejamento de Médio e Longo Prazo no Setor Elétrico”.  O curso será  transmitido pelo canal do Youtube do FÓRUM – https://www.youtube.com/channel/UC2x61IQCAbcw2ayL1QSHUjA

 

Horário:  15h às 17h ( Horário de Boa Vista)

16h às 18h no Horário de Brasília).

 

 

 

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Especialistas da EPE participam de capacitação interna para parceiros do Fórum a respeito da UHE do Bem Querer

O Fórum de Energias Renováveis de Roraima vai promover capacitação interna para representantes das entidades parceiras a respeito dos aspectos técnicos, sociais e econômicos do projeto de construção da usina hidrelétrica do Bem Querer. O curso se inicia na próxima segunda-feira, 21, e se encerra na sexta-feira, 25. O horário é das 15 às 17 horas.

A capacitação terá cinco módulos, sendo três deles apresentados por técnicos especialistas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia (MME). As apresentações serão por meio de videoconferência.

A capacitação para os membros do Fórum terá início no dia 21 e o primeiro tópico será “Planejamento de médio e longo prazo do setor elétrico”. Neste tópico os temas serão: Quem é e qual o papel da EPE; Diretrizes para o planejamento; Cenário macroeconômico; Demanda e eficiência energética.

O palestrante será Allex Yujhi Gomes Yukizaki, engenheiro eletricista pelo CEFET-RJ e mestre em planejamento energético pela COPPE/UFRJ, trabalha na EPE desde 2015 com estudos de mercado de eletricidade, cenários de estudos econômicos e energéticos, eficiência energética e matriz energética.

O segundo tópico terá como temas os Conceitos para a expansão da geração (energia, potência e flexibilidade); Recursos energéticos [potencial disponível]; Recursos energéticos distribuídos – geração distribuída e Características técnicas de cada fonte (flexibilidade e intermitência)

O responsável será Gabriel Konzen, engenheiro eletricista pela UFMT e mestre em energia pela USP, trabalha na EPE desde 2013 desenvolvendo estudos econômicos e regulatórios na área de recursos energéticos distribuídos e energia solar.

Em seguida, a capacitação vai abordar temas como os Aspectos socioambientais nos estudos do planejamento; Análises socioambientais e os Mecanismos de participação social.

Hermani de Moraes Vieira, geógrafo pela UFRJ, especialista em geoprocessamento, trabalha na EPE desde 2006 atuando como consultor técnico e coordenador das análises socioambientais dos estudos para o planejamento da expansão será o palestrante.

Para fechar o primeiro dia da capacitação Simone Quaresma Brandão, matemática pela UCB, trabalha na EPE desde 2009 na área de estudos para o planejamento da expansão da geração de energia elétrica, onde atualmente atua nas avaliações de suprimento de energia e de potência vai falar sobre os seguintes temas: Planejamento da expansão da geração de energia (PDE 2029); Matriz energética e elétrica brasileiras; Premissas e desafios para a expansão (flexibilidade, segurança, etc); Principais resultados e mensagens do PDE, considerando a característica indicativa da expansão das matrizes elétrica e energética.

No segundo dia da capacitação o tópico será ‘Planejamento dos sistemas isolados’. Os temas serão os seguintes: Características dos sistemas isolados; Premissas e instrumentos normativos; Sistemática de trabalho; Produtos e principais resultados; Estudos para atendimento a Roraima (GT Roraima); Objetivo;  Principais resultados; Desdobramentos e situação atual; Leilão para suprimento à Boa vista e localidades conectadas; Regras gerais; Cadastramento e Habilitação técnica; Resultados do Leilão; Outros estudos nos sistemas isolados.

Aline Couto de Amorim, engenheira eletricista pela UFF, especialista em Gestão de Energias Renováveis pela Universidade Estácio de Sá, trabalha na EPE desde 2008 na análise técnica de projetos para os leilões de geração de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) e dos Sistemas Isolados (SIs), no planejamento para atendimento aos SIs, e em diversos estudos de fontes energéticas e de tecnologias como solar fotovoltaica, eólica e sistema de armazenamento de energia, será a responsável pelo tópico.

O tópico seguinte será sobre o ‘Planejamento do sistema de transmissão de energia’. Nele será abordados os seguintes temas: Sistema Elétrico; Sistema Interligado Nacional; Estudos de Transmissão; Principais Atores Envolvidos na Expansão do Sistema; Atendimento a Roraima; o Histórico; Configuração Atual e Configuração Futura; Interligação Manaus-Boa Vista; Conclusões e os Benefícios advindos da interligação Manaus-Boa Vista.

O responsável pelo tópico será Bruno Silveira, engenheiro eletricista pela UNIFEI, atua há mais de 10 anos no setor elétrico e acumula experiência profissional em duas multinacionais de grande porte. Desde 2013 integra a equipe da EPE, desenvolvendo estudos de planejamento e de expansão da transmissão na região Norte do país.

Os Aspectos socioambientais no planejamento da transmissão vai ser o tópico seguinte. Os temas serão os seguintes: Linha do tempo do planejamento, outorga, licenciamento ambiental e implantação; Principais fatores considerados nos estudos socioambientais e Principais desafios.

A palestrante será Kátia Gisele Matosinho, arquiteta e urbanista pela UFRJ, atuou em estudos e planejamento socioambiental em empresas de consultoria e em Furnas Centrais Elétricas. Trabalha na EPE desde 2006, atuando como consultora técnica. Atualmente coordena as análises socioambientais dos estudos para o planejamento da expansão da transmissão.

No dia 23, quarta-feira, a UHE Bem Querer será o centro das atenções. Os temas serão os seguintes: Ciclo de planejamento de uma Usina Hidrelétrica; Estudo de Inventário Hidrelétrico da Bacia do Rio Branco; Estudos de Viabilidade da UHE Bem Querer; Levantamentos de campo e estudos finais.

O responsável pelo tópico será Felipe Moreira Gonçalves, engenheiro cartógrafo e agrimensor pela UFPR, trabalha na EPE desde 2014 com estudos de inventários hidrelétricos de bacias hidrográficas e viabilidade técnica e econômica de Usinas Hidrelétricas.

O tema seguinte da capacitação será Subestação Elevadora e Linha de Transmissão de uso exclusivo da UHE Bem Querer. O palestrante será Bruno Silveira, engenheiro eletricista pela UNIFEI, atua há mais de 10 anos no setor elétrico e acumula experiência profissional em duas multinacionais de grande porte. Desde 2013 integra a equipe da EPE, desenvolvendo estudos de planejamento de expansão da transmissão na região Norte do país.

Os Estudos de Impactos Ambientais/Rima serão abordados em seguida. Os temas serão os seguintes: Linha do Tempo dos Estudos; Cronograma atualizado; Atividades realizadas e o Plano de Comunicação e Relacionamento.

Laura Castro, arquiteta pela FAU -Mackenzie , especialista em economia urbana e gestão pública e mestre em Arquitetura, Tecnologia e Cidade pela FEC-Unicamp. Ela é coordenadora dos estudos socioeconômicos do EIA/RIMA da UHE Bem Querer, trabalha na WALM desde 2006, com experiência em coordenação e execução de estudos socioeconômicos com ênfase em Avaliação de Impactos Ambientais (RAP, EIVRIVI, EIA-RIMA), Planos Diretores, Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial (PACUERA), Programas de Educação Ambiental e Programas de Comunicação Social, para diferentes tipos de empreendimento nas áreas de gestão territorial, petróleo e gás, energia, infraestrutura, saneamento, resíduos sólidos, transporte e mineração.

Os Estudos do componente indígena será o tema da aula de Glauce Maria Lieggio Botelho que é engenheira florestal pela UnB, especialista em Gestão Ambiental e advogada membro da Comissão de Meio Ambiente da OAB/RJ, trabalha na EPE desde 2007, atualmente é Superintende Adjunta de Meio Ambiente. Dentre as suas atribuições está a gestão e fiscalização do contrato dos Estudos do Componente Indígena da UHE Bem Querer.

No penúltimo dia da capacitação, os membros do Fórum de Energias Renováveis de Roraima vão  falar sobre as Alternativas Hidrelétrica à Hidrelétrica do Bem Querer. Na sexta-feira, 25, todos os participantes da capacitação vão participar de um debate sobre o projeto da UHE Bem Querer.

Por Nei Costa

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MP 998 pode comprometer a realização do Leilão de Eficiência Energética em Boa Vista-RR

No último dia 02 de setembro o governo federal publicou a Medida Provisória 998/2020 no Diário Oficial da União e essa MP pode comprometer a realização do Leilão de Eficiência Energética em Roraima.

Para evitar que isso aconteça. O Fórum de Energias Renováveis de Roraima, a Abesco e parlamentares como o senador Chico Rodrigues e os deputados Edio Lopes e Airton Faleiro se movimentaram para apresentar contribuições e emendas para que o texto original seja modificado e o Leilão de Eficiência Energética não seja prejudicado.

A principal preocupação é com o texto original da MP em seu artigo 5º B que diz que os recursos não comprometidos com projetos contratados ou iniciados deverão ser destinados à CDE em favor da modicidade tarifária entre 1º de setembro de 2020 e 31 de dezembro de 2025.

O Fórum e a Abesco encaminharam contribuição ao Congresso Nacional pedindo a modificação na redação da MP, sugerindo que os recursos não compromissados com projetos contratados, em contratação ou em análise nas Chamadas Públicas de Projeto em andamento, deverão ser destinados à CDE em favor da modicidade tarifária entre 01 de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2023.

Desta forma, como o Leilão de Eficiência Energética já está em estágio avançado e aberto à Consulta Pública, depois de percorrer várias etapas, teria a garantia da sua realização, não comprometendo um processo que traria uma série de vantagens para os consumidores de Boa Vista.

Outro argumento usado pelo Fórum, pela Abesco e pelos parlamentares, é que esses recursos são recolhidos nas tarifas de todos os consumidores pelas concessionárias de distribuição, geração e transmissão de energia elétrica para aplicação em programas de eficiência energética, pesquisa e desenvolvimento. Os recursos que não conseguem ser aplicados pelas concessionárias são corrigidos pela SELIC e afetam negativamente os balanços das empresas, pois são considerados passivos a serem liquidados.

De acordo com levantamentos feitos, o volume estimado pela ANEEL desses recursos represados, segundo o Diretor Geral, André Pepitone, atingem a cifra de R$ 4,64 bilhões, sendo cerca de R$ 1,8 bilhão em eficiência energética.

A proposta da ANEEL para o leilão de eficiência energética como projeto piloto em Boa Vista, atualmente em Consulta Pública e que mobilizou a sociedade local, despertou interesse de empresas de todo o país, pelo seu ineditismo e importância, e usar parte pequena desse estoque (cerca de R$ 125 milhões em 5 anos), para remunerar os investimentos feitos por empresas nas instalações de consumidores residenciais e comerciais, não traria nenhum prejuízo, pois seriam pagos através da energia economizada.

De acordo com o levantamento do Fórum de Energias, os principais benefícios seriam a redução da conta de energia para os consumidores, a menor necessidade de geração termoelétrica no estado, a menor poluição pela geração a diesel e redução dos gases de efeito estufa, a redução da conta de CCC para os consumidores de todo o país, a conscientização da população para o uso eficiente de energia, e o exemplo que a região dá para o país na possibilidade da reprodução do modelo para as outros Estados do Brasil.

Ainda de acordo com as representações, o pequeno montante de recurso envolvido (menos de 3% do total dos recursos), pelo fato do assunto já estar em consulta pública, pela importância e impactos do tema para Roraima e toda a região amazônica, é necessário que seja excluído do contingenciamento proposto na MP o leilão de eficiência energética de Roraima.

Por Nei Costa